19 setembro 2009

Tagus Spa Resort

Ontem desloquei-me à FIL em lisboa, ao SIL (Salão Imobiliário de Lisboa), e ao deambular pelos vários stands presentes dei de caras com o projecto "Tagus Spa Resort" do grupo imobiliário Libertas.
É um projecto que fica situado na Praia dos Moinhos na antiga seca de bacalhau e junto às salinas do Brito.
Como curioso que sou, perguntei qual o estado em que se apresentava o projecto, foi-me respondido pela pessoa que apresentava o dito stand que o resort já se encontrava "aprovado".
Perguntei se a praia iria ser "privada", ao que me foi respondido que toda a envolvente exterior do projecto, bem como os seus espaços verdes estavam destinados ao uso público.
Alguém me pode elucidar se este é o projecto megalómano que tanto se tem debatido em Alcochete? Foi este projecto que foi chumbado? E porque se chama "centro de conferências" ao Forum Cultural de Alcochete? Será que a CMA vai vender o Forum?
Deixo aqui o link para que possam consultar o projecto: http://www.libertas.pt/

10 comentários:

Unknown disse...

Anda tudo a ser tramado nas costas do povo alcochetano por aqueles que se dizem os melhores defensores deste povo.

Sérgio Silva disse...

Pois eu tambem já nao consigo entender nada disto!!

Unknown disse...

Desorientar a cabeça das pessoas é uma das grandes estratégias das esquerdas em geral com principal destaque para o comunismo.
Sempre a favor da revolução, o comunismo deita mão a tudo o que é marginal ao universo lógico da Civilização Ocidental.

amadeu silvestre disse...

Fiquei perplexo ao visitar o site aqui indicado.
Mas há uma coisa que temos que ter presente, é que para nós isto poderá ser novidade, mas um projecto desta natureza não pode deixar de ter passado pela assembleia municipal onde todos os partidos estão representados, e ainda nenhum, oficialmente, denunciou este negócio. Será por estarem todos comprometidos que estão todos tão calados?

Carla Graça disse...

O que é facto é que não houve qualquer consulta pública e tenho sérias dúvidas que um empreendimento desta natureza, no local onde se insere, em plena ZPE da Reserva Natural do Estuário do Tejo, não tenha que ser sujeito a um procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental, com a indispensável consulta pública a ele associado.
Até agora, e na área da Praia dos Moinhos, foram sujeitos a AIA dois empreendimentos turísticos: o primeiro de menor dimensão, para cerca de 400 camas em hotel e aparthotel, foi aprovado com uma Declaração de Impacte Ambiental favorável condicionada; o segundo era um empreendimento muito mais vasto na seca do bacalhau contígua às Salinas do Samouco, e que previa quase 1000 camas, entre hotel, apartamentos e moradias isoladas, espaços comerciais e construção em cave. Este último, felizmento, foi chumbado pelo Ministério do Ambiente. Até agora, mais nada foi apreciado em sede de AIA, pelo que o projecto poderá estar aprovado em sede de Câmara mas estará ainda longe do licenciamento.

Fonseca Bastos disse...

Sérgio Silva descobriu a ponta de um "icebergue" que, à escala local, é do tamanho da Groenlândia (ou Gronelândia).

Algumas pistas (há mais...):

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1366268&idCanal=62


http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1366922&idCanal=59

Carla Graça disse...

As notícias do Público referem-se a três empreendimentos, aqueles aos quais me havia referido já no meu comentário anterior: dois da Sulway, o tal mega empreedimento, e que foram já chumbados em sede de Avaliação de Impacte Ambiental; e o mais pequeno com 400 camas da Ponte Pedrinha, junto ao Fórum Cultural, e que foi aprovado com condicionantes.
Nada há sobre este Tagus Spa Resort. É estar atento e esperar pela consulta pública.

Sérgio Silva disse...

Segundo o site da "Publituris", O arranque da construção deste projecto só está dependente da emissão final de alguns pareceres, nomeadamente por parte de instituições que tutelam o estuário do Tejo, o que me leva a pensar que ao nivel camarário já está aprovado!!!

PS: aqui está o link da noticia: http://www.publituris.pt/dossier.php?action=artigo&artigo=83959&dossier=83941

amadeu silvestre disse...

Depois de pensar um pouco mais sobre este assunto, e de ler os comentários da Carla Graça, fiquei um pouco mais descansado. Se afinal o Projecto ainda não foi objecto de parecer sobre a Avaliação do Impacte Ambiental, é essa a razão pela qual a QUERCUS não veio ainda público pronunciar-se. Ou, se já sabe e ainda não se pronunciou, então é porque o ambiente e a sustentabilidade estão assegurados e não temos que nos preocupar. Por outro lado, limitado por esta falta de informação que me caracteriza, penso que o executivo camarário não deveria aprovar projectos de construção para as quais não pode depois emitir licenças de construção. É que ao aprovar os projectos de construção está a criar fundadas expectativas nos investidores, que os pode levar a gastar muito dinheiro em divulgação e promoção, e em caso de posterior negação das licenças de construção a Câmara pode ser obrigada a indemnizar os particulares com os dinheiros públicos.

Zeferino Boal disse...

A informação aqui prestada não é surpresa, no entanto é algo que ainda não foi devidamente explicado e desenvolvido.
O que é grave e falacioso é ao longo destes quatros anos o executivo ter-se dado ao despudor de fazer apresentações em stands, distribuir brochuras e outras propagandas aludindo a projectos que o incauto cidadão, entende como projectos de inspiração do poder, quando são somente projectos privados.
O que é preciso inverter é a estratégia de gestão: quem vai para a Câmara tem que ter uma visão do espaço e qual o aproveitamento a dinamizar e a partir daí lança as candidaturas a promotores privados. Isto chama-se qualidade de vida de futuro.
Os processos têm andado ao contrário por falta de capacidade de visão dos decisores políticos que têm governado a CMA ao longo destas décadas.