30 maio 2008
Parabéns Alcochete!
Cinco irrequietos cidadãos (quatro residentes e um não residente embora a sua empresa tenha delegação local) embarcaram, há menos de quatro meses, numa louca aventura: desafiar as pessoas a correr e passear, no dia 1 de Junho, pelas ruas de Alcochete.
Bateram a duas dezenas e meia de portas, em busca de apoio e patrocínios para financiar as elevadas despesas previstas, obtendo respostas positivas imediatas.
Abertas as inscrições nos primeiros dias de Maio, cedo apareceram dezenas de interessados em aceitar o desafio.
A equipa organizadora passou, a 18 de Maio, a ser integrada por seis membros efectivos.
Sexta-feira (23 de Maio), havia 500 inscritos.
Na noite de domingo (25 de Maio) o número subira para um milhar.
A equipa organizadora passaria, a 26 de Maio, a ser integrada por oito membros efectivos.
Na noite de terça-feira (27 de Maio) foi necessário suspender as inscrições, ao ser atingido o patamar dos 1500 inscritos e não haver tempo para conseguir mais brindes para os participantes.
A equipa organizadora passaria, no dia seguinte, a ser integrada por 12 membros efectivos.
Com a colaboração de alguns patrocinadores, sexta-feira (30 de Maio) esticou-se um pouco a corda e foi possível chegar ao número definitivo de 1700 inscritos: 1200 para o passeio de 5km e 500 para a prova competitiva de 10km.
Segundo sondagem feita junto de alguns inscritos na prova de 5kms, mais de meio milhar residirão no concelho.
Uma escola básica local inscreveu, pelo menos, 77 participantes. As escolas melhor organizadas conseguiram juntar dezenas de inscrições. O Clube Viva+ (ginástica para idosos do concelho) tem várias dezenas de inscritos.
A participante mais nova tem três meses e o mais velho 82 anos. Há uma equipa curiosa: pai, mãe e trigémeos.
Na prova competitiva de 10km inscreveram-se 24 equipas (cinco de Alcochete), nas quais estão incluídos, entre outros, o campeão nacional de estrada em atletismo. Inscreveu-se também um atleta nacional olímpico da marcha.
No passeio de 5km foram inscritos três vereadores e o presidente da Câmara Municipal de Alcochete.
Domingo, 1 de Junho, a equipa da organização terá mais de uma centena de membros.
As provas principiarão às 09h30, na avenida fronteira ao Freeport.
Falta ainda saber – porque as contas não estão encerradas no momento em que escrevo – quanto reverterá para a Santa Casa da Misericórdia de Alcochete e para o Centro Social de São Brás de Samouco, entidades às quais se destina a receita apurada em taxas de inscrição. Inscrições que – convém recordá-lo – para a marcha de 5km eram gratuitas para crianças e jovens até aos 16 anos e menos jovens reformados ou com mais de 65 anos.
Será necessário mais para demonstrar que, quando alguém decide abanar o sistema, Alcochete responde e aceita desafios? Que Alcochete tem imensas potencialidades inaproveitadas?
Dizem-me ainda que Alcochete a Correr não ficará por aqui. Em 7 de Junho de 2009 haverá mais e com novos patrocinadores comprometidos. Também me disseram que o lote de prémios aumentará em quantidade e valor.
Do que me queixo eu?
Num dos comentários ao meu texto imediatamente anterior alguém me pergunta do que me queixo eu.
Vou, então, dar o exemplo de uma queixa minha.
Eu queixo-me de haver um jornal nesta terra de Alcochete que não publica os meus textos só porque dou testemunho público de uma posição crítica contra a Câmara de Alcochete.
Quem quer tornar pública a sua opinião, se não está de alguma forma arregimentado ao poder local, tem que o fazer no jornal da cidade vizinha, havendo um em Alcochete. Foi o que aconteceu a Zeferino Boal que se queixa hoje no Jornal do Montijo da mesma aberração que eu.
Por que carga de água é que os textos sobre as plantas de Miguel Boieiro são mais pertinentes do que os meus sobre política local?
Não acha, sr. Lancelot, que tenho razões de sobra para me queixar?
Ainda por cima, tenho que ter muito cuidadinho na medição das minhas palavras para que, em cima de tudo, não me seja levantado um processo crime.
Há quem ria com isto; eu choro (ai que os defensores da igualdade de género vão berrar: mulher!).
Vou, então, dar o exemplo de uma queixa minha.
Eu queixo-me de haver um jornal nesta terra de Alcochete que não publica os meus textos só porque dou testemunho público de uma posição crítica contra a Câmara de Alcochete.
Quem quer tornar pública a sua opinião, se não está de alguma forma arregimentado ao poder local, tem que o fazer no jornal da cidade vizinha, havendo um em Alcochete. Foi o que aconteceu a Zeferino Boal que se queixa hoje no Jornal do Montijo da mesma aberração que eu.
Por que carga de água é que os textos sobre as plantas de Miguel Boieiro são mais pertinentes do que os meus sobre política local?
Não acha, sr. Lancelot, que tenho razões de sobra para me queixar?
Ainda por cima, tenho que ter muito cuidadinho na medição das minhas palavras para que, em cima de tudo, não me seja levantado um processo crime.
Há quem ria com isto; eu choro (ai que os defensores da igualdade de género vão berrar: mulher!).
28 maio 2008
Olha-se...NADA!
Olha-se para o site da Câmara de Alcochete...NADA!
Olha-se para o Jornal de Alcochete...NADA!
Olha-se para a oposição política em Alcochete...NADA!
A revolta invade todo o meu ser nesta luta titânica de David contra Golias.
Nunca a verdade teve tão poucos meios ao seu dispor contra a mentira descarnada como nestes tempos que correm à frente dos nossos olhos perplexos.
Mas a praia espera sempre a onda que vem após onda e a mó do moinho mói até ao último grão.
E assim será enquanto Deus quiser.
Olha-se para o Jornal de Alcochete...NADA!
Olha-se para a oposição política em Alcochete...NADA!
A revolta invade todo o meu ser nesta luta titânica de David contra Golias.
Nunca a verdade teve tão poucos meios ao seu dispor contra a mentira descarnada como nestes tempos que correm à frente dos nossos olhos perplexos.
Mas a praia espera sempre a onda que vem após onda e a mó do moinho mói até ao último grão.
E assim será enquanto Deus quiser.
Rótulos:
Câmara Municipal,
comunicação social,
política,
sítio na Internet
"Eu sou muçulmana!"
Ontem, durante uma aula de substituição, veio a propósito explicar a uma turma de quase trinta alunos do 8º ano o sentido da expressão todos iguais, todos diferentres.
