30 dezembro 2006

Meus e vossos desejos para 2007

Os meus são apenas três, porque se concretizados seria possível depois fazer uma revolução em Alcochete, pelo menos, única forma de salvar o que resta:
1. Cidadãos atentos, interventivos e exigentes, porque cientes do poder surpremo que detêm, sem o que não haverá nem esperança nem razões para optimismo e muito menos melhoria da qualidade de vida;
2. Futuro construído pelos cidadãos, com o seu contributo decisivo e efectivo, sem o que jamais será positivo;
3. Para caminhar em segurança na construção de uma sociedade mais feliz retomar a velha máxima: «O povo é quem mais ordena».

Incluam os vossos desejos na caixa de comentários.

P.S. - Desportivamente falando, a caixa de comentários regista interessante diálogo entre dois alcochetanos.

11 comentários:

Anónimo disse...

Belos desejos!
Mas, pelo que se vê, tristes impossibilidades...
Olhe, deixo-lhe um desejo muito simples, fácil de conseguir e que revolucionaria as ruas: mais árvores e um curso intensivo de poda e tratamento de árvores aos podadores e jardineiros de Alcochete e seus dirigentes...
Que estes "funcionários" (notar o ENTRE ASPAS)deixem de nos roubar com os seus salários que são pagos com os impostos para um trabalho tão execrável e muitas vezes criminoso na forma como lidam, por acção e por omissão, com árvores de Alcochete.
Mas, lá está, como não há cidadãos bastantes...

Anónimo disse...

Outro desejo... que no próximo ano, os monstros de Natal em frente da Igreja sejam substituídos por algo associável à época que pretendem aludir

Anónimo disse...

Subscrevo os desejos de F.Bastos. A minha faceta futebolistica e o meu carinho pelo GDAlcochetense leva-me a acrescentar mais dois:

1. Que a equipa de Carlos Lóia continue o seu trajecto excepcional no respectivo campeonato , prestigiando o nobre emblema do GDA;

2. Que a Direcção do GDA promova o que se propos realizar no que respeita ao futebol juvenil do clube. Eu que andei por lá e que agora ando por outras paragens onde as condições são bem diferentes , passei a admirar ainda mais o esforço dos corajosos que enfrentam a escuridão , a lama e as fracas condições em que ainda trabalham técnicos e jogadores do futebol juvenil do clube. Apesar de estar a meio do seu mandato mantenho o voto de confiança de que as coisas vão mudar nesse âmbito.

A todos os meus votos de FELIZ ANO NOVO

LUIS PROENÇA

Alcochetano disse...

Caro Luis,

Não posso deixar de concordar consigo. Sem resultados, não existem investimentos, mas quando olho para o velhinho campo e com os resultados a aparecerem, não só em Seniores com um orçamento baixo, como também no futebol juvenil, pergunto-me: Por onde andam os amigos do GDA, os que sentem que podem mudar a lama, a escuridão, a peladas na relva?

Todos sabemos que o dinheiro não abunda no clube, mas vejo que esforços tem sido movidos para mudar... e para melhor.

Bom Ano a todos.

Anónimo disse...

Caro Alcochetano ,

Reformulo a sua pergunta. Por onde têm andado NOS ÚLTIMOS ANOS os amigos do GDA , os que sentem que podem mudar a lama , a escuridão , as peladas na relva?

Estive quatro anos como treinador no futebol juvenil do GDA e senti na pele a realidade da lama e da escuridão. Pelo que sei antes não era diferente. Ainda assim vivi e vivo intensamente o clube do qual sou sócio e para o qual desejo o melhor.

Durante os cerca de 500 treinos e 100 jogos que fiz como treinador ao serviço do GDA no velhinho "Foni" fiz muitas vezes a mim próprio a mesma pergunta. Por onde andam os amigos do GDA , os que sentem que podem mudar a lama e a escuridão?

Foi porque me foi afirmado e reafirmado que tal realidade ia ser alterada que votei na actual Direcção, apesar de uma certa animosidade que sempre moveu alguns dos actuais membros contra a minha forma de estar no clube.Mas isso agora não interessa para nada.

