23 dezembro 2008

Mais coisas giras do deputado Giro

Ontem à tarde circulava de carro em Alcochete quando me cruzei com o camarada deputado municipal Giro. Não sei se ele me viu , mas como não ouvi nenhum assobio fiquei na dúvida.
Correndo o risco de proporcionar à personagem em questão um protagonismo exagerado , não resisto contudo a abordar a intervenção do camarada deputado Giro na última edição do Jornal de Alcochete em que , num artigo intitulado «Ás voltas no trânsito» afirma ,em defesa das rotundas implantadas no concelho , o seguinte , e passo a citar:« As rotundas sendo mais ou menos giras, (ficando este factor estético à consideração e apreciação de cada um de nós) sejam elas pequenas ou grandes, são um factor limitativo e impeditivo de causar acidentes de viação. Disso, não tenhamos dúvidas!» SIC.
Se por um lado não me causa surpresa a forma atabalhoada como o camarada deputado municipal Giro se expressa em português , não deixou de me provocar enorme surpresa a apologia que aquele faz do trabalho de dois autarcas do PSD – Fernando Ruas e Castro Almeida – respectivamente Presidentes da Câmara Municipal de Viseu e São João da Madeira.
Atendendo ao perfil do Partido Comunista , à forma de estar dos seus militantes e até à forma como habitual e orgulhosamente agita a bandeira da competência dos seus autarcas , foi com curiosidade e espanto que constatei que o camarada deputado municipal Giro não hesitou em justificar determinadas opções da Câmara Municipal de Alcochete em matéria urbanística recorrendo aos exemplos de autarquias geridas por outra força politica. Imagino o impacto que este tipo de intervenção politica não terá tido na concelhia do PC de Alcochete…
Será que o camarada deputado municipal Giro está a piscar o olho à sua direita? Será que vamos ter em Alcochete uma versão masculina da Zita Seabra? Aguardemos.
No que respeita à questão das rotundas propriamente ditas teria ficado muito melhor ao deputado municipal Giro , e mais conforme à sua condição de eleito local , aproveitar a sua intervenção no Jornal de Alcochete para esclarecer os munícipes relativamente ao cumprimento pela Câmara de regras e critérios de rigor na projecção e implementação deste tipo de intervenção na rede viária municipal , assegurando assim que as mesmas representam efectivamente uma mais valia em matéria de fluidez de tráfego automóvel e incremento da segurança.
Refiro-me concretamente ao esclarecimento que todos merecíamos sobre quais foram as regras e critérios que a Câmara Municipal observou na elaboração dos projectos dessa especialidade da rede viária, justificando , em função da localização e do tipo e fluxo de tráfego , porque é que optou por determinado dimensionamento desta e daquela rotunda , esclarecendo o porquê dos diâmetros do círculo das mesmas , das larguras dos respectivos anéis , a largura das faixas de rodagem entre vias de entrada/saídas , os raios de curvatura das vias de saída e de entrada , se foram observados limites de inclinação que garantam segurança para quem nelas circula , bem como se foi devidamente acautelada a drenagem de águas pluviais junto aos lancis das placas centrais dessas rotundas.
Admito que o camarada deputado municipal Giro não faça a mínima ideia do que estou a falar.
Afinal para ele tudo se reduz a podermos ficar descansados porque se serviu para Viseu e São João da Madeira também serve para Alcochete. Eis o exemplo de como é fácil e simples o exercício da função de deputado municipal do PC em Alcochete. Enfim...
Para todos os munícipes de Alcochete votos de um Feliz Natal e um ano de 2009 projectado para a mudança – Para melhor claro está!

3 comentários:

Fonseca Bastos disse...

Aproveito o ensejo para chamar a atenção para uma obra ainda não concluída nem aceite provisoriamente pela Câmara.
Trata-se das rotundas dos Bombeiros e do posto de combustíveis, cujos lancis das placas centrais não são adequados para enchimento com gravilha porque a dita começa a invadir as faixas de rodagem.
Quanto à drenagem de águas pluviais nessas placas centrais, espero que chova a sério para ver o efeito. Mas suspeito haver ali qualquer coisa não muito bem.

Paulo Benito disse...

Consulto regularmente este blog pois permite-me ser informado de vários assuntos que considero importantes e que não encontro disponíveis noutros locais.
Concordando ou não com os seus autores, temos acesso a novas abordagens sobre os temas discutidos, contribuindo para aumentar a nossa visão sobre as realidades locais.
Sobre o autor deste texto, não o conheço pessoalmente, mas tenho lido os seus artigos com bastante interesse, mostrando ser uma pessoa com um pensamento estruturado e com ideias bem definidas sobre temas apresentados, no entanto, parece-me que em alguns textos de carácter político, dedica um espaço demasiado relevante na crítica à forma como a pessoa escreve em detrimento do conteúdo da mensagem.
Esta abordagem desproporcionada, pode desviar os leitores do fulcro da questão debatida – as ideias.

Unknown disse...

Na verdade a referência que fiz à forma de expressão escrita do deputado Giro ocupou apenas linha e meia das cinquenta que dediquei a este texto. No entanto , «concordo» com Paulo Benito. No caso em apreço e atendendo à qualidade do artigo objecto do meu «post» , meia linha é manifestamente um exagero.