Disse eu aos jovens que somos todos iguais na nossa dignidade de pessoas, mas diferentes na individualidade porque cada um de nós é único e irrepetível.
Espantosamente, quando menos o esperava, uma jovem perguntou se eu era católico. Respondi naturalmente que sim.
Logo ali vários rapazes e raparigas aproveitaram a declaração da minha fé para a recusa confusa da religião dos avós.
Nisto, uma menina cuja atenção não me tinha passado despercebida desde o início da aula, com algum asco no rosto pelo que se estava a passar, rompeu abruptamente o emaranhado das vozes e disse: eu sou muçulmana!
Nesta milagrosa assunção da própria confissão religiosa, eu senti-me mais perto desta jovem seguidora de Maomé que de qualquer outro elemento da turma.
Ontem, era só uma fiel de Alá, mas por este caminho amanhã poderão ser muitos e muitas que reduzirão o cristianismo a minorias silenciosas.
Disse eu aos jovens que somos todos iguais na nossa dignidade de pessoas, mas diferentes na individualidade porque cada um de nós é único e irrepetível.
Espantosamente, quando menos o esperava, uma jovem perguntou se eu era católico. Respondi naturalmente que sim.
Logo ali vários rapazes e raparigas aproveitaram a declaração da minha fé para a recusa confusa da religião dos avós.
Nisto, uma menina cuja atenção não me tinha passado despercebida desde o início da aula, com algum asco no rosto pelo que se estava a passar, rompeu abruptamente o emaranhado das vozes e disse: eu sou muçulmana!
Nesta milagrosa assunção da própria confissão religiosa, eu senti-me mais perto desta jovem seguidora de Maomé que de qualquer outro elemento da turma.
Ontem, era só uma fiel de Alá, mas por este caminho amanhã poderão ser muitos e muitas que reduzirão o cristianismo a minorias silenciosas.
27 maio 2008
Multiculturalismo
Por todo o lado se ouve gente desqualificada falar de multiculturalismo, convicta de que este traduz a ideia de acolhimento face a todas as culturas.
Nada mais falso!
O multiculturalismo é mais uma ideologia contra os valores nucleares da Civilização Ocidental.
Na verdade, pode-se denegrir o Cristianismo à vontade, mas, crêde-me, tudo se vai preparando para que, por exemplo, uma ofensa ao Islão seja sancionada dentro de um prazo mais breve do que muitos possam imaginar.
Aceito falar de multiculturalidade, melhor dito, talvez, pluralidade de culturas, sem considerar que estas, defendo eu, devam estar todas sobre o mesmo plano.
Quando estive na ex-colónia da Guiné a cumprir serviço militar obrigatório, apercebi-me de que o animismo estava espalhado por toda a parte, mesmo entre as etnias convertidas ao Islão, que o canibalismo ainda remanescia pontualmente, que a excisão do clítoris era prática mais ou menos generalizada, etc. Ora traços culturais deste tipo, afirmo eu, jamais estou disposto a aceitá-los.
Como diz Jeffrey Nyquist no artigo Fighting for Freedom, «civilization exists because of standards. These standards refer to right and wrong. If there is no objective right and wrong, recognized as a basis for the rule of law, civilized society cannot long endure» (http://www.financialsense.com).
Nada mais falso!
O multiculturalismo é mais uma ideologia contra os valores nucleares da Civilização Ocidental.
Na verdade, pode-se denegrir o Cristianismo à vontade, mas, crêde-me, tudo se vai preparando para que, por exemplo, uma ofensa ao Islão seja sancionada dentro de um prazo mais breve do que muitos possam imaginar.
Aceito falar de multiculturalidade, melhor dito, talvez, pluralidade de culturas, sem considerar que estas, defendo eu, devam estar todas sobre o mesmo plano.
Quando estive na ex-colónia da Guiné a cumprir serviço militar obrigatório, apercebi-me de que o animismo estava espalhado por toda a parte, mesmo entre as etnias convertidas ao Islão, que o canibalismo ainda remanescia pontualmente, que a excisão do clítoris era prática mais ou menos generalizada, etc. Ora traços culturais deste tipo, afirmo eu, jamais estou disposto a aceitá-los.
Como diz Jeffrey Nyquist no artigo Fighting for Freedom, «civilization exists because of standards. These standards refer to right and wrong. If there is no objective right and wrong, recognized as a basis for the rule of law, civilized society cannot long endure» (http://www.financialsense.com).
25 maio 2008
Alcochete a correr... e a surpreender
Creio dar estas informações em primeira mão:
1. Há já quase um milhar de inscritos nestas provas, a uma semana da sua realização. Muita gente de Alcochete, Montijo, Palmela e, de um modo geral, de ambas as margens do Tejo. Mas também de Ovar, de Vila Real de Santo António, de Fronteira e... de Badajoz. Olé!
2. A mais nova das participantes inscritas tem 13 meses e o mais velho 78 anos;
3. Até ao momento estão inscritas 17 equipas e consigo identificar quatro de Alcochete. Algumas surpresas, pelo menos para mim: uma equipa do Clube Desportivo da Polícia Judiciária e outra de pessoal do Centro de Saúde de Alcochete. Colectividades locais, desportivas ou recreativas – zero, até ao momento. Alguém sabe porquê?
4. A iniciativa foi montada em cerca de três meses e na organização estão, directa ou indirectamente, envolvidas quase uma centena de pessoas;
5. Duas dezenas e meia de empresas e entidades administrativas e privadas organizam, apoiam e patrocinam o evento. Ninguém sabe calcular o montante do investimento, porque quase todas as entidades incluem as despesas directas e indirectas nos respectivos orçamentos;
6. As inscrições continuam abertas mas serão limitadas a 1.500 participantes, porque já não há tempo para mandar fabricar mais t-shirts nem medalhas.
24 maio 2008
Igualdade
O extermínio em nome da igualdade traduz-se numa cifra superior a 100 milhões de mortos ao longo do século XX.
Eis por que devemos ficar imediatamente de sobreaviso quando nos falam em igualdade. Esta, separada da realidade, vira em abstracção perigosíssima, pois, a História no-lo diz, a sobreposição da igualdade à liberdade anula aquela e esta.
Porque são pessoas com a mesma dignidade, são iguais homem e mulher, mas esta nasce para a maternidade, sinal de diferenciação que relativiza a igualdade de género - categoria mais feminista que feminina - limitando-a à defesa da divisão de tarefas na esfera privada e à denúncia de qualquer discriminação na esfera pública.
Mas se é um problema de poder o que se instaura entre homem e mulher, então tolhe-se o espaço para o amor e construtiva complementaridade das individualidades.