Achei que a resposta à minha e sua pergunta estava finalmente dada pelo actual Presidente. Finalmente aparecia quem afirmava querer mudar a lama , a escuridão e as peladas na relva.

Nada se faz de um dia para o outro. Provavelmente é impossível fazer tudo num só mandato. Continuo pois a acreditar em quem votei para alterar as coisas no GDA.

Como sócio que vive intensamente um clube ao qual estou , por razões óbvias , afectivamente ligado , acredito que as expectativas não vão ser defraudadas. O tempo dirá se tenho ou não razão.

Já agora PARABÉNS AO GDA por 70 anos de uma história rica e engrandecedora do nome de Alcochete.

Viva o GDA!

Luis Proença

Alcochetano disse...

Caro Luis,

Os tempos de empenhos pessoais em prol de um clube acabaram. Eu lembro-me de meu avô contar a história de como se adquiriu a actual sede e tudo obra empreendida por um alcochetano chamado Domingos Pina. Sei do esforço e suor que outros tantos alcochetanos deixaram no chão enquanto faziam erguer o velhinho “Foni”, como você o trata. Estas pessoas fizeram do GDA o clube que ele é hoje com 70 anos. Estes nomes nunca podemos esquecer, nem tão pouco esquecer a sua devoção e dedicação.

Alcochete tem dezenas de empresas, cujos patrões, gerentes e afins, são sócios do GDA. Muitos deles sentam-se nas bancadas do estádio de quinze em quinze dias, para verem o seu clube, o da sua terra. Hoje em dia e com os actuais benefícios fiscais, o mecenato está esquecido porquê? A publicidade é também uma aposta forte e no entanto espera-se pela direcção salvadora. Eu enquanto sócio há dezenas de anos, nada espero da Direcção em concreto e confio com o meu voto, nas suas capacidades de liderança no dia a dia do clube, mas espero muito mais da coluna vertebral do Clube, que são os sócios. Estes tem o poder de mudar, de fazer evoluir. Não aceito que se “chore” numa bilheteira uma entrada de borla, sendo o preço de um bilhete 2.5€. Não aceito que se brigue por não querer pagar uma cota de 1.5€, sendo mais cara 5€. Não aceito que o clube se volte a endividar, pagando milhares de euros a um jogador amador. Os sócios têm o poder para tudo modificar.

Sei que existem planos para um sintético no actual Campo Velho e sua melhoria a nível de infra-estrutura, sei que existem planos para a revitalização da Sede Social, esquecida e abandonada, apelidada de má fama e má gerência e no entanto está inserido no actual programa das festas do 70º aniversário, a inauguração de uma sala no estádio para Assembleias Gerais. Existem “n” problemas em todos os aspectos do clube. Onde está solução destes problemas? Na Câmara?

O GDA precisa dos sócios, pois eles são o clube.

Compreendo-o em tudo, caro Luis. Por muita pena minha.

VIVA O GDA

Abraço
Alcochetano

"Mister" Luis Proença disse...

Caro Alcochetano ,

Subscrevo integralmente o seu cometário , que acaba por tocar numa questão nuclear da vida dos clubes e que tem a ver com a necessidade dos clubes redireccionarem as suas prioridades , optando por modelos de gestão que garantam a sua sobrevivência no curto prazo e que permitam a rentabilização dos seus activos patrimoniais e humanos a médio/longo prazo. Nessa perspectiva sempre sustentei a necessidade de transformar o GDA num clube de perfil formador ao invés de um clube de perfil recrutador que como bem refere se endividou para sustentar orçamentos anuais de dezenas de milhares de euros para o futebol sénior. O problema é encontrar dirigentes com coragem para correrem o risco de optar claramente pela via da formação , cortando naquilo que infelizmente acaba por ser a única fonte de preocupação e interesse para a quase totalidade da massa associativa de um clube: os resultados da equipa sénior. Em Maio de 2006 , quando cessei funções no GDA após 4 anos no respectivo futebol juvenil , entreguei à actual Direcção um conjunto de reflexões escritas sobre a minha vivência e experência no clube. Esse trabalho que constituiu o meu modesto contributo para uma reflexão séria sobre o futuro do GDA entitulou-se «DA QUALIDADE NA FORMAÇÃO À QUANTIDADE NA COMPETIÇÃO - UMA IDEIA PARA O GDA».

