05 julho 2008

Uma intelectualidade de direita


Venho sugerir o aparecimento de uma intelectualidade de direita nesta nossa terra de Alcochete que defenda os grandes valores da Civilização Ocidental: Fé Cristã, tradição, liberdade individual, livre mercado, propriedade privada, família, cultura popular, etc.
Ideias como lei e ordem, tantas vezes batidas pela direita, se fora de um quadro mais vasto de valores civilizacionais, viram abstracções a favor dos projectos de esquerda.
Temos que estar muito atentos, apercebermo-nos de tudo o que nos circunda, relacionar e concluir para que possamos agir e livrarmo-nos da máxima nefanda de Lenine que recomenda fazer o adversário lutar contra si próprio.
A marxização das sociedades continua já não em nome da classe operária, da revolução, da igualdade, etc., o que deu em cem milhõers de mortos só no séc. XX, mas da salvação do meio ambiente contra as liberdades individuais para a instauração do totalitarismo mais feroz que alguma vez foi imaginado pela Humanidade desde que é Humanidade.
Hoje até os gordos dão azo às esquerdas para denegrir alguma tecnologia electrónica (consolas, por exemplo) e grandes cadeias alimentares que enchem a barriga a milhões de pessoas a baixos custos.
Um dos maiores intelectuais de toda a Cristandade, São Tomás d'Aquino (1224 ou 1225-1274), foi dos mais gordos do seu tempo ao ponto de o altar ser serrado à altura da barriga para esta entrar e permitir que o grande teólogo e filósofo medieval chegasse com as mãos aos objectos de culto durante a celebração da missa.
E quem foi maior que São Tomás d'Aquino?

2 comentários:

Anónimo disse...

É triste quando as pessoas querem mostrar autoridade abordando temas que não dominam (ou mesmo ignoram).
Vem este senhor fazer a apologia das cadeias de fast food, apenas porque a Esquerda as denigre. Pois fique sabendo que a Ciência actual já demonstrou que é mais útil comer bem (em termos de qualidade nutricional) do que comer muito e mal; existe o conceito de desnutrição (em que o ser vivo não se alimenta) e o conceito de mal-nutrição (em que o ser vivo se alimenta de forma qualitativamente negativa). Portanto, o que interessa não é ter a barriga cheia, mas sim efectuar-se uma alimentação adequada às necessidades de cada um.
Ora, desafio o senhor a apresentar provas (científicas, não aceito publicidade) de que a alimentação das cadeias de fast food é nutricionalmente correcta. E se não acredita no que digo, experimente a encher a barriga dos seus filhos continuamente com refeições de fast food, e quando eles tiverem 30 anos de idade vai ter que lhes pedir desculpas pelas suas crenças em assuntos que simplesmente desconhece. A sociedade norte-americana está a pagar caro a crença no fast food (que já lá existe há algumas décadas), e o resto do mundo presta-se a seguir-lhe os passos. É pena que Portugal o faça, pois a alimentação mediterrânica é uma das mais saudáveis que existe.
Mudando de assunto, é interessante que fale em Tomás de Aquino e em marxismo-leninismo. É que, se as teorias de Marx e seus sequazes tiveram as consequências nefastas que todos (ou quase) sabem, as teorias aquininas não serão muito melhores para a Humanidade. Se não, veja-se o caso do Salazarismo, que foi, em muito, inspirado em Aquino (ver tese do Professor Doutor António Pedro Mesquita sobre o assunto, em “Salazar na História Política do Seu Tempo” – Editorial Caminho). E se eu não gosto de marxismos, também igualmente detesto salazarices. É preciso cautela com o Humanismo exacerbado (que parece ser aquilo que o senhor defende), pois a História possui, infelizmente, graves exemplos de humanistas que, sob o pretenso argumento da defesa do Humano, descambaram em atrocidades impensáveis e inqualificáveis para a espécie (Staline, Hitler, Pol Pot e, em última análise, o pai moral de quase todos eles, Hegel). Neste aspecto, o caro senhor devia incluir nas suas leituras um autor português que muito reflectiu acerca deste e de outros assuntos: Agostinho da Silva. Para ver se perdia um pouco de arrogância...
Um último reparo para a última frase do seu comentário: sabe certamente que a grandeza é um conceito relativo – o senhor pode considerar “A” como o maior político em Portugal, e eu considerar que essa pessoa é “B”. Podíamos levar o resto da vida a esgrimir argumentos, e nunca chegaríamos a uma conclusão acerca de qual deles é o maior. Maior que Aquino? Com aquilo que disse atrás em mente, eu proporia um nome, e restringindo-me apenas aos pensadores medievais: Francisco de Assis. E não venha acusar de marxista defensor do ambiente uma pessoa que viveu séculos antes de Marx ter nascido e até de os franceses criarem esse conceito bacoco de Esquerda e Direita...

João Gonçalves Anes

Unknown disse...

Aquilo que para mim é montanha não passa de rato para o meu amigo anónimo.
Ainda que ao fim deixe o nome João Gonçalves Anes, fico sem ter a certeza de que este seja o seu nome civil.
Nesta conformidade, não me vou desgastar muito na resposta.
No fundo, o que eu quero dizer é que as esquerdas à escala planetária estão contra a grande indústria que satisfaz as necessidades de milhões e milhões de pessoas a baixos preços. Ora satisfeitas as necessidades básicas das pessoas, é óbvio que as teorias do marxismo hediondo não podem progredir.
Quem ligará ao marxismo abrigado, comido, vestido, calçado, etc.?
O ódio das esquerdas, o comunismo à cabeça, é contra o capitalismo democrático liberal, o único capaz de trazer prosperidade aos povos e de livrar a Humanidade de uma hecatombe.
Quando começa a falar de São Tomás d'Aquino, acho que não sabe o que diz, razão por que, eu, tendo cursado o seminário, mais não digo.
Finalmente, só quem é estruturalmente de esquerda contrapõe São Francisco d'Assis a São Tomás d'Aquino. Este é um pilar civilizacional incontornável; aquele insere-se no filão gnóstico, raiz do pior que caracteriza os totalitarismos.