Ainda a propósito do «chumbo» à quase totalidade dos projectos de candidatura da Câmara Municipal de Alcochete aos fundos do QREN , recordo uma vez mais que o Partido Comunista e a Câmara Municipal «gritaram» ruidosamente que é uma cabala do poder central socialista contra Alcochete, numa tentativa já denunciada de aproveitamento político de uma situação fortemente penalizadora para o nosso Concelho.
Mas como noutras situações bem mais mediáticas do que esta, essa teoria da cabala mais não é do que uma espécie de estrebuchar impotente dos visados perante as evidências do falhanço ou da prevaricação.
E as evidências que nos permitem desconfiar da bondade da teoria da cabala são relevantes, a começar pelo próprio comportamento dos responsáveis políticos e autárquicos , que persistem em não divulgar publicamente a lista dos projectos apresentados ao QREN-Programa Operacional de Lisboa e em não apresentar publicamente as razões técnicas e/ou formais que fundamentaram o chumbo desses projectos.
O PC e a Câmara Municipal de Alcochete com este comportamento, e sabendo-se que os critérios de selecção das candidaturas estão devidamente regulamentados nos respectivos Avisos de Abertura, legitimam que os munícipes presumam que foi afinal foi mesmo a falta de qualidade dos projectos e/ou o incumprimento dos critérios de selecção que ditou a sua reprovação.
Mas esta tese da cabala do poder central contra a Câmara Municipal de Alcochete , levanta por si só o véu de uma questão que pode e deve ser tida em conta pelos eleitores no momento de escolherem quem melhor pode gerir os destinos do Concelho , e que aqui deixo desde já à reflexão de todos.
Os actuais responsáveis da Câmara Municipal de Alcochete e o partido que os sustenta, com esta tese da cabala do poder central contra o concelho, acabam por admitir publicamente QUE NÃO TÊM CAPACIDADE, VONTADE ou COMPETÊNCIA para aproximar Alcochete dos centros de decisão , que , na sua versão , estão de costa voltadas a este Concelho.
Para além da questão do aeroporto, seria interessante que o Partido Comunista local divulgasse quantas intervenções foram promovidas pelo respectivo grupo parlamentar na Assembleia da República sobre questões de interesse para este Concelho. Provavelmente nenhuma.
Todos nós reconhecemos que vivemos um paradigma político em que o voto ideológico se perdeu em favor do voto pragmático. Os eleitores, na sua maioria sem filiação ou lealdade partidária, devem tender a escolher a candidatura que melhor pode servir os interesses locais, numa decisão mais pragmática do que ideológica. Quando votam devem pensar sobretudo nos benefícios que determinada candidatura pode oferecer para o desenvolvimento local.
Numa democracia burocratizada não temos outro caminho senão lutarmos incansavelmente para mantermos o Concelho de Alcochete próximo do centro das decisões. É aí nesse palco, sem arrogância nem subserviência, que devemos lutar por uma maior responsabilização da Assembleia da República e do Governo na prossecução do desígnio da coesão e da solidariedade com vista à diminuição das assimetrias e desigualdades.
Neste capítulo, a Câmara Municipal de Alcochete e o PC local têm revelado total inabilidade, força e competência, ou pelo menos têm afirmado (sem o provar) que o poder central está de costas voltadas à Câmara Municipal e ao Concelho.
Numa hipótese ou noutra só Alcochete e os seus munícipes é que são prejudicados com esta situação.
Prova disso, para além da reprovação da quase totalidade dos projectos apresentados pela Câmara Municipal de Alcochete aos fundos do QREN , vem uma vez mais à colação o facto de Alcochete ser o concelho do distrito de Setúbal que menos verbas vai receber no PIDDAC 2009 – ver Post de Fonseca Bastos de 15.10.2008 intitulado «Alcochete no orçamento do Estado para 2009».
Nas eleições autárquicas de 2009 cabe aos munícipes de Alcochete escolher que papel querem assumir no futuro do Concelho.
Querem manter Alcochete orgulhosamente distante dos centros de decisão , ou querem mudar o estado de coisas e aproximar o concelho desses centros?
Se votarem no partido que está no poder em Alcochete só podem contar com uma de duas coisas. Ou o Concelho continua a ser vitima da tal cabala denunciada pelo Partido Comunista , ou então continua a ser vitima da incapacidade desse partido em aproximar o Concelho dos centros de decisão.
E isso interessa ao Concelho? CLARO QUE NÃO!
Mas como noutras situações bem mais mediáticas do que esta, essa teoria da cabala mais não é do que uma espécie de estrebuchar impotente dos visados perante as evidências do falhanço ou da prevaricação.
