15 julho 2008

Loja do cidadão longe de todos

Chamo a atenção para este texto porque concordo com o autor.
Numa vila como Alcochete, cujo centro histórico está a esvaziar-se, quase diariamente, de pessoas, de comércio e de vida, não tem sentido plantar uma loja do cidadão fora do miolo urbano.
O anúncio de uma parceria para a criação dessa loja esteve, durante alguns dias, no sítio da câmara na Internet, mas hoje já não o encontrei, pelo que não posso fornecer hiperligação directa. Contudo, há uma notícia idêntica aqui e a fonte é a mesma.
Se tal loja se destina a facilitar a vida aos cidadãos, é perto deles que deve situar-se e não a 5kms do centro ou a mais da maioria dos bairros densamente povoados. Para já não falar dos residentes em Samouco (a quase 15kms de distância), em São Francisco (10kms), na Fonte da Senhora, no Passil, etc.
Loja do cidadão em Alcochete, sim, mas no centro da vila, no qual se situam todos os serviços públicos e onde não faltam edifícios nem antigos espaços comerciais abandonados e adequados ao efeito.
O próprio município tem no seu património um edifício devoluto e abandonado, situado na Rua Ciprião de Figueiredo, onde outrora funcionaram outros serviços públicos.

O que os autarcas há muito deveriam ter feito – e chegou a ser previsto em 2004 – era criar um posto municipal de turismo no Freeport. Aí faz sentido haver informação e documentação local, porque a maioria dos visitantes do outlet é constituída por forasteiros e porque o posto de turismo existente no Museu de Arte Sacra nunca teve afluência significativa.
Contudo, eu visaria um pouco mais longe e criaria no outlet não apenas um posto de turismo mas um espaço de promoção, divulgação e comercialização de bens culturais e de produtos locais.

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