18 agosto 2009

A ignomínia

Quase perfaz uma semana sobre a ignominiosa agressão de Jorge Giro a Luís Proença.
Quando a dita agressão é, com toda a obviadade, de raiz política, ignominiosamente, tentou-se colocá-la no plano pessoal para, a toda a força, o Partido Comunista sair ilibado.
Evidentemente que os comunistas não conseguem enganar todas sa pessoas. Eu estou entre estas.
O que aconteceu a Luís Proença foi uma exímia demonstração de barbárie que contraria os mais elementares princípios civilizacionais.
Porque não somos perfeitos, podemos admitir a hipótese de que Luís Proença, passando por Jorge Giro, o tivesse de alguma maneira provocado, mas o que, de modo nenhum, pode ser obliterado é a desproporcionalidade do acto levado a cabo pelo candidato comunista à vereação da Câmara Municipal de Alcochete.
Há pancadas menos violentas que a de Jorge Giro sobre Luís Proença que podem matar. Tudo depende do lugar onde elas caem.
Em termos individuais, não pouca é a responsabilidade de Jorge Giro perante a sua consciência relativamente aos factos ocorridos entre si e Luís Proença, mas em termos políticos, o grande responsável por tudo o que ocorreu é Luís Franco, candidato à presidência da Câmara Municipal de Alcochete pelo PCP porque este partido é cúmplice por figuras de segundo plano que lhe são afectas se manifestarem sistematicamente nos meios de comunicação social, resguardando na retaguarda as figuras de proa.
Como é que os resultados poderiam ser outros?

26 comentários:

Fonseca Bastos disse...

Obviamente, subscrevo este texto.

luis disse...

pedido de ajuda!

sou morador em Alcochete mas não sou de cá natural.
sou do PSD! será que alguém me informa a quem me devo dirigir para poder exercer actividade política nesta Terra??

luiz batista

amadeu silvestre disse...

"Pode enganar-se algumas pessoas durante algum tempo, não se pode enganar toda a gente durante muito tempo"

Paulo Benito disse...

Pois eu não subscrevo o texto. Considero que o assunto se subscreve à esfera pessoal.

No meu ponto de vista, a pronta demissão do Luís Proença enobreceu a sua posição e tornam-no num candidato mais forte nas próximas eleições. Esperava ver algo semelhante por parte do candidato Jorge Giro, de forma a separar o foro pessoal do político.

Na política não basta ser mas também parecer um cidadão honesto e cumpridor das regras da sociedade.

Miguel Saturnino disse...

Concordo com o texto do professor Marafuga. Chegámos a um ponto tal de desvirtuamento da vida política local, que não é mais possível calar o que há para dizer.

E o que há para dizer é isto:

1 - Estamos perante um caso gravíssimo, onde a baixaria ameaça tornar-se regra, em detrimento do bom-senso e da salutar discussão de ideias.

2 - A atitude de Luís Proença desistir da candidatura é legítima, mas não enobreceu a sua posição mais do que se não tivesse desistido. Mais um pouco e estaríamos a dizer que quem levar um murro na rua só tem de se recolher a casa e ficar caladinho. Não contem comigo para posturas destas.

3 - A agressão em causa é exclusivamente do foro político. Falar em questões pessoais é ridículo e pretende apenas "tapar o sol com a peneira".

4 - os silêncios instalados sobre este assunto são inaceitáveis.

amadeu silvestre disse...

"Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele". Onde começa e onde acaba a esfera pessoal de uma figura pública? Esta é uma questão já muito discutida nos tribunais. Da discussão já havida tenho concluido que a área da reserva privada das figuras públicas quase se resume à sua esfera familiar, e mesmo nessa, quando há agressões, foi o político que bateu na mulher e não o marido que espancou a esposa. A pessoa pública deve ter um comportamento exemplar para servir de exemplo aos seus concidadãos. Quando frequenta o espaço público não é um cidadão comum, é uma figura pública que deve servir de exemplo aos que com ele se cruzam

Unknown disse...

Paulo Benito, o seu comentário é uma contradição pegada.
Você quer estar de bem com Deus e com o Diabo.
NÃO PODE SER.

Melo disse...

Eu sobscrevo o que disse o Amadeu, e acrescento algo mais ainda.
Na política, tudo é aproveitado para ser usado contra os adversários, nem que para isso tenhão que vasculhar a vida pessoal e familiar.
Chama-se isto, tapar o Sol com a peneira?

Miguel Saturnino disse...

Sr. Melo, eis dois exemplos de "tapar o sol com a peneira":

1 - "dizer que este acto [agressão ao Luís Proença] é pessoal e não politico, além de que tal atitude configura uma mistificação grotesca, repugnante e ofensiva.";

2 - Arranjar polémicas laterais à referida no ponto 1 para que a discussão vá por outro caminho.

Infelizmente para vocês, há quem esteja alerta em relação a estratagemas destes, tão gastos quanto ridículos.

