Notícias como esta do DN deixam-me preocupado, por suspeitar que a tendência política local para o silêncio e o secretismo sobre problemas sociais pode mascarar uma realidade que, fatalmente, se repercutirá na insegurança de toda a comunidade.
Explico isto de outra forma para não subsistirem dúvidas: mais polícia nada resolve quando há dificuldades de sobrevivência nas classes débeis. Medidas sociais correctas, adoptadas em tempo oportuno, evitam intervenções policiais incómodas para todos – incluindo os próprios agentes – porque nunca representam uma solução mas um paliativo.
Conheço algo da realidade social do concelho e duvido que o agravamento das condições de vida no país não tenha ainda reflexos significativos no território de Alcochete. Seria lamentável se existissem mas ignorássemos a dimensão de um problema cujos sinais no país são cada vez mais preocupantes.
Daí o meu apelo aos dirigentes de instituições locais de solidariedade social para que revelem, por qualquer meio de comunicação da sua preferência, o que sabem acerca da evolução da pobreza e das limitações com que se defrontam para ajudar os carenciados de Alcochete.
Se não conseguirem nesses meios a atenção suficiente poderão ainda recorrer à blogosfera, a qual não me parece, por enquanto, amarrada a compromissos.
Estou e sempre estive disponível para ajudar.
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