Este assunto não cabe propriamente em caixas de comentários. É tão extenso e tem tanto para se falar que todo o espaço é curto. Mas fico-me por uma ideia inicial: este país, sempre viveu dependente de um poder central. O Estado Absoluto, Pai, Protector, Providência. Os tempos mudam, as expressões também, mas o essencial mantêm-se. A interessada desinformação por parte do Estado, aliada ao ignorante alheamento dos cidadãos, resulta num País adiado, onde as reformas esbarram sempre em falsas questões e em debates viciados. A comunicação social ajuda à festa, promovendo julgamentos precipitados. Quanto mais baixo for o nível sócio-cultural de um povo, mais fracas são as suas elites... Se elas já não são propriamente brilhantes, imagine-se o catastrófico que é que elas se sintam compelidas a não participar na política, pelas razões acima expostas...
Miguel Saturnino poderá escrever neste blogue se manifestar tal desejo e se os restantes condóminos concordarem. Mesmo sem os ter consultado, previamente, da minha parte este é, para já, um convite formal. Limitando o âmbito da discussão exclusivamente a Alcochete, penso que o alheamento dos cidadãos não é fruto de ignorância mas de erros – a que alguns preferem chamar intenção deliberada – dos eleitos locais. Está muito arreigada a convicção da inutilidade da participação activa dos cidadãos nos assuntos locais.
Agradeço o convite formal do Sr. Bastos, mas a verdade é que já fiz comentários anteriormente. Assim, não percebo por que se convida a sentar a uma mesa alguém que já se encontra sentado... Ou será que o Mare Clausum vai tão longe que exija convite formal aos comentadores? É que o seu "pode" soa-me a "eu deixo". Não estou habituado a estas restrições na blogosfera. Não aceito o convite nem o recuso. Colocarei comentários ou não, consoante me apeteca. Do mesmo modo, poderão os autores deste blogue validá-los ou não, consoante quairam, também.
Ora bolas! Miguel, o sr. Bastos estava a querer dizer que neste blog fosses mais que um comentador, isto é, que fosses um daqueles que escrevem textos que outros comentam. A estes nós chamamos "condóminos", companheiros", "permanentes", etc. O fundador do "Praia dos Moinhos" estava a pedir-te que fosses um dos que "escrevem aqui". Enfim, que engrossasses a lista dos pares. Onde foste buscar a ideia de que és o "mare liberum" e nós o "mare clausum"? Tudo isto me cheira a "mare magnum"!
Uma questão de justiça leva-me a dizer ao Sr. Bastos que lamento ter interpretado erradamente as suas palavras. Mas isso aconteceu porque a ideia de ser autor deste blogue é para mim tão impensável que nem sequer julguei que fosse possível ser colocada em cima da mesa. Por mim, questão resolvida. Quanto ao Mare Clausum de que tenho vindo a falar, acho que a falta de comentários reduz a polémica (no bom sentido) que este blogue pode provocar. Assim restrito, só ganham os que querem pouco alarido, pouca discussão, para que tudo fique como está. Acredito que essa medida terá sido tomada por razões plausíveis, mas mesmo assim penso que anterior sistema era mais desejável.
Respondendo ao repto lançado pelo Director deste Blogue e após um período de férias, estou de regresso para me pronunciar sobre os assuntos que possam interessar à minha terra e suas gentes. Relativamente ao tema aqui colocado à discussão, a questão prende-se fundamentalmente pela falta de credibilidade, bom senso, humildade e sobretudo respeito pelos eleitores. Estes são os motivos principais do alheamento dos portugueses à Politica e sobretudo aos políticos. Escasseiam os politicos da boa vontade, da defesa intransigente dos principios básicos da familia, da união, do povo, dos costumes e tradições das gentes do pedaço de terra que representam, ou se me permitem, que deveriam representar!
