27 junho 2006

No rescaldo dos papagaios


Fui ao festival de papagaios apenas na tarde do último dia e, relativamente a todas as edições anteriores, notei quatro coisas: escasso eco da manifestação nos meios informativos nacionais (além de duas presenças na TV e em períodos de baixa audiência, encontrei apenas esta superficial referência na Imprensa); o significativo aumento da afluência pôs em evidência as más condições da Praia dos Moinhos para eventos de certa dimensão; necessidade de organizar o programa de modo a valorizar a importância de alguns prestigiados praticantes convidados; exibicionismo parolo de pessoas que deviam evitar expor-se a situações ridículas.
Quanto a soluções, para o primeiro caso só conheço uma: preparar e promover o evento, bem cedo e atempadamente, com muita cautela e imagens expressivas, junto dos meios informativos, concedendo imprescindíveis meios de trabalho e, se possível, algumas facilidades individuais aos repórteres.
Para o segundo caso a solução é estender o evento ao longo da praia, do estaleiro à antiga seca da SNAB, preparando acessos, estacionamentos e locais de concentração de público. Tantos papagaios voando numa área escassa gera (e gerou) situações críticas, prejudicando, nomeadamente, a exibição de participantes cuja qualidade artística não pôde ser devidamente apreciada.
Para resolver o terceiro caso é necessário organizar o programa indicando horas precisas para os diferentes tipos de exibição, de modo a que os espectadores saibam, antecipadamente, o que podem ver e onde às 10h, às 15h e às 18 horas, por exemplo. Importa ainda exercer alguma pedagogia, pois não basta dizer que há papagaios estáticos, acrobáticos, de voo sincronizado, etc. Se temos o privilégio de apreciar alguns dos melhores artistas internacionais da especialidade, é necessário valorizar esse aspecto e dar-lhes o merecido destaque.
Só não tenho solução para o quarto e derradeiro caso.

PS - A notícia referida no primeiro comentário a este texto não consta da versão electrónica do DN, a única a que tive acesso.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ver Diário de Noticías, Página 28, de 26 de Junho de 2006.

Fala de Alcochete!