TEMPO-SERVIDÃO
A hidra assalta a casa do Senhor
Sem que o guardião resista à arremetida.
Pela terra se espalha amarga dor
Sob a pata de serpe tão temida.
Se o monstro ataca e o pastor hesita,
Que fará o rebanho amedrontado?
Cada ovelha em seu canto p'ra ali fica
Logo à mercê das garras do danado.
Nunca provoco a fera à minha frente,
Mas não fujo nem quero acomodar-me
Ao tempo-servidão de pobre gente,
Antes p'rà Cruz do meu Senhor virar-me
Decidido e com força bem premente,
Se do Mal por aí quiser livrar-me.
João Marafuga
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