23 maio 2008
Igualdade de género (outra vez!)
Hoje, a ministra espanhola da Defesa, Carmen Chacón, assegurou que ter um filho é algo maravilhoso que não tem explicação nem comparação com nada e confirmou que compartilhará a licença de parto com o marido ainda que em primeiro lugar seja ela quem se ocupe do seu filho porque há coisas que não se podem partilhar como dar o peito ao bebé. (http://www.libertaddigital.com).
Meus amigos, desejo que vos não iludais, a igualdade de género é uma satânica camuflagem para a velha questão de saber quem tem poder sobre quem: o homem sobre a mulher ou esta sobre aquele.
Alguém disse: "sempre que a igualdade fica por cima da liberdade, ficamos sem igualdade e sem liberdade".
22 maio 2008
A tragédia maior
Mão amiga fez chegar à minha caixa de correio electrónica uma dúzia de atrozes fotografias do nazismo.
Coisa nenhuma do que eu vejo através das imagens cabe na estrutura mental de qualquer pessoa normal.
O nazismo foi uma grande tragédia, mas a tragédia maior está na cabeça de todos aqueles que pensam que o comunismo é diferente.
Nazismo e comunismo são os dois totalitarismos do séc. XX, faces da mesma cara, que exterminaram entre 150 a 200 milhões de pessoas em todo o mundo.
Há quem se muna de um cinismo inaudito e defenda que os campos de concentração nazis superam em desumanidade os Gulags (ex-URSS e actual Coreia do Norte), porque nestes os indesejados do sistema são apenas condenados a trabalhos forçados. Mas trabalhar feito animal de tiro e cair morto no chão será melhor que levar um tiro na cabeça e cair numa vala?
Viva a desigualdade
Viva a desigualdade.
Viva a verdade da minha diferenciação, de não poder engravidar e dar à luz.
Viva a desigualdade.
Viva a possibilidade de eu me auto-determinar, de escolher a direita política e aborrecer a esquerda, de defender a estabilidade do lar em vez da liberdade sexual, de favorecer a vida em detrimento da morte, de optar pela leitura em vez do futebol, de preferir música clássica e detestar a pimba, de comprar só camisas brancas ao longo da minha vida e preterir quaisquer outras.
Viva a desigualdade.
Viva o facto de não sonhar, de não pensar, de não falar, de não sentir, de não rir como o outro.
Viva a desigualdade.
Viva a verdade da minha diferenciação, de não poder engravidar e dar à luz.
Viva a desigualdade.
Viva a possibilidade de eu me auto-determinar, de escolher a direita política e aborrecer a esquerda, de defender a estabilidade do lar em vez da liberdade sexual, de favorecer a vida em detrimento da morte, de optar pela leitura em vez do futebol, de preferir música clássica e detestar a pimba, de comprar só camisas brancas ao longo da minha vida e preterir quaisquer outras.
Viva a desigualdade.
Viva o facto de não sonhar, de não pensar, de não falar, de não sentir, de não rir como o outro.
Viva a desigualdade.
Viva a cor da pele que Deus me deu, a minha fé cristã, a cultura dos meus pais e avós.
Viva a desigualdade para que não morra a liberdade.
21 maio 2008
Tenham a bondade de ler
Muna-se de um pouco de fôlego e leia.
Siga o meu conselho: não desista a meio.
http://www.olavodecarvalho.org/semana/080520dce.html
Siga o meu conselho: não desista a meio.
http://www.olavodecarvalho.org/semana/080520dce.html
20 maio 2008
Maio de 68
Antes que termine este mês, não será descabido recordar esse movimento antiliberal que foi o Maio de 68 em França.
Uma vez que sou professor, vou recordar uma das grandes vertentes dessa dita revolução juvenil, quero dizer, o desejo de mudar a sociedade transformando a educação.
Era preciso acabar com um sistema tradicional de ensino que só podia servir para repetir usos e costumes da sociedade burguesa e capitalista, diziam aqueles milhares de jovens da minha geração.
Punha-se em causa a disciplina nas escolas, os estudantes é que deviam fazer as normas, a assistência às aulas não seria obrigatória, recusavam-se quaisquer castigos, defendia-se a permissividade, não era necessário ensinar, os jovens aprenderiam só aquilo que lhes interessasse, quando quisesserm fariam perguntas aos professores e estes limitar-se-iam a responder.
Desde o Maio de 68, a uniformidade e o igualitarismo, garantidos pelo Estado, têm inspirado as reformas educativas levadas a cabo no Ocidente.
Poucos são os cidadãos que questionam hoje o poder do Estado de decidir o que se há-de estudar, como os professores têm de ensinar e que valores estes devem fomentar na juventude.
Maio de 68 revoltou-se contra o capitalismo, a sociedade de consumo, a democracia burguesa, a guerra do Vietnam, etc., tópicos esquerdistas que têm presidido ao pensamento progressista destes últimos quarenta anos e que têm sido transmitidos aos jovens através da escola.
Todo o universo ideológico de Maio de 68 tem constituído um catecismo que fez paulatinamente da educação um mundo orwelliano prenhe de correcção política a sobrepor o igualitarismo intelectual sobre qualquer outro princípio, renunciando à disciplina e ao exercício da autoridade.
Uma vez que sou professor, vou recordar uma das grandes vertentes dessa dita revolução juvenil, quero dizer, o desejo de mudar a sociedade transformando a educação.
Era preciso acabar com um sistema tradicional de ensino que só podia servir para repetir usos e costumes da sociedade burguesa e capitalista, diziam aqueles milhares de jovens da minha geração.
Punha-se em causa a disciplina nas escolas, os estudantes é que deviam fazer as normas, a assistência às aulas não seria obrigatória, recusavam-se quaisquer castigos, defendia-se a permissividade, não era necessário ensinar, os jovens aprenderiam só aquilo que lhes interessasse, quando quisesserm fariam perguntas aos professores e estes limitar-se-iam a responder.
Desde o Maio de 68, a uniformidade e o igualitarismo, garantidos pelo Estado, têm inspirado as reformas educativas levadas a cabo no Ocidente.
Poucos são os cidadãos que questionam hoje o poder do Estado de decidir o que se há-de estudar, como os professores têm de ensinar e que valores estes devem fomentar na juventude.
Maio de 68 revoltou-se contra o capitalismo, a sociedade de consumo, a democracia burguesa, a guerra do Vietnam, etc., tópicos esquerdistas que têm presidido ao pensamento progressista destes últimos quarenta anos e que têm sido transmitidos aos jovens através da escola.
