29 dezembro 2010

Aliança e ameaça do islamismo-esquerdismo


Daniel Pipes (num motor de busca veja quem é), em http://www.midiaamais.com.br, através do artigo "O novo inimigo da esquerda: Império", referindo-se à obra de Ernest Sternberg Purifying the World: What the New Radical Ideology Stands For, começa por dizer o seguinte: «Nós sabemos o que Marx, Lenin, Stalin e Mao queriam (controle estatal de tudo) e como eles alcançaram essa meta (totalitarismo brutal); mas o que seus sucessores de hoje desejam e como eles esperam consegui-lo?» [...].
Mais à frente dá-nos a noção do que é Império para os novos esquerdistas: «...um suposto monólito global que domina, explora e oprime o mundo» [...]. E prossegue umas linhas abaixo: «O Império alcança isso por meio do liberalismo económico, militarismo, corporações multinacionais, mídia corporativa e tecnologias de vigilância. E porque o capitalismo causa milhões de mortes que um sistema não-capitalista eliminaria, é também culpado de assassinato em massa».
Denunciada a inversão do real levada a cabo pelos novos esquerdistas, o discurso de Daniel Pipes continua: «Os Estados Unidos, obviamente, são o Grande Satã...»[...], promotores do próprio terrorismo de que são alvo. E como que por antítese, «...Israel é o Pequeno Satã, servindo como o aliado sinistro do Império...» [...], sem ser preterida a pergunta se Israel se levanta em mestre do mesmo Império.
Ora é aqui que chego ao parágrafo de Daniel Pipes que me levou a este pequeno esforço: «Para confrontar os recursos superiores do Império, a esquerda precisa se aliar com qualquer outro que se opõe a ele - notadamente os islamistas. Os objectivos dos islamistas contradizem os da esquerda, mas isso não importa desde que os islamistas ajudem a combater o Império eles têm uma posição valiosa na coalizão» sic.
O que Daniel Pipes diz no resto do seu artigo já não interessa sobremaneira para ilustrar a minha afirmação, feita aqui neste blog, de que há uma aliança estratégica entre as esquerdas e o islamismo contra a Civilização Ocidental Juadaico-Cristã. Mas se, mesmo assim, persistirem dúvidas, leia-se do mesmo Daniel Pipes "Aliança Ameaçadora [dos islamistas-esquerdistas]" em http://pt.danielpipes.org/5724/alianca-ameacadora-dos-islamistas-esquerdistas e cada leitor retire as suas próprias conclusões.

Nota: este conceito de "Império" vem dos intelectuais de esquerda Michael Hardt e António Negri por meio de uma obra muito lida e discutida um pouco por todo o mundo, cujo título é mesmo Império da Editora Livros do Brasil.

1 comentário:

João Pinho disse...

Sr Marafuga:
Para alcançar o sentido (escatológico???) das suas teses e respectivo enquadramento relativamente a Portugal gostaria que definisse o conceito de esquerdas e que organizações politicas PARTIDÁRIAS portuguesas as integram e se coligam com o mundo muçulmano?
Será o PCP; será o Bloco, será o MRPP,será o PSR;será o PS?Quem será?
Esta descodificação é para mim importante para perceber quem aqui no terreno corporiza essa aliança com os crentes no Islão..até porque a presença e posicionamento politico-partidário dos muçulmanos, no Portugal contemporâneo, parece-me muito subliminal...
Só então poderei contribuir modestamente, com a minha opinião, para o debate sobre esta matéria, que, para já, num primeiro momento, julgo excessivamente abstracta e inconcreta, direi até que ininteligível.
Então até lá...