Caro Fernando: por favor não insista nessa do "Director deste Blogue". Aqui ninguém dirige nada. É tudo ao molho! Tanto assim é que nem todos os autores se conhecem mutuamente! Nem eu, que sou fundador, conheço ainda todos. Este blogue não carece de chefes mas de índios com ideias. Mas que tenham nome e rosto reconhecíveis, dignidade e princípios morais. Já agora, aproveito para esclarecer que acabaram os comentários anónimos porque quem não tem coragem para assinar com nome próprio ameaças, difamações e injúrias o melhor que tem a fazer é criar o seu próprio espaço para o efeito. Delicie-se como e onde quiser quem gosta de chafurdar na porcaria!
Para pessoas, como eu, que não têm medo e que estão habituadas a dar a cara e a assinarem tudo o que escrevem, os comentários anónimos causam evidente estranheza, ainda para mais quando mentem, caluniam e ofendem.
Limitar esses comentários num espaço de discussão pública poderá, contudo, ter efeitos secundários indesejáveis. E passo a um exemplo: um preservativo impede as doenças, mas também impede a vida.
Claro que respeito a decisão dos autores deste espaço, mas não podia deixar de expressar a minha opinião.
Já agora, aproveito para esclarecer por que comecei a colocar comentários neste blogue: considerando praiadosmoinhos um espaço importante de discussão de ideias em Alcochete, temi que a falta de intervenções lhe retirasse visibilidade. Se considerarem que a minha participação (nestes moldes) pode ser útil, muito bem.
Miguel, claro que a tua participação neste blog é útil. Eu penso que és tu que estás a fazer um pouco uma tempestade num copo de água. Finalmente, nunca digas que não tens medo. Nós, apenas como Critãos conscientes, tentamos superar este terrível sentimento humano. E não recalcitres contra quem reconhece o teu valor.
12 comentários:
Este assunto não cabe propriamente em caixas de comentários. É tão extenso e tem tanto para se falar que todo o espaço é curto. Mas fico-me por uma ideia inicial: este país, sempre viveu dependente de um poder central. O Estado Absoluto, Pai, Protector, Providência. Os tempos mudam, as expressões também, mas o essencial mantêm-se.
A interessada desinformação por parte do Estado, aliada ao ignorante alheamento dos cidadãos, resulta num País adiado, onde as reformas esbarram sempre em falsas questões e em debates viciados. A comunicação social ajuda à festa, promovendo julgamentos precipitados.
Quanto mais baixo for o nível sócio-cultural de um povo, mais fracas são as suas elites...
Se elas já não são propriamente brilhantes, imagine-se o catastrófico que é que elas se sintam compelidas a não participar na política, pelas razões acima expostas...
Miguel Saturnino poderá escrever neste blogue se manifestar tal desejo e se os restantes condóminos concordarem. Mesmo sem os ter consultado, previamente, da minha parte este é, para já, um convite formal.
Limitando o âmbito da discussão exclusivamente a Alcochete, penso que o alheamento dos cidadãos não é fruto de ignorância mas de erros – a que alguns preferem chamar intenção deliberada – dos eleitos locais.
Está muito arreigada a convicção da inutilidade da participação activa dos cidadãos nos assuntos locais.
Agradeço o convite formal do Sr. Bastos, mas a verdade é que já fiz comentários anteriormente. Assim, não percebo por que se convida a sentar a uma mesa alguém que já se encontra sentado...
Ou será que o Mare Clausum vai tão longe que exija convite formal aos comentadores?
É que o seu "pode" soa-me a "eu deixo". Não estou habituado a estas restrições na blogosfera. Não aceito o convite nem o recuso. Colocarei comentários ou não, consoante me apeteca. Do mesmo modo, poderão os autores deste blogue validá-los ou não, consoante quairam, também.
*queiram
Usa a linguagem que quiseres; nunca poderás dizer senão o que és.
(Emerson)
Ora bolas!