Todo o universo ideológico de Maio de 68 tem constituído um catecismo que fez paulatinamente da educação um mundo orwelliano prenhe de correcção política a sobrepor o igualitarismo intelectual sobre qualquer outro princípio, renunciando à disciplina e ao exercício da autoridade.
IGREJA
Igreja, pecadora e santa, Igreja de todos, com todos, para a salvação de todos, Igreja, defesa denodada da Cruz, união do Espírito e da carne, da carne do homem e da carne do mundo, Igreja, meu escudo, minha espada, meu fortim, por ti tudo, sem ti nada, Igreja, suporte da Cruz, a de Cristo, a realidade que não terá fim, que não se altera, que se compreende para que o homem se ordene a Ti, Deus-Pai, Criador da criatura que eu sou, a meio do caminho iludido, não me deixaste cair, em mim caí, voltei, a porta reabriu-se, eis-me aqui , no seio da mãe, da Igreja, a guarida, a segurança, o penhor da minha salvação. Amém.
19 maio 2008
Tira teimas
No site da Câmara, através do artigo "Câmara apoia financeiramente colectividades do Concelho", ficamos a saber que a Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de S. João Baptista de Alcochete foi contemplada com 3000 euros para a organização das Festas em honra do Padroeiro (24 de Junho).
Alguns católicos, menos prevenidos, congratular-se-ão com a bonomia dos autarcas, pensando eventualmente que estes homens nem são tão ruins como os pintam muitos, entre estes quiçá a minha pessoa.
Mas, à laia de tira-teimas, eu proponho que a generosa decisão dos comunistas na atribuição do subsídio à Paróquia seja testada com a exigência de que a administração local abdique de tutelar a Fundação João Gonçalves Júnior, entregando esta instituição ao controlo da Igreja.
Alguns católicos, menos prevenidos, congratular-se-ão com a bonomia dos autarcas, pensando eventualmente que estes homens nem são tão ruins como os pintam muitos, entre estes quiçá a minha pessoa.
Mas, à laia de tira-teimas, eu proponho que a generosa decisão dos comunistas na atribuição do subsídio à Paróquia seja testada com a exigência de que a administração local abdique de tutelar a Fundação João Gonçalves Júnior, entregando esta instituição ao controlo da Igreja.
Rótulos:
Câmara Municipal,
colectividades,
religião,
sítio na Internet
Não sorria porque isto é sério
Se alguém quiser exemplos grotescos do excesso de urbanismo em Alcochete, pode começar pela toponímia mais recente.
Faça o favor de ler os dois últimos parágrafos desta pérola municipal.
No dia em que Diana errar a pontaria e acertar no Cupido, este grita por Apolo ou por Neptuno? E se o maiorial Júpiter acordar de mau humor, manda-se a Minerva dar-lhe com um pano encharcado?
Ridículo é o caso das Vilas do Duque. Virou gaiola de gabirus!
- Onde moras?
- Na Rua do Pato-Trombeteiro.
- Aaah! Eu morei na Rua do Maçarico. Mas depois de 12 anos a recibos verdes numa fábrica de calças, ganhei experiência e mudei-me para a Rua do Alfaiate.
- Sabes quem mora na Rua da Águia-Pesqueira?
- Não.
- É aquela Águia-Sapeira que anda enrolada com o Borelho de segunda a sexta e com o Pilrito ao sábado e domingo.
Por Júpiter ajude a travar isto!
Só encontro uma explicação para tamanho disparate: sintomas de cansaço, de excesso de problemas insolúveis e desrespeito por um bando de deprimidos e de defuntos.
Faça o favor de ler os dois últimos parágrafos desta pérola municipal.
No dia em que Diana errar a pontaria e acertar no Cupido, este grita por Apolo ou por Neptuno? E se o maiorial Júpiter acordar de mau humor, manda-se a Minerva dar-lhe com um pano encharcado?
Ridículo é o caso das Vilas do Duque. Virou gaiola de gabirus!
- Onde moras?
- Na Rua do Pato-Trombeteiro.
- Aaah! Eu morei na Rua do Maçarico. Mas depois de 12 anos a recibos verdes numa fábrica de calças, ganhei experiência e mudei-me para a Rua do Alfaiate.
- Sabes quem mora na Rua da Águia-Pesqueira?
- Não.
- É aquela Águia-Sapeira que anda enrolada com o Borelho de segunda a sexta e com o Pilrito ao sábado e domingo.
Por Júpiter ajude a travar isto!
Só encontro uma explicação para tamanho disparate: sintomas de cansaço, de excesso de problemas insolúveis e desrespeito por um bando de deprimidos e de defuntos.
14 maio 2008
Para apontar na agenda de Agosto
Esta nota é para apontar na agenda e o Sapo e o Google citarem: de 8 a 13 de Agosto, em Alcochete, Festas do Barrete Verde e das Salinas.
A organização é do Aposento do Barrete Verde.
Olá! Olé!
P.S. - Alguns dias depois, o presidente da Direcção do Aposento do Barrete Verde acrescenta ao acima publicado o comentário que abaixo transcrevo por justificar destaque:
O Aposento do Barrete Verde de Alcochete, hoje e como sempre está prestes a tornar público o programa que compõe a 67ª Edição das Festas do Barrete Verde e das Salinas. Podemos prometer esforço, dedicação e sobretudo amor a esta terra que nos viu nascer e que nos acompanha nas nossas vidas. Julgamos que em cada canto do mundo onde exista um alcochetano, ficará orgulhoso do programa que iremos apresentar.
Esperem por mais novidades muito em breve!
Um abraço,
Retribuo o abraço a Fernando Pinto, naturalmente, reconhecendo quanta incompreensão é hoje necessário vencer e quão difícil se vai tornando demonstrar dedicação e amor a Alcochete e respeito aos alcochetanos.
A organização é do Aposento do Barrete Verde.
Olá! Olé!
P.S. - Alguns dias depois, o presidente da Direcção do Aposento do Barrete Verde acrescenta ao acima publicado o comentário que abaixo transcrevo por justificar destaque:
O Aposento do Barrete Verde de Alcochete, hoje e como sempre está prestes a tornar público o programa que compõe a 67ª Edição das Festas do Barrete Verde e das Salinas. Podemos prometer esforço, dedicação e sobretudo amor a esta terra que nos viu nascer e que nos acompanha nas nossas vidas. Julgamos que em cada canto do mundo onde exista um alcochetano, ficará orgulhoso do programa que iremos apresentar.
Esperem por mais novidades muito em breve!
Um abraço,
Retribuo o abraço a Fernando Pinto, naturalmente, reconhecendo quanta incompreensão é hoje necessário vencer e quão difícil se vai tornando demonstrar dedicação e amor a Alcochete e respeito aos alcochetanos.
