10 novembro 2006

Ecologismo, feminismo e megacapitalismo

É necessário tomar consciência de que um dos pavores aparentes de todas as esquerdas é o aumento da população mundial.
O argumento de superfície contra o aumento populacional é o de que o planeta não oferece recursos para alimentar tanta gente, embora, por outro lado, sejam criticados virulentamente os excedentes da civilização industrial. Contra esta vem o ecologismo que, recorrendo a pseudo-valores, ataca aquela indústria que, a preços baixos, alimenta centenas de milhões de pessoas.
O feminismo não se desliga da problemática do aborto que, por sua vez, obedece a estratégias políticas de natureza anti-natalista.
Ora faz espanto que eu, na minha pesquisa permanente, nunca encontrasse nenhum cientista reconhecido pela academia internacional a preocupar-se por aí além com a subida demográfica à escala planetária.
Surge então a pergunta de fundo: qual é o real problema das esquerdas face ao aumento da população sobre todos os continentes da terra?
O controlo das bocas visa o controlo do mercado que paulatinamente deixaria de ser livre para cair nas mãos de alguns poucos, isto é, os megacapitalistas feitos com as esquerdas do mundo inteiro.
Na verdade, o livre-mercado esforça-se por dar satisfação às necessidades de um número cada vez maior de pessoas. Mas não é com a progressão do bem-estar material e espiritual que se governam as esquerdas. Estas precisam da pobreza dos povos para assentar arraiais.
Só há uma maneira de assegurar a pobreza à face da terra: prender o mercado. E este é também o desejo de grandes capitalistas que não se interessam pela elevação do nível de vida das vastas camadas populacionais, mas pelo domínio de um pequeno grupo sobre o resto dos homens.

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