Eu me confesso.
Não devo nada a ninguém no que esta afirmação tem de senso comum. Mas bem no fundo o que quero dizer é que não devo nada às partidocracias.
Se eu me desmascarar a mim próprio, poderei fazer alguma coisa por alguém?
Em Alcochete sabe-se que eu sempre me reclamei da cultura e da inteligência, embora, em abono da verdade, muitas vezes com excessividade. Ainda assim, a benevolência dos meus conterrâneos desculpa os meus pecadilhos e reconhece os meus méritos.
A pergunta que me faço é a seguinte: como foi possível eu manter abjectas ilusões de esquerda durante uns trinta anos da minha vida?
Eu me sinto profundamente envergonhado e a todo o povo alcochetano peço desculpa, muito particularmente a todos aqueles que me ajudaram a ser o homem que hoje sou.
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