Dou comigo a pensar...
Bom Deus, dou comigo a pensar que só neste blog tenho centenas de horas dadas a esta minha terra de Alcochete sem receber um único cêntimo, antes com prejuízo do meu bolso e da minha família.
Por vezes temos que ser desbocados e dizer o que nos vai na alma para nos livrarmos do sufoco: o mês ainda não vai a meio, mas quantos na Câmara, no fim do corrente, não receberão ordenadões sem um décimo da produção por mim feita até agora.
Alguns imbecis, quando isto lêem, dão pulos para os ares, considerando que desnudo a minha face oculta, incrédulos do meu protesto de que me estou nas tintas para o(a) incompetente que ganha bem e mal faz (terão eles e elas consciência de que a rir-me e a escrever empreguei um quiasmo?).
O meu problema é que isto tudo está às avessas, facto que eu já vejo há muitos anos, mas de que só há poucos descobri as causas, o que me dá tranquilidade espiritual para escrever com a lucidez reconhecida por todos.
Alguns dirão que acordei tarde, mas eu penso que os que pensam assim continuam a dormir.
Por vezes temos que ser desbocados e dizer o que nos vai na alma para nos livrarmos do sufoco: o mês ainda não vai a meio, mas quantos na Câmara, no fim do corrente, não receberão ordenadões sem um décimo da produção por mim feita até agora.
Alguns imbecis, quando isto lêem, dão pulos para os ares, considerando que desnudo a minha face oculta, incrédulos do meu protesto de que me estou nas tintas para o(a) incompetente que ganha bem e mal faz (terão eles e elas consciência de que a rir-me e a escrever empreguei um quiasmo?).
O meu problema é que isto tudo está às avessas, facto que eu já vejo há muitos anos, mas de que só há poucos descobri as causas, o que me dá tranquilidade espiritual para escrever com a lucidez reconhecida por todos.
Alguns dirão que acordei tarde, mas eu penso que os que pensam assim continuam a dormir.
Eliminação da liberdade por processos democráticos?
Um edil merecedor deste nome à frente dos destinos de um concelho não aumenta a despesa, maximizando o volume de emprego na Câmara.
Por outro lado, esse edil abstém-se de dar toda a sorte de benesses às colectividades sem quaisquer obrigações relevantes para a comunidade.
Os autarcas de Alcochete, comunistas e socialistas, nos últimos anos, empregaram larguíssimas dezenas de pessoas e têm subsidiado as colectividades de forma que só uma grande dose de boa vontade evitará a desconfiança do munícipe.
Eu cá pergunto: não estamos perante a eliminação imperceptível da liberdade por processos democráticos à escala municipal?
Eu sei que a sobreposição do Estado à sociedade ameaça a liberdade.
E qual o efeito da sobreposição da administração local às populações?
Por outro lado, esse edil abstém-se de dar toda a sorte de benesses às colectividades sem quaisquer obrigações relevantes para a comunidade.
Os autarcas de Alcochete, comunistas e socialistas, nos últimos anos, empregaram larguíssimas dezenas de pessoas e têm subsidiado as colectividades de forma que só uma grande dose de boa vontade evitará a desconfiança do munícipe.
Eu cá pergunto: não estamos perante a eliminação imperceptível da liberdade por processos democráticos à escala municipal?
Eu sei que a sobreposição do Estado à sociedade ameaça a liberdade.
E qual o efeito da sobreposição da administração local às populações?
13 maio 2008
Brado
Amigos, a Civilização Ocidental, isto é, toda a obra física e intelectual de gerações e gerações de antepassados nossos, está a ser posta em causa como nunca o foi ao longo de dois mil anos de História.
O ataque à religião dos nossos pais e avós, à família, à liberdade individual, à propriedade privada, etc., por um lado; a legalização de drogas, a liberalização sexual, a alienação da juventude, etc., por outro, confrontam-nos com o fim de um mundo e começo de outro que abolirá o homem.
Por toda a parte o que se verifica é a cedência do Ocidente sem que se vejam respostas concretas em defesa do legado dos nossos maiores.
Proponho uma ideia que será de todos os homens e mulheres preocupados: o surgir de um movimento em Alcochete que através da inteligência se bata pelos princípios e valores que fizeram o que somos.
Não precisamos de praças públicas para nos reunirmos aos magotes nem de salas de sumptuosos palácios.
Sentados à mesa do café, a subir ou a descer uma rua ao lado de um amigo, na Internet, etc., damos testemunho do imperativo das nossas consciências.
A convicção de que o homem é criado para qualquer coisa de mais alto e que o respeito pelo outro é absoluto será a plataforma que guiará a nossa palavra.
O ataque à religião dos nossos pais e avós, à família, à liberdade individual, à propriedade privada, etc., por um lado; a legalização de drogas, a liberalização sexual, a alienação da juventude, etc., por outro, confrontam-nos com o fim de um mundo e começo de outro que abolirá o homem.
Por toda a parte o que se verifica é a cedência do Ocidente sem que se vejam respostas concretas em defesa do legado dos nossos maiores.
Proponho uma ideia que será de todos os homens e mulheres preocupados: o surgir de um movimento em Alcochete que através da inteligência se bata pelos princípios e valores que fizeram o que somos.
Não precisamos de praças públicas para nos reunirmos aos magotes nem de salas de sumptuosos palácios.
Sentados à mesa do café, a subir ou a descer uma rua ao lado de um amigo, na Internet, etc., damos testemunho do imperativo das nossas consciências.
A convicção de que o homem é criado para qualquer coisa de mais alto e que o respeito pelo outro é absoluto será a plataforma que guiará a nossa palavra.
11 maio 2008
Truques da China
09 maio 2008
Essa patranha da igualdade de género
O género (gender), categoria sociológica, é o comportamento considerado conveniente para os membros de cada sexo.
Por exemplo, uma menina é mais reprimida pela mãe relativamente a todos os cuidados a ter com a postura do corpo do que um irmão com pouca diferença de idade.
Quando eu andava, nos anos cinquenta, na instrução primária, lembro-me que os textinhos do livro de leitura orientavam as meninas para donas de casa, quando muito professoras de crianças dos seis aos dez anos, por contraste com os rapazes que queriam ser aviadores, médicos, lavradores, etc.
Então, a igualdade de género, bandeira das esquerdas, visaria esbater a assimetria económica entre homens e mulheres e combater a exclusão destas do poder e demais centros de decisão. Mas seríamos muito ingénuos se apenas víssemos isto na igualdade de género.
Alguém já ouviu alguma formação partidária de ideologia marxista defender as liberdades individuais?
