Catarina Marcelino, cuja mãe é minha colega há 25 anos, no Jornal do Montijo de 24 de Novembro de 2006, através de artigo intitulado "Homens contra a violência", fala de qualquer coisa incompreensível para mim que designa por identidade de género.
Eu penso que entre mim e a Catarina, como entre mim e qualquer mulher, há de facto uma identidade porque somos simplesmente pessoas. Em rigor filosófico, para a tal hipotética identidade de género, os seres humanos teriam que ser desindividualizados.
Somos iguais porque todos somos pessoas. Na verdade, não há pessoas de primeira, pessoas de segunda, pessoas de terceira, etc. Mas cada um é como cada qual, isto é, cada um tem a sua individualidade. Então, não pode haver dois sujeitos que recebam os dados da cultura de igualíssimo modo. Como cabe aqui a identidade de género?
É no campo moral que se deve colocar a violência contra as mulheres como toda a violência em geral. A agressão física é a forma mais primária de me sobrepor ao outro, quero dizer, de manter o meu poder. Em vez de duas individualidades se complementarem, uma nega a outra.
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