Há pessoas que vivem sem nenhuma certeza. Então, à força, tudo tem que ser relativo para todos.
Eu tenho muitas dúvidas mas algumas certezas. Sem estar a insinuar que não falho perante o outro, eu sei que o respeito pelo rosto do outro é absoluto. A partir desta certeza que nunca poria sobre uma mesa de negociações, começo paulatinamente a estruturar o mundo à minha volta.
Então penso: sem liberdade, eu não posso reconhecer o rosto do outro. Se o respeito pelo rosto do outro é um bem absoluto, a liberdade também o é, uma vez que a ausência de liberdade é véu opaco que se interpõe entre os rostos.
Sem liberdade todo o homem se transforma num gestor do medo; sem liberdade, no rosto do outro não vejo o meu próprio rosto, senão o objecto da minha desconfiança; sem liberdade, desvivo a vida.
Mas logo a seguir, penso: é o homem que é o dispensador da liberdade? Se afirmo que sou livre, não dou fé de um absoluto transcendente, imagem e semelhança de Alguém a um tempo absolutamente transcendente e imanente ao próprio dinamismo do meu agir? Eis-me chegado a Deus, o Rosto dos rostos.
Portanto, da certeza de que o respeito pelo rosto do outro é absoluto, eu transito para a certeza de que a liberdade é um bem absoluto e ascendo ao Dispensador absoluto de todos os bens que é Deus.
3 comentários:
Vale o que vale, mas neste site pode-se saber, de acordo coma s respostas que se dão ao questionário, se somos de direita ou esquerda, nos aspectos económicos e sociais. Há outros questionários e outros critérios. Ficam para a próxima.
http://politicalcompass.jpagel.net/index.php
«No tempo em que eu era criança, falava como criança, sentia como criança, raciocinava como criança; mas, quando me tornei homem, eliminei as coisas de criança» (1 Cor., 13, 11).
Neste texto, eu quero dizer que quando falo de liberdade, não falo da liberdade destes políticos, mas da liberdade ordenada a um Princípio de Ordem Superior cujo nome na boca de todos é Deus
Enviar um comentário