17 dezembro 2010

VERDADE


Caiu-me nas mãos um publicação da Câmara que faz propaganda àquilo que diz ser a Regeneração Urbana de Alcochete. Para mim, esta revista - ou lá o nome que lhe possam dar - não passa de uma amostrazita de engenharia discursiva.
Luís Franco, na nota de abertura, fala de «...mante[r], [...], de forma consciente e planeada, muitos dos aspectos que caracterizam o nosso território e que constituem factores de atracção a quem nos procura...»; fala de «...políticas locais de conservação integrada do património...»; fala de «...uma nova imagem urbana de qualidade, acrescentando valor ao património identitário existente»; fala de «...recuperação do património arquitectónico...», etc.
Eu quero, numa zona histórica da vila de Alcochete, a menos de quarenta metros da Igreja Matriz, alterar e ampliar uma casa cuja fachada mantenho integralmente porque, para lá da lei sobre esta matéria específica, a minha consciência cívica diz-me que devo manter a referida fachada, linda por sinal. Tudo o mais já existe no terreno: acessos, água, esgotos, etc.
Então não é que a Câmara de Alcochete, minha terra e do meu pai e dos meus avós e dos meus bisavós...me está a pedir 3.182, 77 euros pelo levantamento da licença de obras? (Mais de 600 contos em moeda antiga).
Conclui-se, assim, que as palavras de Luís Franco são destituídas de sustentabilidade, palavra que aparece a torto e a direito no referido...não sei que nome concreto dar à tal publicação da Câmara...

2 comentários:

Unknown disse...

Eis o preço de não ser camarada e de atrever-me a usar o meu direito de liberdade de expressão.
Mas não tenho que me queixar porque outros aguentam infinitamente mais do que eu às garras dos comunistas: caso dos dissidentes Liu Xiaobo, prémio Nóbel da Paz/2010 e Guillermo Fariñas, cubano que por pouco não morreu de uma greve de fome a favor da libertação de presos políticos e da liberdade de expressão na ilha do El Comandante.

Unknown disse...

Eu agora estou apreensivo, porque, sob ameaça, fui seriamente avisado pelo pai de Luís Franco de não me meter com o filho.
Isto aconteceu pouco depois das últimas eleições autárquicas no parque de estacionamento do Intermarché.