Não adiro ao texto Schmitt, Carl, Terra e Mar, Esfera do Caos, Lisboa , 2008, uma vez que nele há um manifesto desprezo pela burguesia laboriosa ao longo dos séculos, o que não invalida o reconhecimento de que Carl Schmitt (1888-1985) é um filósofo alemão cujos textos têm o poder de nos imergir na mais profunda reflexão. Ora vejamos um extracto da obra que referi: «[...], o homem é um ser que não se reduz ao seu ambiente. Ele tem a força para conquistar historicamente a sua existência e consciência. Conhece não apenas o nascimento, mas também a possibilidade de um renascimento. Numa urgência e num perigo em que o animal e a planta fatalmente perecem, pode salvar-se através do seu espírito, através de uma firme observação e dedução, e através da decisão de uma nova existência. Tem um espaço de acção do seu poder e da sua potência histórica. Pode escolher e, em certos momentos históricos, pode até mesmo escolher o elemento em relação ao qual se decide e se organiza, através de uma acção e de uma realização próprias, como nova forma global da sua existência. [...]» sic.
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