Só quem quer fechar os olhos não vê a afinidade estratégica das esquerdas mundiais, expressa pelo apoio político e moral, com países e grupos islâmicos, embora estes, em geral, sejam anti-marxistas.
Na verdade, há um confronto político-ideológico e militar que opõe EUA e Israel às esquerdas mundiais e islamismo.
O islamismo é a vertente política do Islão, confissão religiosa e, no fundo, a própria lei islâmica (sharia). Esta não permite o aborto com uma única excepção: caso de a gravidez ameaçar a vida da mãe.
A pergunta é esta: sendo o aborto uma medida fortemente anti-natalista disseminada por muitos países ocidentais, o que esperam estes que no futuro lhes possa acontecer senão a progressiva perda da identidade cultural? E por que as esquerdas estariam interessadas nisso? Porque não pode haver qualquer pacto possível entre a cultura matricial do Ocidente e as esquerdas marxistas internacionais.
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