20 outubro 2008

Discurso sério

Há um anónimo que qualifica o meu discurso de brutal.
Nunca escondi aos olhos de ninguém o meu próprio reconhecimento de que por vezes sou brutal. E mais acrescento: penso que às vezes é preciso.
Os tempos que correm são de um completo virar de avesso todos os princípios e valores dos nossos ancestrais. A reacção a isto, muitas vezes, tem que ser brutal porque também é brutal o que atiram para cima de nós.
Com paninhos quentes é que não se vai a lado nenhum porque com estes faz-se o jogo do adversário.
Discurso brutal não anula o discurso sério. É um paradoxo, mas é nesta conflitualidade paradoxal que se ganha o verdadeiro equilíbrio humano que cristão é.

1 comentário:

Paulo Benito disse...

Concordo que o discurso brutal pode "acordar" as pessoas da letargia e motivá-las a participar em vários domínios. Reconheço que o "Discurso brutal não anula o discurso sério".
Penso também, que nem todos têm o privilégio de poder utilizar as palavras contundentes, pois dependem da mobilização de vontades e de equilíbrios, tão naturais na arte da governação.

Paulo Benito