Conversando ontem, separadamente, com alguns alcochetanos da velha guarda, alheios a interesses político-partidários, unanimemente manifestaram as suas preocupações acerca do modo sigiloso como está a ser conduzida a revisão do Plano Director Municipal (PDM) de Alcochete.
Retive as seguintes críticas principais:
1. Não se conhece uma única linha da avaliação técnica à execução do actual PDM;
2. Desconhece-se a estratégia urbanística do executivo municipal;
3. Não há um único local onde, sem condicionalismos de qualquer espécie, os munícipes possam colher informação substantiva e formar uma opinião. A sessão, recentemente organizada pela câmara, no fórum cultural, estava "deserta";
4. Em tempos recentes continuaram a conceder-se licenças de urbanização a esmo, embora o mercado esteja saturado e haja crescentes sinais de crise. Outro dado relevante é o ritmo lento com que avançam as urbanizações em obra;
5. Até à data, nenhum partido político da oposição, nem ninguém individualmente, se manifestou nos meios de comunicação acerca do modo como está a ser conduzido o processo de revisão do PDM de Alcochete. No entanto, o assunto vem à baila em quase todas as conversas de rua e há muita gente preocupada com o futuro.
A meu ver, as críticas são justas e um sério alerta de que a política de comunicação e informação do executivo municipal é errada. Parece haver receio de divulgar estudos, pareceres e documentos existentes, de informar e esclarecer transparentemente os munícipes, e sem isso não será possível cativá-los nem envolvê-los na gestão autárquica, como me parece ter sido afirmado quando este executivo assumiu funções.
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