05 novembro 2006

Convocatória (2)

Alguém que participou nesta reunião, com cerca de duas dezenas de presenças, revelou-me o seguinte:
1. Há um grupo de pessoas incumbido de redigir um manifesto, cuja subscrição será, em breve, proposta à população de Alcochete;
2. Foi notória a ausência de dirigentes partidários;
3. Os órgãos autárquicos de Alcochete nada decidiram ainda acerca do fecho das urgências do hospital de Montijo e a chefe de gabinete do presidente da câmara diz desconhecer o teor do documento submetido a audição pública pelo Ministério da Saúde.
O que escrevo é lido e comentado em público pelo chefe da edilidade, pelo que forneço, uma vez mais, a hiperligação para a proposta da rede de serviços de urgência do Ministério da Saúde.
Suspeitava que, em Alcochete, há demasiada gente alheada da realidade. Mas quando os maus exemplos vêm até de eleitos e dirigentes políticos, só posso esperar muito pior.
Para usar uma referência que os mais velhos conhecem, continuem sentados à espera do comboio...

2 comentários:

Anónimo disse...

Sou indiscutivelmente um apologista de uma sociedade civil forte e participativa. Só assim se garante a democracia. Tal não impede contudo que me preocupe com a forma e com o nível de institucionalização e representação desses grupos de interesse. Nesse capítulo , é essencial uma complementaridade de acção entre esses grupos de interesse e as forças partidárias. Quando , como refere FBastos , os próprios eleitos e dirigentes políticos se alheam da realidade , estão a abrir mão de um papel imprescindível que desempenham na salvaguarda e credibilização do sistema politico vigente , cavando um fosso cada vez maior entre a sociedade civil e a realidade politico-partidária , e até , em relação ao próprio Estado ( administração central e local). Os riscos de surgimento de novas formas de neo-corporativismo e do exercício incontrolado de pressões sobre esses grupos de interesse é cada vez maior. O alheamento dos dirigentes políticos locais relativamente ao encerramento do serviço de urgências hospitalares no Montijo só pode ser sentenciado de uma forma: São igualmente CULPADOS por CUMPLICIDADE pelos prejuízos indiscutíveis que tal opção vai provocar à população do nosso concelho.

Luis Proença

Anónimo disse...

Registe-se que, apesar de ser de maioria do Partido Socialista, a Câmara Municipal de Montijo tem reagido adequadamente (contra) à possibilidade de encerramento das urgências do Hospital de Montijo!