Ao longo de 75 páginas abordei questões como as Condições Materiais e Humanas no Futebol Juvenil do GDA , as limitações de ordem conjuntural e o impacto do enquadramento social e geográfico de Alcochete no que respeita à maximização dos recursos humanos ao nível do futebol juvenil do GDA , o perfil comportamental do jovem jogador Alcochetano . A proposta que apresentei nesse trabalho passa sobretudo por uma maior partilha dos recursos financeiros do clube entre o futebol juvenil e o futebol sénior , permitindo assim a criação de um conjunto de condições que paulatinamente transformassem o perfil do clube , permitindo a colocação dos respectivos escalões de formação em patamares competitivos mais elevados ( campeonatos nacionais ao invés dos distritais ) , facto que a médio prazo permitiria que um numero cada vez maior de jogadores formados no clube apresentassem condições para integrar um plantel sénior do clube e que eventualmente , aguns deles , constituissem mais valias financeiras para o clube no âmbito das compensações a pagar pela respectiva formação no GDA ao abrigo da Lei 28/98 de 26 de Junho , se fossem transferidos para clubes de maior potencial financeiro. Ou seja , a médio longo prazo seria o aumento do nível qualitativo do trabalho no futebol de formação que sustentaria um aumento qualitativo de uma equipa sénior constituida maioritariamente por jogadores oriundos da sua «cantera». Tal desvio de recursos permitira a pouco e pouco criar um conjunto de condições que entendo essenciais à projecção qualitativa do futebol juvenil do clube traduzido num maior investimento na qualificação material e humana do futebol de formação. Assim: criação de um departamente de prospecção de talentos , maior exigência na qualificação d etreinadores e dirigentes , instalação de um piso sintético e melhoria dos meios de transporte do clube permitindo assim que atletas de elevado potencial recrutados noutras localidades possam vir até Alcochete. É claro que a implementação deste projecto acarreta os riscos inerentes a uma diminuição do nível competitivo da equipa sénior e o assumir o risco de que a mesma poderá cair em divisões inferiores. Contudo , trata-se de um risco calculado e transitório , pois a médio prazo o aumento da qualidade do trabalho na formação e o consequente aumento da quantidade de jogadores com nivel competitivo formados pelo clube acabaria por empurrar novamente o futebol sénior para outros patamares. É claro que esta aposta tem os riscos de diminuição da popularidade da Direcção junto dos sócios e é por isso que nesse mesmo trabalho sustento que uma direcção que ouse apostar claramente neste projecto deve promover um amplo esclarecimento dos sócios e posteriormente submeter este modelo de gestão à respectiva ratificação em Assembleia Geral , trabalho que não ficaria completo sem uma modernização dos Estatutos do GDA que sustentasse este projecto.

Foi esta reflexão , expressa num documento de 75 páginas , que deixei à actual Direcção e que sumariamente partilho sumariamente neste Blog.

Luis Proença

"Mister" Luis Proença disse...

Já agora quero manifestar enquanto sócio o meu apreço pela inauguração da sala de troféus do GDA. Apesar de poder parecer uma iniciativa supérflua num momento de dificuldades financeiras penso que se trata de um passo muito importante na afirmação de uma MISTICA , IDENTIDADE E ORGULHO de um clube de 70 anos que carrega o nome do Concelho no seu emblema. O esforço de um maior envolvimento afectivo entre a população do concelho e o seu clube desportivo mais representativo passa por iniciativas deste género. Os meus parabéns à direcção por este passo.

Já agora proponham aos conselhos directivos das escolas , ATLs , lares e outros visitas à sala de troféus do GDA. É fundamental o incremento destes laços afectivos e a promoção do orgulho de pertencer ao GDA. Mais tarde quem sabe haverá espaço para uma Loja do Clube.

Luis Proença

Fonseca Bastos disse...

Ou muito me engano ou, pontualmente, o presidente da Direcção do Desportivo tem passado por aqui.
Gostava de ler o seu pensamento sobre o que está e não está escrito acima.

Anónimo disse...

Não li todos estes comentários, mas só mesmo o futebol é capaz de consumir tanta atenção!

Unknown disse...

Alguém nos acordou!