07 março 2007

Ai a construção!



As imagens acima (click sobre elas para ver ampliação) ilustram a evolução das licenças de construção emitidas e do número de fogos autorizados pelo Município de Alcochete no período 1997/2004.

Para lá de quebras visíveis no número de fogos autorizados em 2000 e nos dois primeiros anos do mandato dos autarcas derrotados há 16 meses, é notório que desde 1998 – ano da abertura ao tráfego da ponte Vasco da Gama – o número de licenças de construção tem vindo sempre a subir, quase duplicando em seis anos.
Uma estimativa oficial diz-nos que, em 2001, existiam em Alcochete 3.644 edifícios de habitação familiar clássica e 6.448 alojamentos. Em 2004 o número de edifícios terá subido para 3.894 (mais 250) e o de alojamentos para 7.441 (mais 993).

Só em 2003 celebraram-se, também no município de Alcochete, 684 contratos de compra e venda de prédios, sendo 653 respeitantes a urbanos, 26 a rústicos e cinco a mistos.
O valor total desses contratos ascendeu a 72.802.000 Euros (14,6 milhões de contos em moeda antiga).

Relativamente ao ano de 2004, sabe-se ainda que a tipologia dos fogos concluídos em contruções novas para habitação, em Alcochete, foi a seguinte: 11 fogos T0 ou T1, 50 fogos T2, 232 fogos T3 e 32 fogos T4 ou mais.
Desta forma chegámos aos actuais 16.000 residentes – mais 50% que antes da existência da ponte – criando-se novos problemas e agravando outros.
Gostaria ainda de chamar a atenção de quem tenha instalado no computador o programa Adobe Acrobat (de uso livre no formato Reader) para um interessante trabalho académico que descobri no sítio da FCT da UNL.
Prenderam a minha especial atenção as imagens 5 e 6, que comparam os usos do solo em 1997 e 2002 numa região abrangendo Alcochete.
Repare-se como, em apenas cinco anos, diminuíram visivelmente as manchas verdes, correspondentes a solos naturais.

Os potenciais candidatos a sucessores dos actuais autarcas deveriam começar já a estudar e planear soluções para estes problemas, por se depreender do rumo actual das coisas que dentro de dois anos e meio tudo estará muito pior.

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