Meus amigos, a igualdade de género quer fazer tábua rasa do que é individual a favor do colectivo.
Com a minha individualidade tolhida, que poderei trocar com o outro? Eis como, no fundo, nos deparamos com a família e destruição desta.
Homem e mulher são iguais porque são pessoas. Com efeito, não há pessoa mais pessoa que outra. Mas cada ser humano tem a sua própria individualidade porque é único e irrepetível. O que nos compete é que nos complementemos nas individualidades. O homem precisa da mulher e esta daquele para a ressurreição dos corações.
Por exemplo, uma menina é mais reprimida pela mãe relativamente a todos os cuidados a ter com a postura do corpo do que um irmão com pouca diferença de idade.
Quando eu andava, nos anos cinquenta, na instrução primária, lembro-me que os textinhos do livro de leitura orientavam as meninas para donas de casa, quando muito professoras de crianças dos seis aos dez anos, por contraste com os rapazes que queriam ser aviadores, médicos, lavradores, etc.
Então, a igualdade de género, bandeira das esquerdas, visaria esbater a assimetria económica entre homens e mulheres e combater a exclusão destas do poder e demais centros de decisão. Mas seríamos muito ingénuos se apenas víssemos isto na igualdade de género.
Alguém já ouviu alguma formação partidária de ideologia marxista defender as liberdades individuais?
Meus amigos, a igualdade de género quer fazer tábua rasa do que é individual a favor do colectivo.
Com a minha individualidade tolhida, que poderei trocar com o outro? Eis como, no fundo, nos deparamos com a família e destruição desta.
Homem e mulher são iguais porque são pessoas. Com efeito, não há pessoa mais pessoa que outra. Mas cada ser humano tem a sua própria individualidade porque é único e irrepetível. O que nos compete é que nos complementemos nas individualidades. O homem precisa da mulher e esta daquele para a ressurreição dos corações.
Restrições à construção até 25kms do aeroporto
A notícia está aqui no DN e corresponde, quase rigorosamente, ao que previra há algum tempo neste blogue.
No anel de restrições à construção, por causa do novo aeroporto, está contemplado o concelho de Alcochete.
O território deste município não abrange nem um metro quadrado do actual campo de tiro, mas será o mais afectado (ou privilegiado, depende dos pontos de vista...) pelas restrições ambientais impostas pela nova infra-estrutura.
Nos próximos tempos – meses, anos – lerão e escutarão reclamações e lamentos a autarcas locais.
Outra gente começará, em breve, a lamentar haver a forte probabilidade de possuir terrenos na vizinhança do novo aeroporto.
Agora a decisão final depende apenas de Bruxelas, a menos que... para o ano venha outro governo que meta o processo na gaveta. Não seria a primeira vez.
Se vier o aeroporto os que têm casa perto lamentar-se-ão, também, mas só lá para 2017.
Essa é outra história que, a seu tempo, ocupará os títulos dos jornais.
No anel de restrições à construção, por causa do novo aeroporto, está contemplado o concelho de Alcochete.
O território deste município não abrange nem um metro quadrado do actual campo de tiro, mas será o mais afectado (ou privilegiado, depende dos pontos de vista...) pelas restrições ambientais impostas pela nova infra-estrutura.
Nos próximos tempos – meses, anos – lerão e escutarão reclamações e lamentos a autarcas locais.
Outra gente começará, em breve, a lamentar haver a forte probabilidade de possuir terrenos na vizinhança do novo aeroporto.
Agora a decisão final depende apenas de Bruxelas, a menos que... para o ano venha outro governo que meta o processo na gaveta. Não seria a primeira vez.
Se vier o aeroporto os que têm casa perto lamentar-se-ão, também, mas só lá para 2017.
Essa é outra história que, a seu tempo, ocupará os títulos dos jornais.
Regra, mercado e liberdade
Eu passei boa parte da minha juventude numa congregação religiosa, a Pia Sociedade de São Paulo (Apelação).
Lá havia horas para rezar, estudar, trabalhar, comer, brincar, dormir, levantar, etc.
Lá havia também regra (regula), mas nós não entendíamos que esta restringisse a vida da comunidade, antes que era condicio sine qua non para a liberdade.
Permitam-me que mude ex abrupto de assunto, mudança que não será gratuita.
Eu sou um defensor intransigente do mercado livre, mas convicto de que não entro em contradição comigo próprio, defendo também alguma acção reguladora do Estado, o que lhe compete por força da tributação exercida sobre todos os cidadãos.
O consumidor tem o direito de se defender do lucro elevado e pouco legítimo (especulação) sobre os bens e mais sobre os que são essenciais. Nesta empresa precisa da equilibrada intervenção do Estado para disciplinar o mercado, não para o tolher.
Evidentemente que o intervencionismo do Estado, em abono dos sectores mais frágeis da sociedade, se deve reduzir ao que for imprescindível porque é a economia de mercado que garante a propriedade e a liberdade ao indivíduo.
Lá havia horas para rezar, estudar, trabalhar, comer, brincar, dormir, levantar, etc.
Lá havia também regra (regula), mas nós não entendíamos que esta restringisse a vida da comunidade, antes que era condicio sine qua non para a liberdade.
Permitam-me que mude ex abrupto de assunto, mudança que não será gratuita.
Eu sou um defensor intransigente do mercado livre, mas convicto de que não entro em contradição comigo próprio, defendo também alguma acção reguladora do Estado, o que lhe compete por força da tributação exercida sobre todos os cidadãos.
O consumidor tem o direito de se defender do lucro elevado e pouco legítimo (especulação) sobre os bens e mais sobre os que são essenciais. Nesta empresa precisa da equilibrada intervenção do Estado para disciplinar o mercado, não para o tolher.
Evidentemente que o intervencionismo do Estado, em abono dos sectores mais frágeis da sociedade, se deve reduzir ao que for imprescindível porque é a economia de mercado que garante a propriedade e a liberdade ao indivíduo.
08 maio 2008
Algumas certezas
Para além de montanhas de dúvidas, eu tenho algumas certezas absolutas, quais sejam a ideia de Deus, do respeito devido a mim próprio e ao outro, etc.
Quando falo de Deus, é do Pai de Jesus Cristo que falo; quando falo do respeito devido a mim, é da minha dignidade que falo; quando falo do respeito devido ao outro, é dos direitos do outro que falo.
Disse e repito que o respeito devido ao outro é absoluto, mas esta asserção indiscutível para mim não me obriga a tomar café à mesma mesa com políticos corruptos e quaisquer outros trapaceiros da sociedade, uma vez que eu faço questão em reivindicar o meu direito à preferência.
Por ouras palavras, quero dizer que não posso estar de bem com todos porque a dimensão moral é tábua rasa para alguns.
