10 setembro 2006

Estou revoltado


Ontem (sábado), por volta das 19h00, o eng.º Dias de Sousa, residente nas cercanias das antigas salinas da Atalaya, na EN118, em Alcochete, encontrou um flamingo juvenil ferido numa das asas, refugiado no canto de um dos caldeirões da marinha da Atalaya (ver imagem acima).
Telefonou para a Reserva Natural do Estuário do Tejo mas ninguém respondeu.
Tentou ver no "site" do Instituto de Conservação da Natureza quais os Centros de Revalidação de Aves Feridas disponíveis, mas não encontrou nenhum.
Fez uma pesquisa na Internet em Centro de Revalidação de Aves Feridas, mas não encontrou nenhum em Portugal.
Fez uma pesquisa por "aves" e nos 100 primeiros "sites" não encontrou nenhum Centro de Revalidação de Aves Feridas.
Como é membro da Sociedade Portuguesa para o Estudo de Aves, foi ao "site" dessa entidade e também não encontrou nenhum Cento de Revalidação de Aves Feridas ou coisa semelhante.
Será possível ? Ou não procurou bem? Será que não há nenhum em Portugal?
Hoje (domingo), se o animal ainda lá estiver, vivo, contactará com o SEPNA da GNR, pois talvez eles possam ajudar.
A sua questão final é esta: na Bélgica – que tem um território três vezes mais pequeno que o de Portugal e não possui uma das áreas mais férteis em aves marinhas da Europa – existem 22 centros de revalidação de aves feridas. Em Portugal não há nenhum?
O eng.º Dias de Sousa também é membro da Ligue Royale Belge pour la Protection des Oiseaux e sabe do que fala.
Pedi-lhe que me relate o desenlace desta história e prometo revelá-lo o mais depressa possível.
Peço aos "blogueiros" que espalhem esta história e façam qualquer coisa pela conservação da Natureza.
Peço aos alcochetanos – que vivem na terceira mais importante zona húmida da Europa, povoada por dezenas de milhar de aves limícolas, na qual se situa a sede de um departamento público de conservação da Natureza (RNET) – que interroguem o poder político sobre o assunto.

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