17 agosto 2006

Oposição, eu?

Diz-se por aí – disseram-mo várias vezes, durante as festas – que a oposição mora aqui. Não é verdade.
Por definição, ser opositor significa possuir algum poder de representatividade, ter um programa alternativo e demonstrar que projectos e ideias nele contidos conduziriam a resultados mais positivos.
Ora, represento-me apenas a mim próprio, não tenho programa algum e nunca pensei em fazer melhor que outros.
Neste espaço limito-me a exercer o direito de cidadania: observo realidades e comento-as; aponto problemas e sugiro soluções; recordo promessas vãs e critico tal comportamento antidemocrático.
Pena é que, localmente, raros sejam os disponíveis para algo mais que o papel de espectadores passivos. Enquanto formos meia dúzia em 15.000 o poder e a verdadeira oposição farão de conta que assobiam para o lado.
Apesar do poder dar já ténues sinais de estar atento, continuará tão opaco quanto possível enquanto puder. E a oposição representativa comprometer-se-á ainda mais com o silêncio sepulcral mantido há muitos meses.
Se em torno de espaços de opinião livre se polarizarem umas centenas de alcochetanos, tenho a certeza absoluta que tudo mudará no poder e na oposição.
Lembrem-se que a soberania do povo é a primeira regra da democracia.
Depende apenas de vós essa mudança. Contudo, se gostarem continuem a ser iludidos. Eu detesto-o e manifestar-me-ei sempre. Pelo menos até me convencer que, como escrevia há dias um distinto visitante deste blogue, não há mais ninguém para acordar.

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