17 agosto 2007

A liberdade política

Entre o comunista e eu a cidadania não passa pelo discurso do quotidiano.
Mas o comunista não pode surgir como um cidadão diminuído face a mim e vice-versa.
Eu só posso afirmar que o comunista é cidadão se ele for igual a mim.
Esta igualdade no campo da cidadania não advém da bondade do comunista e minha.
Na base realista de que o homem poupa se for poupado, o comunista e eu abrigamo-nos sob o toldo da lei para usufruirmos do direito à vida.
De direito à vida falo e não de liberdade porque o entendimento desta não é o mesmo entre o comunista e eu.
Para o comunista a libedade é a de uma parte sobre o todo, significando isto um despotismo.
No despotismo não há o exercício da política, condição sine qua non para a plena liberdade.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ao assumir o comunismo como predestinação criminosa (visão que partilho) , o Professor João Marafuga mais não pretende do que santificar-se à custa da própria reivindicação daquele mal.A obsessão do Professor Marafuga em torno desta temática revelam , na minha modesta opinião , uma necessidade extrema de ultrapassar definitivamente o dualismo que marcou parte significativa da sua vida , em que a denúncia permanente e exaustiva da mais que provada permanente reserva mental em que assenta o comunismo , deixa transparecer um sentimento de culpa que resulta desse mesmo conflito interior. A melhor forma que o Professor João Marafuga encontrou para normalizar um espirito empecido pelo remorso de um dia se ter assumido como comunista é fazer explodir a carga da sua angústia , trazendo à superficie as supurações recalcadas do seu espírito. Assim sendo , estes comentários , mais não são do que canais para uma apaziguação psicológica do próprio autor , que através deles , procura exumar do cemitério , um passado que considera maldito.Os comentário do Professor João Marafuga sobre o comunismo são no fundo uma espécie de esgoto , onde o autor , pela violência da sua linguagem , dá voz à regurgitação dos sentimentos de culpa que dolorosamente o pejam. O «Praia dos Moinhos» não merecia ser esse «esgoto» pessoal do Professor João Marafuga.

Luis Proença