Começo o ano a abordar um assunto que actualmente anda de boca em boca, acerca do qual escrevera aqui há alguns meses a propósito de assalto inédito.
Não será segredo para ninguém que Alcochete fervilha em informações nada fidedignas sobre uma hipotética ou real onda de assaltos a residências.
O que muito estranho é o facto de nenhuma entidade institucional negar ou confirmar o que, até prova em contrário, poderão ser simples boatos.
E se o não forem? Ninguém tem recomendações a fazer para evitar novos casos lamentáveis?
P.S. - "É tolice acreditar literalmente em boatos, mas é igualmente tolo descartá-los por inteiro, porque essas histórias revelam alguma coisa sobre as preocupações, interesses, esperanças e medos dos indivíduos e grupos que as transmitem. Os estudos sobre o boato chegaram a algumas conclusões fascinantes quanto às circunstâncias que favorecem sua difusão, as maneiras pelas quais as narrativas são elaboradas e sobre as funções sociais que elas têm a cumprir".
(...)
"As circunstâncias que favorecem a difusão de boatos incluem uma atmosfera de medo e incerteza provocada por alguma forma de crise, como guerras, ondas de fome, epidemias e revoluções".
Autor: Peter Burke, historiador inglês
Texto retirado de Rizoma
Conselhos da PJ
Furtos em residências
Furto de obras de arte
Conselhos da GNR
Conselhos da PSP
Conselho meu: acordai vítimas do estado a que isto chegou!
2 comentários:
A poucos dias do Natal , em pleno dia e num Domingo , um dos andares do prédio onde resido foi assaltado. O método foi simples. Apesar de todas as portas serem blindadas , o simples facto dos respectivos proprietários se terem ausentado sem trancar a porta permitiu aos gatunos abri-la com o recurso ao uma radiografia. A PJ compareceu no local e tomou conta da ocorrência. Dias depois o meu vizinho exemplificou-me a técnica utilizada e os meus olhos mal podiam acreditar no que viam. Uma simples radiografia dobrada ou um cartão tipo multibanco introduzido acima da fechadura na ranhura da porta foi o suficiente para a abrir com uma ligeira pressão. Sem qualquer barulho. O método é ineficaz quando a porta está tranacada. A partir desse dia os hábitos mudaram no prédio. Os meliantes foram identificados através de fotos exibidas pela PJ por um dos vizinhos que nesse dia abriu a porta quando tocavam insistentemente à sua porta , certamente para aferirem se estava alguém em casa. Tratavam-se de duas jovens alegadamente de nacionalidade romena que segundo a PJ já terão cumprido pena de prisão por actos idênticos e que integram um grupo maior que se tem dedicado a esta actividade. Ao que parece ainda estarão em parte incerta. Nesse mesmo dia foram assaltadas 8 casas em Alcochete , duas das quais propriedade de pessoas minhas conhecidas.
Não se tratam de boatos. Os elementos da PJ que se deslocaram ao meu prédio sugeriram o seguinte:
- Nunca sair de casa sem trancar a porta.
- Nos prédios assegurar que a porta de entrada do imóvel fica fechada sempre que alguém sai. O recurso a molas nessas portas permite evitar que os mais esquecidos e incautos deixem a porta aberta.
- Colocação de sistemas de barras nas janelas no caso das moradias - (várias assaltadas);
- Mesmo em casa manter a porta sempre trancada.
- Atentar em movimentos pouco usuais nas imediações. Veículos com ocupantes desconhecidos parados nas imediações durante períodos de tempo considerados anormais. Pessoas a rondar insistentemente os prédios ou as moradias , tudo o que indicie que está em curso uma avaliação dos hábitos e horários dos residentes.
A minha vizinha teve a sua vivenda assaltada na noite de natal.
quando saiu de casa teve o cuidado de deixar as luzes acesas e a televisão ligada. Quando chegou, já a casa tinha sido assaltada.
Informou-se que já foram assaltadas 15 casas. Parece que estamos perante crime organizado.
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