10 julho 2007

Testamento ou testemunho?

Eu não estou de bem com todos, isto é, não sou um homem que coma à mesa com todos. De facto, acabar-se-á a democracia quando acabar o direito à preferência.
Estão fora da minha preferência todos os que perfilham ideologias contrárias aos direitos individuais e instituições naturais como a família, livre troca, propriedade privada, etc.
Os padrões civilizacionais de raiz cristã que defendo com todas as minhas forças obrigam-me a escutar do outro que não o mate. Este é o contrato inquebrantável para a conservação da vida de quem não concorde comigo. Aqui, abdico do déspota a favor do político.
Sou político mas não politicamente correcto porque o relativismo é o capacho dos meus pés. Há valores pelos quais poderemos ter que dar a vida. Um desses valores é o da liberdade. Mas nem esta pode ser fim senão meio para me tornar naquilo que devo ser, isto é, um homem cada vez melhor comigo e com os outros.
Nas linhas que cosem este discurso nada há de marxismo. Este não renunciou nem pode renunciar à conquista do mundo porque de uma ideologia se trata que não foi forjada para coabitar com a Civilização Judaico-Cristã.
Ninguém se iluda. Jamais o problema será marxismo e Ocidente (cópula), mas marxismo ou Ocidente (disjunção).
Eis por que na presença de marxistas como de idiotas úteis que fazem o jogo daqueles eu instalo, de imediato, o jurídico, única ponte que me une a seres humanos que, sei eu, não respeitam ponte nenhuma.

3 comentários:

Anónimo disse...

A mim parece-me que essa �mania da persegui�o� contra os comunistas �pap�es de crian�as�, para al�m de retr�grada, e pouco respeitador das liberdades dos outros tem algo de patol�gico �

mmm

Paulo Benito disse...

Parece-me que em Portugal, nos dias de hoje, é um discurso um pouco fundamentalista. No entanto admiro a coragem e frontalidade com que expõe as ideias num blog de acesso público.
Pessoalmente, preocupa-me mais questões relativas com o ordenamento do território, pois vão condicionar o futuro das próximas gerações.

Um abraço,
Paulo Benito

Unknown disse...

Sim, Paulo, o problema do ordenamento do teritório é de crucial importância e, creia-me, em Alcochete, exposto a todos os atropelos.
Daqueles que deviam ordenar e defender o território por força da legitimidade conferida pelo voto popular devemos manter as mais baixas expectativas.
Se todos nós não nos mantivermos atentos, sucederá o pior, porque aqueles homens que estão no poder, por este, alienarão tudo.