Melo disse...

Claro senhor M.S, no entanto, os senhores é são mestres em estratagemas de vasculhagem.
podia enúmerar o que anda nas bocas da emprensa...

Pedro Giro disse...

Antes de comentar qualquer assunto, pretendo deixar bem explicito que tudo o que seja aqui comentado pela minha pessoa é de minha livre vontade sem mediações de seja quem fôr.
Para principiar, tenciono deixar explicito que não sigo minuciosamente os assuntos políticos porque é uma área que pessoalmente não me acorrenta, esses assuntos deixo para os mais entendidos na matéria, embora não escondo que tenha sempre praticado o meu direito de voto e nas autárquicas tenha-o feito no PCP, porque embora tenha noção que há sempre qualquer coisa por fazer ou melhorar, gosto da terra onde vivo, ouço os forasteiros parafrasearem sobre a sua beleza e acho a minha terra bem cuidada e não é por acaso que está nas 20 melhores em 278 concelhos segundo um estudo da universidade do Minho.
Estou a escrever aqui no Blogue porque estava a fazer uma pesquisa sobre Alcochete e indirectamente vim aqui ter, embora já o tivesse visitado há alguns tempos atrás, deste modo não podia ter deixado de observar alguns textos que relatam as agressões entre o meu irmão Jorge e o Sr. Luis, a maior parte dos comentários falam da situação, como se o meu irmão fosse o “ Mau” e o Sr. Luis o “pobre coitado”, não vou falar sobre o acontecido porque para isso existem instrumentos e locais próprios para o fazer. Claro que estas situações são sempre de evitar, mas infelizmente somos Seres Vivos e ambos os intervenientes talvez se tenham exaltado demais. Apesar de tudo isto acho que o Sr. Luis de algum modo quis alçar o acontecimento, porque na foto que vi na Net, nota-se perfeitamente que o mesmo espalhou o sangue com as mãos pelas faces para atingir um maior dinamismo com o sucedido, e de igual modo deslocou-se do Local da desavença até defronte ao quiosque do seu partido para depois chamar os primeiros socorros, sorte que estava perto porque se tivesse longe tinha de apanhar o Táxi. É a minha opinião e o meu ponto de vista, tal e qual como existem aqui outras adversas que eu não concordo mas respeito. Como diz um velho ditado:” cada cabeça…cada sentença”. Para terminar e quem conhece o meu irmão, sabe que o mesmo é uma pessoa calma, divertida e amiga do seu amigo. Tudo o resto mais tarde se esclarecerá.
Um abraço para o editor do blogue o Sr. Marafuga que tive a felicidade de conhecer como cliente.
Os melhores cumprimentos para todos os visitantes.

Pedro Giro.

Miguel Saturnino disse...

Por outro lado, para melhor perceber os comentário acima transcritos, tentei encontrar no dicionário Comunês/Português / Português-Comunês as seguintes palavras:

- "sobscrevo";
- "tenhão".

para minha surpresa, tinham (desculpem o erro, pois queria escrever "tenhão") ambas a mesma significação:

- "s.m., cacique sem preparação académica mínima, atirado à liça para mistificar mais com maldade do que com inteligência. Facilmente anulável com lógica e rigor de pensamento."

É incrível o que estes dicionários nos ensinam...

Miguel Saturnino disse...

E já agora, sr. Melo, por que motivo todos (sem excepção) os seus dirigentes comunistas locais, quando me vêem na rua me cumprimentam com respeito? Por que será? Será do Guaraná?

Miguel Saturnino disse...

Seguindo o rumo do raciocínio do Sr. Pedro Giro, chego à conclusão que a testa do sr. Luís Proença agrediu a mão do Sr. Jorge Giro.

Unknown disse...

Miguel, a capacidade para transmitir a utilização correcta da língua e do raciocínio é de raiz grega, mas é esta raiz que o marxismo, "filosofia" do comunismo, também quer destruir porque essa é também uma estratégia para o êxito da revolução à escala planetária.
Eis por que os milhafres comunistas não se importam nada que sejam defendidos por pessoas incapazes de regras mínimas da lógica porque é esta mesma que eles querem destruir por ser o centro da Civilização Ocidental como Atenas é o centro: para lá o Oriente e para cá o Ocidente.

Melo disse...

Afinal sempre está atento aos erros, pena que em outras situações nunca tenha estado atento.
Em relação ao grau académico, desculpe a minha ignorância mas,
Em país de parolos, qualquer burro com um canudo até pode ser doutor.
Para além de cacique comunista (como V.EXª menciona), são gente educada e honrada, que não estão na política por via da difamação.
Qunto ao ser cumprimentado por todos, claro que todos, antes de serem políticos são municípes do mesmo concelho de Alcochete, nem de um outro país, para além de termos sido nós a descobrir.
Enquanto isso, subscrevo o comentário do irmão do senhor Giro.

