21 junho 2006

Avaliação? Qual avaliação?

Esta avaliação é somente para conhecimento interno da burocracia estatal, mas deveria ser pública, notória e de publicação obrigatória. Se não se vislumbra, em parte alguma, o que fizeram os nossos serviços municipais no primeiro semestre de 2006, quem conseguirá definir e fazer cumprir objectivos para o segundo semestre?
E os cidadãos pagantes virão algum dia a conhecer esses objectivos e os desvios verificados? Poderão avaliar e ajuizar?
Presumo que a tesouraria é o único serviço municipal a funcionar bem, pelo menos quanto ao pagamento de ordenados, pois se assim não fosse haveria mosquitos por cordas. Diz-se que a máquina está menos bem oleada quanto ao pagamento a fornecedores, mas cá para mim são "manobras da reacção".
A culpa não é dos funcionários municipais, seguramente, mas de quem está no topo da pirâmide hierárquica e se mostra incapaz de valorizar as respectivas aptidões e capacidades a bem da comunidade.
Se houvesse a preocupação elementar de dignificar os funcionários perante os munícipes, publicar-se-iam regularmente listas dos trabalhos efectuados num determinado período.

1 comentário:

Anónimo disse...

O que é ainda mais gravoso é que a política prosseguida relativamente aos serviços municipais também é estendida à população em geral.
Exorta o Primeiro-Ministro à qualificação generalizada do trabalho português, por exemplo uma das principais causas dos problemas diagnosticados em todos os sectores da construção.
Discursa o Presidente da República com apelos continuados à competitividade do tecido empresarial, à qualificação da mão-de-obra, ao aumento da produtividade.
Todas as entidades públicas, privadas, incluindo as associações sindicais deveriam estar unidas nesta luta sem tréguas de quase sobrevivência da economia nacional.
Tudo indica que o discurso expresso pelos órgãos de soberania se limita a estas declarações de intenções sem outra ressonância na vida local.
É consensual que se queremos ter um crescimento significativo do investimento na indústria, para valores semelhantes aos do país vizinho teremos de investir fortemente e alterar completamente o nosso processo de desenvolvimento.