Esta posição não invalida a minha absoluta convicção na defesa de direitos iguais para amigos e adversários.
Quando falo de Deus, é do Pai de Jesus Cristo que falo; quando falo do respeito devido a mim, é da minha dignidade que falo; quando falo do respeito devido ao outro, é dos direitos do outro que falo.
Disse e repito que o respeito devido ao outro é absoluto, mas esta asserção indiscutível para mim não me obriga a tomar café à mesma mesa com políticos corruptos e quaisquer outros trapaceiros da sociedade, uma vez que eu faço questão em reivindicar o meu direito à preferência.
Por ouras palavras, quero dizer que não posso estar de bem com todos porque a dimensão moral é tábua rasa para alguns.
Esta posição não invalida a minha absoluta convicção na defesa de direitos iguais para amigos e adversários.
07 maio 2008
A chance para a direita em Alcochete
É sabido que esta Câmara não fez nada que realmente se possa ver desde que está no poder há dois anos e meio.
O PS local está dividido e desacreditado. Muitos socialistas, entre votar comunista e numa lista bem organizada de direita, preferirão esta segunda hipótese.
Se a direita alcochetana tiver a coragem de escolher um homem sério em torno do qual se agreguem as vontades, terá fortes possibilidades de conseguir um bom resultado nas próximas eleições autárquicas.
Sim, um homem sério, capaz de ouvir as pessoas e uni-las em torno de grandes causas para que o Concelho de Alcochete suba ao patamar desejado pelas suas populações.
Para tanto, esse homem não poderá ser mais do mesmo porque isso vomitamos nós das bocas para fora todos os dias.
Ele largará o gabinete, descerá as escadas dos Paços do Concelho, sairá para a rua e auscultará o sentir de cada munícipe para que, depois, de volta à cadeira do poder, o despacho seja a execução das aspirações do povo.
Ao fim de cada mês este homem sério recebe do erário público o que a lei estipula e recusa determinantemente servir-se do cargo para proventos particulares porque o que o move é o espírito de estrito serviço à comunidade.
Eis o perfil do próximo presidente de Câmara que queremos para Alcochete porque assim, sim.
O PS local está dividido e desacreditado. Muitos socialistas, entre votar comunista e numa lista bem organizada de direita, preferirão esta segunda hipótese.
Se a direita alcochetana tiver a coragem de escolher um homem sério em torno do qual se agreguem as vontades, terá fortes possibilidades de conseguir um bom resultado nas próximas eleições autárquicas.
Sim, um homem sério, capaz de ouvir as pessoas e uni-las em torno de grandes causas para que o Concelho de Alcochete suba ao patamar desejado pelas suas populações.
Para tanto, esse homem não poderá ser mais do mesmo porque isso vomitamos nós das bocas para fora todos os dias.
Ele largará o gabinete, descerá as escadas dos Paços do Concelho, sairá para a rua e auscultará o sentir de cada munícipe para que, depois, de volta à cadeira do poder, o despacho seja a execução das aspirações do povo.
Ao fim de cada mês este homem sério recebe do erário público o que a lei estipula e recusa determinantemente servir-se do cargo para proventos particulares porque o que o move é o espírito de estrito serviço à comunidade.
Eis o perfil do próximo presidente de Câmara que queremos para Alcochete porque assim, sim.
05 maio 2008
Alcochete a correr
Chamo a atenção para o sítio na Internet Alcochete a Correr, respeitante a uma prova de atletismo a realizar no dia 1 de Junho próximo.
Parece-me saudável que empresários com preocupações sociais e ambientais tenham boas ideias, dêem as mãos e, com apoio de entidades várias e autarquias locais, ajudem Alcochete a atrair atenções.
Infelizmente, porém, na significativa lista de organizadores e patrocinadores (nada menos de 25) descubro poucas empresas de Alcochete. Por onde andam? Não foram contactadas? Não se interessam por estas coisas?
Espero que, pelo menos, muito pessoal dessas empresas compareça na linha de partida e, envergando camisolas identificativas, demonstre que nem todas as 1.300 empresas do concelho se alhearam da iniciativa.
Também aguardo a oportunidade de observar a vitalidade do movimento associativo no concelho. Tanto quanto suponho esta é, em muitos anos, a primeira oportunidade de se evidenciar colectivamente.
Alcochete a Correr parece-me uma boa acção da sociedade civil. Cito da apresentação do sítio: "...empresas com preocupações sociais e ambientais, directa ou indirectamente ligadas ao fenómeno desportivo, pensaram desenvolver em Alcochete uma prova popular de atletismo. Pensaram e… puseram mãos à obra!"
Fizeram bem e alinharei na iniciativa com todo o prazer.
Corra a inscrever-se até ao dia 25, leve a família toda e amigos também. Os miúdos até nem pagam e os mais velhos também não.
Caminhar em Alcochete com sapatilhas, calções, t-shirt e máquina fotográfica não acontece todos os dias. Que diabo, são só 5kms!
Não escrevo "correr" porque a prova alternativa de 10kms é só para homens e mulheres de barba rija! Quem fizer de lebre até vai à China...
Pensei dar uma pequena ajuda à festa e convidar o pessoal da prova de 5kms a enviar-me fotografias para publicação neste blogue.
Gostava de organizar uma espécie de concurso de fotografia e oferecer algumas coisas em troca. Convoco para o júri, publicamente, todos os condóminos deste blogue, cujos nomes constam da coluna à esquerda.
Mas atenção: ainda não tenho prémios!
Há por aí alguém, ou alguma empresa, disponível para brindar os fotógrafos amadores mais perspicazes com uns chouriços, automóveis, garrafões de tinto, viagens, um porco, máquinas fotográficas, sacos de batatas ou um andar?
P.S. – Até pensei mandar reproduzir essas imagens em papel e organizar uma exposição algures. Mas achei que seria pedir demais, porque custa dinheiro e implica meter umas cunhas para arranjar espaço adequado ao evento.
Cunhas a quem? Aos do costume, obviamente!
Não acredito em bruxas mas cá vai a dica: será que, milagrosamente, há por aí alguém com qualquer coisa mais no bolso que cotão e/ou disponível para meter umas cunhas no sítio do costume?
04 maio 2008
A ementa das esquerdas
Ontem, Sábado, 3 de Maio de 2008, ao mesmo tempo que em Lisboa meio milhar de pessoas se manifestou numa marcha do Largo do Rato ao Camões pela legalização da marijuana com o apoio do Bloco de Esquerda, no Fórum Cultural de Alcochete realizou-se uma conferência sobre transexualidade promovida pela autarquia.
