11 novembro 2006

Eu estou do lado das polícias

Quando a PSP ou a GNR intervêm perante grupos transgressores da lei, logo aparecem as reportagens das televisões quase sempre orientadas para indisponibilizar os espectadores contra as forças da ordem.
Pelo princípio da razão suficiente sei que nada existe sem uma razão de ser.
Vem-me à cabeça um conto da minha avozinha cujos pormenores me falham.
Era uma família numerosa sem grandes recursos, mas que vivia em paz. Por mão de uma das filhas, insinua-se um intruso lá em casa que a pouco e pouco vai roubando o sossego a pais e filhos. Uns e outros não sabem o que fazer à rede cada vez mais apertada que os sufoca. O medo é o duro pão que comem. Todos os que tentaram ajudar se mostraram sem forças para resolver o problema. A dada altura apareceu-lhes à frente um manhosão de dentes à mostra mais medonho que o primeiro, mas prometia livrá-los do tormento de longa data se aceitassem recebê-lo como senhor o resto das vidas. O desespero era tanto que concordaram em troca de algum alívio.
O meu filho está aqui a meu lado e perguntou-me: pai, isto foi mesmo verdade? Eu respondi: filho, isto é verdade só até metade. A outra metade poderá estar a caminho.

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