17 janeiro 2007

Recomendações oportunas

Recomendo a leitura atenta deste texto do blogue «A-Sul» (dedicado a temas ambientais, do Seixal em especial e da margem Sul em geral), porque o assunto me parece pertinente e ainda porque nestas autarquias pontifica gente do PCP.
Um partido que deveria escolher melhor os seus autarcas ou, pelo menos, exigir-lhes coerência.

Também recomendo a leitura de um suplemento de oito páginas publicado na edição de hoje do «Diário de Notícias», focando a dicotomia entre crescimento e desenvolvimento em alguns concelhos da margem Sul do Tejo, entre eles o de Alcochete.
Desse suplemento há apenas um texto introdutório disponível na versão electrónica do jornal, que vale a pena ler.
Dele destaco o seguinte parágrafo: "Na autarquia de Alcochete, e apesar dos pedidos do DN para a disponibilização de dados e de um técnico para caracterizar o concelho, não obtivemos resposta até ontem".

Infelizmente, os textos do blogue e do jornal confirmam tudo o que tenho escrito aqui. Parece-me evidente, uma vez mais, que apenas a pressão da comunidade alcochetana poderá alterar o rumo perigoso que a gestão local tem seguido na nossa terra.
As pessoas devem comentar e reclamar junto dos órgãos próprios das autarquias, dar público testemunho dessas intervenções em jornais, na rádio e nos blogues e divulgar o teor das respostas recebidas. A circulação dessa informação contribuirá para que mais gente desperte e a intervenção popular deixe de ser uma excepção a que poucos têm a coragem de se expor.

Quanto à falta de colaboração que a nossa autarquia deu ao jornal, tenho um único comentário a fazer agora porque, anteriormente, escrevi dezenas de textos sobre o assunto: por estas e outras desatenções semelhantes, Alcochete só costuma ser notícia nos órgãos de comunicação nacionais pelos piores motivos.
A comunicação social tem agendas próprias. A local pode ser condicionada por interesses autárquicos, porque quase sempre depende amplamente deles. A nacional nunca se verga, salvo casos muito pontuais.
Se as autarquias desrespeitam as agendas dos meios de informação nacionais e se os autarcas desconhecem como aproveitar as raras oportunidades surgidas para estabelecer e consolidar relações com jornalistas desses órgãos de comunicação, normalmente quando precisam deles, por conveniência própria, encontrarão a porta fechada.
Haja alguém que dê formação aos nossos autarcas sobre comunicação e relações públicas porque, aparentemente, ao fim de um ano de mandato a errar ainda não aprenderam nada.

1 comentário:

Anónimo disse...

Sobre:
"Parece-me evidente, uma vez mais, que apenas a pressão da comunidade alcochetana poderá alterar o rumo perigoso que a gestão local tem seguido na nossa terra."

digo:
Em sentido político, não há comunidade alcochetana!

Ou, no mínimo, desde há dez anos que não vislumbro um "vestigiosinho "!