Pessoas que me lêem perguntar-se-ão, eventualmente, o que uma coisa tem a ver com a outra, começando desde aqui o ganho de todos aqueles que nos querem enganar.
Meus amigos, vocês não estão a ver que a droga, o feminismo, o aborto, o gayzismo, a mudança de sexo, etc., viraram bandeiras das esquerdas?
Tudo o que sirva para pôr em causa os alicerces civilizacionais antigos de dois mil anos, nomeadamente a família, é aproveitado pelas esquerdas a favor da nova ordem mundial a cobrir toda a face da terra.
Não poucas pessoas boas pensam que outros, como eu, nos opomos às mudanças por força de um conservadorismo empedernido, defendendo que os sinais da nova era convivem com os princípios e valores dos nossos antepassados.
Esta forma de encarar as coisas é trágica, pois o marxismo, "filosofia" comum a todas as esquerdas, não poderá triunfar se os pilares que sustentam a Civilização Ocidental judaico-cristã se mantiverem de pé.
Pessoas que me lêem perguntar-se-ão, eventualmente, o que uma coisa tem a ver com a outra, começando desde aqui o ganho de todos aqueles que nos querem enganar.
Meus amigos, vocês não estão a ver que a droga, o feminismo, o aborto, o gayzismo, a mudança de sexo, etc., viraram bandeiras das esquerdas?
Tudo o que sirva para pôr em causa os alicerces civilizacionais antigos de dois mil anos, nomeadamente a família, é aproveitado pelas esquerdas a favor da nova ordem mundial a cobrir toda a face da terra.
Não poucas pessoas boas pensam que outros, como eu, nos opomos às mudanças por força de um conservadorismo empedernido, defendendo que os sinais da nova era convivem com os princípios e valores dos nossos antepassados.
Esta forma de encarar as coisas é trágica, pois o marxismo, "filosofia" comum a todas as esquerdas, não poderá triunfar se os pilares que sustentam a Civilização Ocidental judaico-cristã se mantiverem de pé.
Resta-me dizer o seguinte: enquanto que não estranho o elo que une aqueles manifestantes pela legalização de drogas ditas leves ao Bloco de Esquerda, pois a base desta formação partidária é, genericamente, tecido urbano da classe média, descreio da sintonia entre transexualidade e as bases do Partido Comunista, forjadas entre operários de oficinas e fábricas e, sobretudo, populações pobres da Margem Sul, Península de Setúbal e Alentejo.
03 maio 2008
É mentira!
Na sessão solene das comemorações do 25 de Abril levada a cabo pela Assembleia Municipal de Alcochete, Luís Franco disse que «...esta é a oportunidade de celebrarmos, de forma viva, digna e grandiosa, um dos mais altos valores que Abril nos deu: a liberdade» (Jornal do Montijo, 2 de Maio de 2008).
As perguntas que faço são as seguintes: quando o Presidente da Câmara, chegado ao poder por mão dos comunistas, fala de liberdade, de qual é que ele rigorosamente está a falar? Será na dos Gulags de ontem e de hoje?
Discorro assim porque a moção Por um Tibete livre foi chumbada com os votos contra do PCP na Assembleia Municipal no passado dia 23 de Abril de 2008.
Então como é, sr. Presidente?
As perguntas que faço são as seguintes: quando o Presidente da Câmara, chegado ao poder por mão dos comunistas, fala de liberdade, de qual é que ele rigorosamente está a falar? Será na dos Gulags de ontem e de hoje?
Discorro assim porque a moção Por um Tibete livre foi chumbada com os votos contra do PCP na Assembleia Municipal no passado dia 23 de Abril de 2008.
Então como é, sr. Presidente?
É mentira!
02 maio 2008
Metonímia e alienação
Quando o alienado afirma que ser de direita é ser fascista está a recorrer, sem que tenha a mínima consciência das próprias palavras, a um processo metonímico.
Metonímia (gr. meta, mudança; ónyma, nome), para ser simultaneamente simples e rigoroso, é uma figura de retórica que emprega um nome por outro. Por exemplo, na frase "dá-me um porto", o nome da bebida está pelo do lugar de origem.
A origem do fascismo a partir de 1919 em Itália (exaltação e sacralização da Nação considerada o valor supremo na ordem política) deve procurar-se na urgência do combate ao comunismo.
As ideias fascistas definem-se pela rejeição do liberalismo tradiconal, pela condenação das instituições e das práticas da democracia parlamentar assente nos vários partidos, pela abolição das liberdades individuais, etc. Assim, o fascismo aparece como recusa sistemática à ordem política, económica e social que tinha sido progressivamente instaurada ao longo do séc. XIX na maior parte das sociedades ocidentais.
Vê-se então que o fascismo atacava o comunismo com armas iguais às deste, pois as doutrinas do primeiro e as práticas do segundo tinham de comum a vontade de instaurar um Estado forte cuja autoridade prevalecesse sobre os direitos e liberdades das pessoas.
Aqui chegado, pergunto: o que é que isto tudo tem a ver com a direita política? Obviamente que nada.
Logo, na asserção 'ser de direita é ser fascista' há uma manifesta mudança de nome que visa abolir a realidade cujo estatuto passa para a própria figura de estilo, impor a confusão, instalar o medo, dominar pela alienação.
Metonímia (gr. meta, mudança; ónyma, nome), para ser simultaneamente simples e rigoroso, é uma figura de retórica que emprega um nome por outro. Por exemplo, na frase "dá-me um porto", o nome da bebida está pelo do lugar de origem.
A origem do fascismo a partir de 1919 em Itália (exaltação e sacralização da Nação considerada o valor supremo na ordem política) deve procurar-se na urgência do combate ao comunismo.
As ideias fascistas definem-se pela rejeição do liberalismo tradiconal, pela condenação das instituições e das práticas da democracia parlamentar assente nos vários partidos, pela abolição das liberdades individuais, etc. Assim, o fascismo aparece como recusa sistemática à ordem política, económica e social que tinha sido progressivamente instaurada ao longo do séc. XIX na maior parte das sociedades ocidentais.
Vê-se então que o fascismo atacava o comunismo com armas iguais às deste, pois as doutrinas do primeiro e as práticas do segundo tinham de comum a vontade de instaurar um Estado forte cuja autoridade prevalecesse sobre os direitos e liberdades das pessoas.
Aqui chegado, pergunto: o que é que isto tudo tem a ver com a direita política? Obviamente que nada.
Logo, na asserção 'ser de direita é ser fascista' há uma manifesta mudança de nome que visa abolir a realidade cujo estatuto passa para a própria figura de estilo, impor a confusão, instalar o medo, dominar pela alienação.
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