No meu primeiro textinho sobre o tema livre arbítrio, perguntava o seguinte: na verdade, se não sou livre para escolher, como vou depois aceitar a culpa de uma escolha minha que prejudique o outro? Daqui concluo que a liberdade de escolha não é um fim porque das duas, uma: ou julgo que vivo no mundo sozinho ou estou certo de que vivo em relação com o outro.
Se julgo que vivo no mundo sozinho, cultivo um egoísmo suicida; se estou certo de que vivo em relação com o outro, então imponho-me regras. Ora estas não se conciliam com aquelas minhas escolhas que prejudiquem a liberdade do outro.
Todas as regras que salvaguardem as relações de liberdade entre os homens nunca se poderão opor à minha liberdade de escolha, uma vez que a liberdade do outro é a minha liberdade.
Portanto, a ideia de que sou livre para matar nada tem a ver com o livre arbítrio, mas com o manifesto abuso deste porque eu não posso encarar o mal como escolha alternativa.
Por cima da minha liberdade de escolha está a multiplicidade dos rostos emanados do Rosto supremo que Deus é.
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