31 agosto 2009

Boa memória (2)

Escrevi isto a 28 de Novembro de 2005 – 28 dias após a instalação do novo executivo municipal – e ainda hoje espero resposta.
O apoio popular é a base do poder e esse apoio só se mantém se houver diálogo com os cidadãos. O poder é por definição solitário, mas não pode nem deve afastar-se dos eleitores.
O apoio popular é o capital mais importante do governante, mas só se mantém se houver comunicação e diálogo permanentes com os cidadãos.
Ao longo do mandato não houve diálogo – nem oposição que o exigisse – mas apenas propaganda.

17 comentários:

Unknown disse...

Sr. Bastos, faço questão em dizer que estou de acordo consigo.

luis disse...

Para além de concordar posso ainda dizer que foi cara e mal construida!
Já por lá passaram?
As pedras do revestimento estão a cair!
O espaço envolvente não fazia parte do caderno de encargos?
Pois "aquilo" parece 3º mundo!

luiz batista

amadeu silvestre disse...

A falta de comunicação e de troca de informação com os eleitores tem custos que mais tarde ou mais cedo de pagarão. Comunicação e transparência na gestão da coisa pública são essenciais para quem queira manter-se em cargos de gestão pública. Obviamente que com estes requisitos a incompetência será mais facilmente detectada.
O Sr. Fonseca Bastos porventura é do tempo em que um Senhor que já morreu publicou um livrinho intitulado "O Partido com paredes de Vidro"? Julgo que nunca chegou a ser construido.

luis disse...

Já repararam que o Sr. Melo ainda por aqui não passou....?
lb

Fonseca Bastos disse...

Caro sr. Amadeu Silvestre:
Passado é passado e para mim só serve como experiência e conhecimento. Preocupo-me mais com o presente e o futuro.

amadeu silvestre disse...

Plenamente de acordo.
O problema existe quando nem com a experiência passada de adquire conhecimento para agir no presente e preparar o futuro.

Fonseca Bastos disse...

Caro sr. Amadeu Silvestre:
Admito haver muita gente que nem a errar aprende. Mas esses são casos patológicos, para os quais talvez só a medicina tenha a terapêutica adequada.
Há ainda outro tipo de gente – bem mais perigosa para a sociedade – que usa a experiência passada para iludir o presente e mascarar o futuro. É gente que engana alguns durante algum tempo, mas que nunca conseguirá transformar todos em tolos.
Para essa gente não conheço outro remédio que não seja usar uma vassoura e varrê-la para bem longe.

amadeu silvestre disse...

No dia da vassourada lá estarei.

Unknown disse...

Eu também.

Fonseca Bastos disse...

As minhas palavras anteriores resultam da experiência de vida e não visavam ninguém nem nenhum caso em especial.
Mas se bem entendi o alcance que os srs. Amadeu e Marafuga pretendem dar às minhas palavras, sempre lhes direi que as vassouras necessitam de um capitão.
Onde estão os capitães capazes de os orientar enquanto varredores?

Melo disse...

Meus caros condóminos:

Lamentos informa-los porque não comentei este assunto, ora se nada sei em relação ao mesmo, como posso opinar?

Ou serà que eu chame, aquela zona, onde alguns a apelidam de 3º mundo1

Ora, que eu saiba, nas imediações do lucal onde se encontra a biblioteca existem pessoas tão, ou como as outras que vivem na praia, no centro, no bairro, nos flamingos etc.

Para que não digam que não passo por aqui.
Porque uns querem ser oficiais a troco de...
Vassouras...
Sempre ouvi dizer, que a inveja de uns, é a alegria de outros...

amadeu silvestre disse...

É verdade que os movimentos de massas, geralmente, necessitam de um guia, de um lider, que aparece sempre no momento oportuno. Mas nem sempre é assim, principalmente quando se trata de manifestações colectivas de descontentamento.

Resta-me dizer-lhe, Sr. Fonseca Bastos, que não atribui às suas palavras qualquer sentido vinculado. Por principio acredito nas pessoas até me darem razões para o contrário. O Sr. Fonseca Bastos reitera com frequência a sua total independência politico-partidária e eu ainda não tenho qualquer razão para por em causa essa sua independência. Que mais não seja por essa razão nunca eu atribuiria, ou pretenderia atribuir, às sua palavras mais do que aquilo que elas quizeram transmitir. E já agora, não atribua às minhas mais do que eu quiz dizer.

Fonseca Bastos disse...

Caro sr. Amadeu:
Para surtirem qualquer efeito, as manifestações colectivas de descontentamento têm de ser polarizadas para que se encontrem novos rumos.
Essa polarização só ocorre se existirem fortes lideranças alternativas (os capitães). Sem isso será o caos: os descontentes não enxergam soluções e cansar-se-ão, enquanto a maioria se alheará da coisa pública.
Pressinto estarmos a caminho do caos.
Agradeço a confiança na independência política e espero continuar a merecê-la. Peço-lhe desculpa por ter interpretado mal as suas palavras.

Peço ainda desculpa ao sr. Melo por nunca lhe responder directamente — embora também não seja anónimo — mas confesso a minha incapacidade em encontrar nos seus textos algum fio condutor para o debate.

amadeu silvestre disse...

Sr. Fonseca Bastos, partilho a sua ideia e o seu receio. Eu já noto, nos meios que frequento, um grande alheamento das pessoas pelas coisas que, ao fim e ao cabo, lhes dizem respeito. O alheamento da coisa pública já está aí. Para que o caos seja evitado é necessário que o descontentamento não seja aproveitado por algum grande orador inconsequente. As desilusões têm sido mais que muitas. A recuperação da confiança vai ser demorada, mesmo depois de a ética voltar à política.

Fonseca Bastos disse...

Não frequento muitos meios (faltam-nos tertúlias de reflexão e convívio) mas falo, individualmente, com inúmeras pessoas. E delas recolho, há anos, boa parte das ideias.
A maior parte estranha sobretudo os silêncios cúmplices. Como se na 'partidocracia' local fossem todos cegos, surdos e mudos.
Até prova em contrário descreio em pactos generalizados de silêncio, mas ainda ninguém saiu do casulo para demonstrar que tenho razão...

amadeu silvestre disse...

Também não acredito em pactos de silêncio generalizados, mas existe aquele ditado popular que diz: " Quem tem telhados de vidro ..."

luis disse...

Se seguirnos o sentido do apelo ao voto de Jerónimo de Sousa (PCP), em que pede o voto porque é o único que nunca lá esteve, entenda-se no poder, a esta Terra da Alcochete, teremos de encontrar uma força política diferente do (PS) e do (PCP)!
Que venha a mudança!!!

lb