Miguel Saturnino disse...

Sr. Melo...

Não sei o que pensa das Universidades portuguesas, mas uma coisa lhe garanto: não é nenhum burro que sai licenciado da minha faculdade.

Quanto ao resto do seu comentário, nada tenho a dizer, até porque ele mais não é do que um acabado exemplo de como escrever sem dizer nada.

Sérgio Silva disse...

E outra coisa não seria de esperar Sr. Melo.

Miguel Saturnino disse...

Não foi a família Mel[r]o que, juntamente com a família Champõ-limão, entregou o país ao grande capital?

Fonseca Bastos disse...

Felicito o sr. Pedro Giro pela coragem de usar nome próprio e reconhecido para vir aqui tentar defender a honra de seu irmão. Podia ter recorrido a pseudónimo para escrever algo semelhante, mas teve uma atitude rara e correcta que o enobrece. Espero que os restantes comentadores que por aqui andam tenham esse facto em devida conta.
Desejo, sinceramente, que o sr. Pedro Giro transmita um atempado e oportuno conselho a seu irmão, sr. Jorge Giro: através de carta aberta, dirigida ao presidente da Assembleia Municipal, aos alcochetanos e aos órgãos locais do partido que representa, peça desculpa pela insensatez do acto cometido no passado dia 12, renuncie imediatamente ao cargo de deputado municipal e desista de integrar a lista de candidatura à Câmara Municipal nas próximas eleições autárquicas.
Estou seguro que o caso originou um sismo na comunidade e parece-me ser essa a única saída airosa para um problema político muito sério.
Coloco ao dispor do sr. Jorge Giro todo o espaço que entender necessário para reproduzir neste blogue o texto dessa missiva.

Melo disse...

Lamento as minhas palavras, No entanto, não pretendia ferir susceptibilidades de ninguém, apenas utilizei um pequeno excerto dum comémtário de um político. O senhor recorda-se prefeitamente do tão badalado caso, em que esteve o presidente do seu partido (ser ou não ser licenciado, o dia e as horas em que tudo aconteceu).
Claro que nada tenho a ver com isso. Foi então com essa frase que alguém mencionou essa frase.
Espero que as festas tenham corrido da melhor forma.

amadeu silvestre disse...

Depois de tudo o que já disse sobre este assunto assino por baixo tudo aquilo que diz o Sr. Fonseca Bastos.

Miguel Saturnino disse...

(bocejo)

Fonseca Bastos disse...

Não passa por aqui ninguém do PSD? E não reparou num apelo existente no alto destes comentários, de um Luiz que assina Luiz Batista?
Valha-lhes Sá Carneiro!

luis disse...

Caro Fonseca Bastos,

Agradeço a sua preocupação, mas a minha questão tem a ver com o exercer política de uma forma democrática, livre e sem receio de caceteiros.
Julgava eu que o tempo da confrontação fisica já tinha acabado, mas qual o meu espanto quando em pleno ano de 2009 ainda se recorre à tocaia e a agressão para eliminar os que pensam de forma diferente.
O que tudo isto tem de "Giro" é que há 15 anos quando escolhi Alcochete para morar, fui também nessa altura confrotado com alguns que no seu entender só os Alcochetanos deviam morar em Alcochete, por várias vezes foi-me barrado o acesso à minha própria casa,(actual Rua da Praia)tendo em alguns casos necessidade de recorrer à ajuda da GNR.
Felizmente que pessoas como as que acabei de descrever não são o comum nesta terra, bem pelo contrário a grande e esmagadora maioria e amiga e hospitaleira, e julgava eu que passados todos estes anos os poucos "Giros" já tivessem acabado. Engano meu!
Como cidadão estou preocupado, pois caso seja eleito que lugar ocupará o Sr Giro na vareação?
O de vareador da Educação ou estará em preparação a criação de uma polícia local? Chefe já temos!
Gosto de morar na Terra que escolhi, Alcochete!

Luiz Batista

PS - Para acabar com o desgoverno basta a Drª Ferreira Leite

Melo disse...

Caro Luiz Batista:

Ao lêr o seu comentário, cheguei à conclusão que, o senhor se sente imigrante em país diferente.
Porque senão, vejamos:
Após a última vitória sobre o P.S para o parlamento Europeu, já pensa que, o seu actual partido será o próximo a governar.
No entanto, as minhas previsões são bem diferentes das suas, voltarão a ser oposição.
Porque governar, desgovernando
Basta qem está mandando!!!
Nessa altura poderá dizer que é "Giro". Os Alcochetanos sempre foram e serão hospitaleiros para todos aqueles que escolheram o concelho para residir.
Vizinhos, hà bons e maus, como também alguns novos moradores, por isso, não entre por esse lado, em que casos isoldos de cidadãos nada tem a vêr com a forma de estár dos habitantes.
Não podia deixar comentar esta sua afirmação, mas, não quero com isto criar mau estar com ninguém.