09 março 2007

Cobaia não, obrigado!

Você, cidadã ou cidadão residente em Alcochete, sabia existirem pedidos para ensaiar milho geneticamente modificado, durante três anos, em Cercal de Cima, freguesia de São Francisco, numa área de 6000 a 10.000m2?

Provavelmente desconhecia, mas alguém soube muito antes, conforme poderá ser confirmado neste texto publicado no sítio da Quercus na Internet.

Fica agora a saber que, até ao próximo dia 16, o presidente do Instituto do Ambiente aceita as suas sugestões, comentários e opiniões, por escrito e através, por exemplo, do e-mail indicado nesta página, acerca de uma experiência estrangeira que se pretende realizar em três pontos distintos do país, um dos quais situado no concelho de Alcochete.
Segundo o Instituto do Ambiente, o processo também pode ser consultado... na Câmara Municipal de Alcochete(!).

O terreno mencionado num dos documentos acessíveis naquela página do Instituto do Ambiente situa-se algures no lado esquerdo, no sentido ascendente, do Caminho Municipal 1003, em São Francisco. Para quem não sabe, trata-se da artéria que liga São Francisco à estrada da Atalaia.

Pela minha parte – e disso dou público testemunho – rejeito, liminarmente, que a experiência decorra no concelho onde resido, por não estarem cumpridos dois dos pressupostos previstos no Decreto-Lei n.º 72/2003, de 10 de Abril.
Nomeadamente:

1. Ao contrário do mencionado no n.º 3 do art.º 11.º do citado decreto-lei, desconheço que tenha sido publicado qualquer anúncio em jornal de âmbito regional ou local, com distribuição alargada em Alcochete, embora tal fosse tecnicamente possível. Consequentemente, a esmagadora maioria dos alcochetanos não deverá ter conhecimento do assunto e não poderá pronunciar-se;
2. Em nenhum dos três documentos está suficientemente descrita a avaliação dos riscos humanos, animais e ambientais eventualmente resultantes da experiência científica;
Acresce que:
3. Nenhuma entidade pública ou privada se disponibilizou, até à data, directa e localmente, para esclarecer os alcochetanos acerca dos benefícios e eventuais danos resultantes da experiência.

Agora que o assunto tem possibilidades de chegar, pelo menos, ao conhecimento de quem sabe da existência deste blogue, cada um(a) fará o que entender.
Todavia, espero que haja em si, leitor(a) deste blogue, alguma réstia de solidariedade e que faça circular esta informação por vizinhos e amigos. Eis um link directo a este texto: http://praiadosmoinhos.blogspot.com/2007/03/cobaia-no-obrigado.html

Sozinho ninguém conseguirá nada, juntos podemos ir longe!


Por mim, vão semear os transgénicos onde quiserem, mas longe daqui. Cobaia não, obrigado!

P.S. - Outras leituras recomendadas sobre este assunto:

Portugal Diário
Gaia
Confagri
Wikipédia
União Europeia
Greenpeace
Quercus

Há milhares de outras páginas acessíveis através de qualquer motor de busca na Internet.

Ver ainda este texto de bloguista que enviou a sua opinião ao Instituto do Ambiente sobre o assunto tratado acima.

5 comentários:

Anónimo disse...

Porque escondeu a Câmara de Alcochete este assunto aos seus munícipes?

Ponto Verde disse...

Alertar é preciso. Saudações verdes.

Anónimo disse...

Não entendo como é que a Câmara de






























Não entendo como é que a Câmara de Alcochete diz que em Dezembro se manifestou contra os transgénicos e enviou mensagem à reunião que agora houve se nós pobres munícipes nada sabíamos...

Anónimo disse...

Atenção que o e-mail do Instituto do Ambiente mencionado neste texto está dsactivado...Porque será ?

Fonseca Bastos disse...

MariaLisboa:
Acabei de fazer ensaio e a mensagem não veio devolvida.