06 agosto 2009

Estrutura de tipo xenófobo


Caros amigos, eu já lancei ao rosto do meu ex-aluno Jorge Giro que no plano ideológico não poderia haver qualquer troca entre nós, mas que no plano individual poderíamos fazer um esforço para salvarmos o respeito um pelo outro. É o que tem acontecido não só com o Jorge mas também com o Miguel Saturnino. Embora dois jovens muito diferentes, de ambos conservo boas recordações.
Quando cheguei de um período de repouso no Algarve, fui confrontado com textos e comentários tanto no Praia dos Moinhos como no Alcochetanidades que arrasavam o Jorge de alto a baixo.
Claro que não poderia botar discurso sem ler o que o Jorge tinha escrito. Procurei o jornal por aqui e acolá, pedi a pessoas...mas nada.
Até que hoje fui ao Montijo comprar uns apliques para a minha casa e dei com um exemplar do jornal em cima da secretária da empregada que atendia a minha mulher.
Feito o negócio, atrevi-me a pedir o jornal à menina que mo dispensou com um grande sorriso.
Cheguei a casa, comi qualquer coisa, desci até ao Salineiro para tomar um cafezinho, fumar a minha cigarrilha do dia e, depois, ler atentamente o famigerado artigo do Jorge.
A passagem da discórdia é a seguinte: «Politicamente, a oposição do centro/direita, composta maioritariamente por novos residentes, que recentemente escolheram Alcochete para viver/habitar, porque esta Vila lhes oferecia uma boa qualidade de vida e bem-estar [falta a ideia principal]. Agora, devido a motivações políticas e à obsessão pelo exercício de cargos políticos, estranhamente, Alcochete para estes novos políticos/residentes, deixou de ter a qualidade e o bem-estar que lhes tinha proporcionado até então» sic.
O problema de Jorge Giro é que não faz bem a distinção entre as coisas.
Eu neste blog já tenho atacado Luís Proença várias vezes e nem sempre tenho poupado Borges da Silva, mas nenhum novo residente descobre no meu discurso uma estrutura de tipo xenófobo ou de má vontade face aos forasteiros. Esta necessária capacidade para separar as águas falha ao Jorge Giro que faz apelo inconsciente, mas objectivo, a baixos instintos de não poucos autóctones. Isto mesmo interessa aos milhafres comunistas porque é isto mesmo que está na génese do que leva ao poder todos os partidos políticos de vocação totalitária.
Em conclusão, não era o Jorge Giro ou a Paula Pereira que eu mais gostava de ver nos jornais de Alcochete e/ou Montijo a baterem-se pelos pontos de vista comunistas, mas o sr. Luís Franco que só não o faz por manifesta cobardia.

1 comentário:

Sérgio Silva disse...
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