Miguel, o sr. Bastos estava a querer dizer que neste blog fosses mais que um comentador, isto é, que fosses um daqueles que escrevem textos que outros comentam. A estes nós chamamos "condóminos", companheiros", "permanentes", etc.
O fundador do "Praia dos Moinhos" estava a pedir-te que fosses um dos que "escrevem aqui". Enfim, que engrossasses a lista dos pares.
Onde foste buscar a ideia de que és o "mare liberum" e nós o "mare clausum"? Tudo isto me cheira a "mare magnum"!
Uma questão de justiça leva-me a dizer ao Sr. Bastos que lamento ter interpretado erradamente as suas palavras. Mas isso aconteceu porque a ideia de ser autor deste blogue é para mim tão impensável que nem sequer julguei que fosse possível ser colocada em cima da mesa. Por mim, questão resolvida.
Quanto ao Mare Clausum de que tenho vindo a falar, acho que a falta de comentários reduz a polémica (no bom sentido) que este blogue pode provocar. Assim restrito, só ganham os que querem pouco alarido, pouca discussão, para que tudo fique como está. Acredito que essa medida terá sido tomada por razões plausíveis, mas mesmo assim penso que anterior sistema era mais desejável.
Meus caros amigos,
Respondendo ao repto lançado pelo Director deste Blogue e após um período de férias, estou de regresso para me pronunciar sobre os assuntos que possam interessar à minha terra e suas gentes.
Relativamente ao tema aqui colocado à discussão, a questão prende-se fundamentalmente pela falta de credibilidade, bom senso, humildade e sobretudo respeito pelos eleitores. Estes são os motivos principais do alheamento dos portugueses à Politica e sobretudo aos políticos.
Escasseiam os politicos da boa vontade, da defesa intransigente dos principios básicos da familia, da união, do povo, dos costumes e tradições das gentes do pedaço de terra que representam, ou se me permitem, que deveriam representar!
Pensem nisso!!
Caro Fernando: por favor não insista nessa do "Director deste Blogue".
Aqui ninguém dirige nada. É tudo ao molho! Tanto assim é que nem todos os autores se conhecem mutuamente! Nem eu, que sou fundador, conheço ainda todos.
Este blogue não carece de chefes mas de índios com ideias. Mas que tenham nome e rosto reconhecíveis, dignidade e princípios morais.
Já agora, aproveito para esclarecer que acabaram os comentários anónimos porque quem não tem coragem para assinar com nome próprio ameaças, difamações e injúrias o melhor que tem a fazer é criar o seu próprio espaço para o efeito.
Delicie-se como e onde quiser quem gosta de chafurdar na porcaria!
Para pessoas, como eu, que não têm medo e que estão habituadas a dar a cara e a assinarem tudo o que escrevem, os comentários anónimos causam evidente estranheza, ainda para mais quando mentem, caluniam e ofendem.
Limitar esses comentários num espaço de discussão pública poderá, contudo, ter efeitos secundários indesejáveis. E passo a um exemplo: um preservativo impede as doenças, mas também impede a vida.
Claro que respeito a decisão dos autores deste espaço, mas não podia deixar de expressar a minha opinião.
Já agora, aproveito para esclarecer por que comecei a colocar comentários neste blogue: considerando praiadosmoinhos um espaço importante de discussão de ideias em Alcochete, temi que a falta de intervenções lhe retirasse visibilidade. Se considerarem que a minha participação (nestes moldes) pode ser útil, muito bem.
O Miguel Saturnino tem trazido um valor acrescentado significativo ao blog. Leio com prazer os seus comentários.
Paulo Benito
Miguel, claro que a tua participação neste blog é útil.
Eu penso que és tu que estás a fazer um pouco uma tempestade num copo de água.
Finalmente, nunca digas que não tens medo. Nós, apenas como Critãos conscientes, tentamos superar este terrível sentimento humano.
E não recalcitres contra quem reconhece o teu valor.
Enviar um comentário