28 junho 2009

João Marafuga ao anónimo p*

O comunismo e as esquerdas em geral sabem que a estratégia para a implantação do socialismo (lato sensu) à escala global não se faz sem uma aparência de religião que substitua as religiões tradicionais, nomeadamente o Cristianismo, sublime expressão da realidade e abertura ao Transcendente.
O ambientalismo (o novo comunismo) é um materialismo que no lugar de Deus (o Transcendente) põe o ambiente. Os valores deste novo deus, apenas imanente, são o clima, a agricultura ecológica, os direitos dos animais, a defesa das plantas, etc.
Evidentemente, o que está em causa é a destruição da grande indústria. Por exemplo, um texto completamente ideologicizado do manual de Inglês do meu filho chega a aconselhar os jovens que não bebam leite nem comam carne. No fundo, com a adesão cada vez maior das pessoas a estas tretas, é o capitalismo liberal que se sai cada vez mais frágil. Mas é este mesmo o objectivo de todos os socialismos, independentemente das rivalidades entre as facções.
O feminismo e a dita categoria de género (gender) têm por alvo principal a destruição do valor da família, veículo de valores cristãos ancestrais, fomentadora de patrimónios e raiz do direito de herança. A destruição da família já é preconizada no Manifesto Comunista (1848) de Marx e Engels. Na realidade, por trás do feminismo está o marxismo, "filosofia" do comunismo.
As feministas, em geral, são pelo abortismo, pelo divórcio e unem-se ao movimento gay - projecto de poder no seio das esquerdas à escala planetária - para a consecução de projectos revolucionários que visam a destruição das democracias capitalistas.
Finalmente, A Civilização Ocidental é Judaico-Cristã. Aqui não se trata de concordar ou discordar. Apenas há muita gente que por intoxicação marxista e alienação combate a própria Civilização à qual pertence. Não percebe que não poderia haver vazio. Vulnerabilizada a Civilização Judaico-Cristã, outra se sobreporia a ela com dano para a nossa liberdade.

1 comentário:

Anónimo disse...

Mas por que razão tem que se definir uma Civilização em termos religiosos? Neste ponto, a minha questão era apenas essa.

Acho que exagera quando se refere a algumas preocupações da esquerda (segundo o que disse, são preocupações dos partidos de esquerda).
O ambiente é o que nos rodeia e influencia-nos, para o bem e para o mal. Se o agredimos estamos a agredir-nos a nós próprios. Será que esta preocupação não é importante?
Os direitos dos animais são algo supérfluo? Que raça superior e RACIONAL somos nós HUMANOS, se não respeitamos seres que coabitam connosco este planeta?
O que é a defesa das plantas? Preservar espaços verdes? Zelar pela sobrevivência da floresta? Com certeza sabe da contribuição destes elementos para o ar que se respira.

Em relação ao exemplo do livro de inglês, em tudo existem extremos e, como se sabe, entre os extremos há um "intermédio".

Há certos termos sobre os quais não possuo conhecimento suficiente para compreender o seu significado na sua totalidade, entre eles estão o "capitalismo liberal" e outro que também já ouvi "neo-liberalismo", portanto, nada posso argumentar sobre a interferência desta "consciência verde" nesses fenómenos.

Outra questão: feminismo e machismo defendem a soberania do género feminino e masculino, respectivamente. Em que é que o feminismo põe em causa a instituição família? Se tem essa opinião, então também a terá relativamente à soberania do género masculino. O feminismo existe porque nem sempre a mulher foi igual ao homem. Há quem acredite que ainda hoje não o é (falando apenas das sociedades ocidentais; não o é em muitos países).
Continuando...
A questão do aborto é muito complexa. Percebo que o que tenta transmitir é que as próprias "mães" defendem não deixar viver um filho. Mas repare, o aborto nunca deixou de existir e não é uma lei que proibe a sua realização que vai erradicar essa prática. É preferível que não seja feito clandestinamente com todos os riscos físicos e psicológicos associados bastante mais elevados.
Confesso que a parte do divórcio continuo sem compreender o que tem de tão errado? Provavelmente está associado a crenças religiosas. É que o casamento civil é um acto "práctico" e simbólico perante a lei/ burocracia, isto é, duas pessoas que pretendam iniciar uma vida em conjunto e constituir família casam. Uma vez que esse laço se rompa e exista o desejo de uma das partes iniciar um novo caminho, o divórcio é igualmente "prático" e simbólico. É para isso que existe. Não se dá a destruição da família apenas porque se admite o divórcio. É muito mais destrutivo insistir em manter algo que já não funciona.
Por fim, o casamento gay. No meu ver, é igual ao outro casamento: duas pessoas que pretendem iniciar uma vida em conjunto e constituir família. Por quê continuar a demarcar essa diferença na opção sexual?

A política não se faz apenas de €€€ e obras... há uma base importante que é a "consciencia social"... talvez comece na educação.

Enfim, são opiniões.

Cumprimentos,

Patrícia