A Câmara Municipal de Alcochete tem em seu poder documentos inéditos sobre vários aspectos da vida do povo alcochetano que não dá à luz do dia.
Uma ínfima parte dos custos de tanta almoçarada e jantarada chegaria para levar ao conhecimento do público interessado o conteúdo desses documentos, pois do património colectivo se trata.
Alguns, em forma de manuscrito, são da autoria do historiador local José Estêvão e oferecidos à Câmara pelo Dr. Elmano Alves sob promessa de publicação.
Claro que os valores de José Estêvão são os do cristianismo, os da história de Portugal, os da lídima cultura do povo alcochetano, etc., o que não interessa muito aos senhores autarcas, mais propensos ao apoio de eventos vazios de alma.
Por que publicar textos cujos potenciais leitores jamais votaram ou votarão no poder instalado nas cadeiras do Largo do Poço?
Quem lê de ler vota comunista?
As comezainas é que dão tacho (panem et circenses).
É o fim da Civilização.
3 comentários:
Caro Marafuga, compreendo-o, mas também compreendo quem tem de decidir com base num magro orçamento.
Sou um consumidor regular de eventos culturais promovidos pelo nosso município. Fico grato pela qualidade de vida que me proporciona, mas também verifico que muitas vezes a afluência é reduzida, chegando a ser menor que o número de artistas.
Quanto vale a cultura? Será que se justifica investir de forma significativa na cultura para meia dúzia de interessados? Será que a questão pode ser colocada de uma forma tão simplista, ou cabe às instituições promover e disseminar cultura?
O que a Câmara faz em termos de cultura não interessa ao povo, a não ser à capelinha, sempre a mesma, que aparece para o sorrisinho, bate-de-costas, moscatel e bolinhos.
Tenho ódio a essas coisas.
Quando foi homenageado o contra-baixista notável Armando Crispim, a afluência de pessoas não foi «...menor que o número de artistas» porque estávamos na presença de um genuíno alcochetano de muito mérito.
Mas a homenagem a Armando Crispim não dá votos aos comunistas, antes os denuncia. Eles sabem disso!
Lamentável ... a convicção com que se afirmam algumas "verdades" (originais de José Estevam)
e tristes as conclusões sobre o espectáculo de homenagem a Armando Crispim.
É o que se me oferece dizer!
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