Ontem apanhei do chão um desdobrável da Câmara Municipal de Alcochete cuja nota de abertura assinada pelo sr. Luís Franco reza assim no seu primeiro parágrafo: «Após um pequeno interregno, o In Alcochete regressa ao convívio com os seus leitores, num momento de crise generalizada sobretudo nos mercados financeiros. Trata-se de mais um período negro num sistema falido que afecta o quotidiano dos cidadãos e que resulta de políticas e medidas neoliberais que apoiaram a especulação financeira em detrimento de políticas económicas e sociais que verdadeiramente poderiam promover o desenvolvimento e o progresso no Mundo, mas também no nosso País».
Sr. Presidente, a crise não é das instituições liberais. Como diz o insigne economista brasileiro José Nivaldo Cordeiro em artigo intitulado "O fim do liberalismo?" (Midia sem Máscara), «uma das qualidades [...] da ordem liberal é a sua capacidade de auto regulação, seja no plano económico, com sua mobilidade de preços, de capital e de mão de obra, seja no plano político, com a alternância de partidos no poder. Essa forma auto-regulada de existência tem sido o antídoto contra todas as crises e todos os surtos totalitários que ciclicamente assolam o Ocidente».
O que faliu foi a observância da receita liberal. Nivaldo Cordeiro, mais à frente no seu artigo, acrescenta: «...a crise tem origem na traição do ideal liberal e não na sua prática. Emissão descontrolada de dinheiro, excesso de governo e de impostos, gastos descontrolados, tudo [...] sinónimo de socialismo e não de liberalismo».
Sr. Luís Franco, as «...políticas e medidas neoliberais que apoiaram a especulação financeira...» são apanágio de metacapitalistas (conceito de Olavo de Carvalho) todos feitos à escala planetária com as esquerdas: estas como aqueles têm em comum a cobiça pelos dinheiros dos contribuintes.
O que poderá «...promover o desenvolvimento e o progresso no Mundo...» é a redução do poder do Estado, a garantia das liberdades individuais, o travão à regulamentação abusiva, a baixa de impostos, a poupança, etc.
Quando aproveitamos em benefício próprio a insuficiente prevenção do nosso semelhante, não só fazemos pouco deste como, no mínimo, acedemos à mais reles demagogia.
Sr. Presidente, a crise não é das instituições liberais. Como diz o insigne economista brasileiro José Nivaldo Cordeiro em artigo intitulado "O fim do liberalismo?" (Midia sem Máscara), «uma das qualidades [...] da ordem liberal é a sua capacidade de auto regulação, seja no plano económico, com sua mobilidade de preços, de capital e de mão de obra, seja no plano político, com a alternância de partidos no poder. Essa forma auto-regulada de existência tem sido o antídoto contra todas as crises e todos os surtos totalitários que ciclicamente assolam o Ocidente».
O que faliu foi a observância da receita liberal. Nivaldo Cordeiro, mais à frente no seu artigo, acrescenta: «...a crise tem origem na traição do ideal liberal e não na sua prática. Emissão descontrolada de dinheiro, excesso de governo e de impostos, gastos descontrolados, tudo [...] sinónimo de socialismo e não de liberalismo».
Sr. Luís Franco, as «...políticas e medidas neoliberais que apoiaram a especulação financeira...» são apanágio de metacapitalistas (conceito de Olavo de Carvalho) todos feitos à escala planetária com as esquerdas: estas como aqueles têm em comum a cobiça pelos dinheiros dos contribuintes.
O que poderá «...promover o desenvolvimento e o progresso no Mundo...» é a redução do poder do Estado, a garantia das liberdades individuais, o travão à regulamentação abusiva, a baixa de impostos, a poupança, etc.
Quando aproveitamos em benefício próprio a insuficiente prevenção do nosso semelhante, não só fazemos pouco deste como, no mínimo, acedemos à mais reles demagogia.
5 comentários:
A minha esgrima não é a economia, mas pelo menos sei o que não quero.
Eu também sei o que NÃO QUERO, Professor Marafuga:
1)Não quero ler mais o Sr. Professor a tratar o Sr. Presidente da Câmara Municipal por "Sr. Luís Franco", porque nem Alcochete é a Madeira nem o Sr.Professor Marafuga é o Alberto João Jardim, que tem por hábito tratar o Sr. Presidente da Republica por "Sr. Silva"!
2)Não quero ler ainda expressões como "reles demagogia"ou "em benefício próprio".
Por mais que custe a muita gente - onde o Sr. Professor está manifestamente incluído- Alcochete está a melhorar, respira-se melhor, cresce de forma sustentada, e não são estes textos carregados de ódio e de frustração que irão abalar quem, de forma séria e honesta, conduz os destinos de Alcochete.
Atenciosamente,
Paula Pereira
Só faltava esta!
Subscrevo o teu texto Paula!
Beijinhos
Manuel Pereira
Ò Paulinha, por acaso sabes o que quer dizer a palavra Sr?...
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