E as evidências que nos permitem desconfiar da bondade da teoria da cabala são relevantes, a começar pelo próprio comportamento dos responsáveis políticos e autárquicos , que persistem em não divulgar publicamente a lista dos projectos apresentados ao QREN-Programa Operacional de Lisboa e em não apresentar publicamente as razões técnicas e/ou formais que fundamentaram o chumbo desses projectos.
O PC e a Câmara Municipal de Alcochete com este comportamento, e sabendo-se que os critérios de selecção das candidaturas estão devidamente regulamentados nos respectivos Avisos de Abertura, legitimam que os munícipes presumam que foi afinal foi mesmo a falta de qualidade dos projectos e/ou o incumprimento dos critérios de selecção que ditou a sua reprovação.
Mas esta tese da cabala do poder central contra a Câmara Municipal de Alcochete , levanta por si só o véu de uma questão que pode e deve ser tida em conta pelos eleitores no momento de escolherem quem melhor pode gerir os destinos do Concelho , e que aqui deixo desde já à reflexão de todos.
Os actuais responsáveis da Câmara Municipal de Alcochete e o partido que os sustenta, com esta tese da cabala do poder central contra o concelho, acabam por admitir publicamente QUE NÃO TÊM CAPACIDADE, VONTADE ou COMPETÊNCIA para aproximar Alcochete dos centros de decisão , que , na sua versão , estão de costa voltadas a este Concelho.
Para além da questão do aeroporto, seria interessante que o Partido Comunista local divulgasse quantas intervenções foram promovidas pelo respectivo grupo parlamentar na Assembleia da República sobre questões de interesse para este Concelho. Provavelmente nenhuma.
Todos nós reconhecemos que vivemos um paradigma político em que o voto ideológico se perdeu em favor do voto pragmático. Os eleitores, na sua maioria sem filiação ou lealdade partidária, devem tender a escolher a candidatura que melhor pode servir os interesses locais, numa decisão mais pragmática do que ideológica. Quando votam devem pensar sobretudo nos benefícios que determinada candidatura pode oferecer para o desenvolvimento local.
Numa democracia burocratizada não temos outro caminho senão lutarmos incansavelmente para mantermos o Concelho de Alcochete próximo do centro das decisões. É aí nesse palco, sem arrogância nem subserviência, que devemos lutar por uma maior responsabilização da Assembleia da República e do Governo na prossecução do desígnio da coesão e da solidariedade com vista à diminuição das assimetrias e desigualdades.
Neste capítulo, a Câmara Municipal de Alcochete e o PC local têm revelado total inabilidade, força e competência, ou pelo menos têm afirmado (sem o provar) que o poder central está de costas voltadas à Câmara Municipal e ao Concelho.
Numa hipótese ou noutra só Alcochete e os seus munícipes é que são prejudicados com esta situação.
Prova disso, para além da reprovação da quase totalidade dos projectos apresentados pela Câmara Municipal de Alcochete aos fundos do QREN , vem uma vez mais à colação o facto de Alcochete ser o concelho do distrito de Setúbal que menos verbas vai receber no PIDDAC 2009 – ver Post de Fonseca Bastos de 15.10.2008 intitulado «Alcochete no orçamento do Estado para 2009».
Nas eleições autárquicas de 2009 cabe aos munícipes de Alcochete escolher que papel querem assumir no futuro do Concelho.
Querem manter Alcochete orgulhosamente distante dos centros de decisão , ou querem mudar o estado de coisas e aproximar o concelho desses centros?
Se votarem no partido que está no poder em Alcochete só podem contar com uma de duas coisas. Ou o Concelho continua a ser vitima da tal cabala denunciada pelo Partido Comunista , ou então continua a ser vitima da incapacidade desse partido em aproximar o Concelho dos centros de decisão.
E isso interessa ao Concelho? CLARO QUE NÃO!
Nesse acto de importância decisiva para o futuro de Alcochete os munícipes podem assumir o papel de eleitores de voto resignado ou de mera lealdade mantendo no poder aqueles que já provaram que não conseguem tirar o concelho de um marasmo pantanoso e infértil, distante do centro de decisões.
Ou então os municípes assumem o papel de eleitores pragmáticos e convictos agarrando o destino do Concelho nas suas mãos, NÃO votando naqueles que publicamente se queixam que nada se faz por culpa dos outros.
8 comentários:
Pergunta inocente. Em que partido devemos votar?
Seguindo a linha de pensamento do Luís Proença, a opção de voto não é determinada pelo partido, mas sim pelas pessoas que os representam ("Todos nós reconhecemos que vivemos um paradigma político em que o voto ideológico se perdeu em favor do voto pragmático"). Assim, deixa de haver partidos bons, para passar a haver pessoas boas. No entanto, de acordo com um texto de Fonseca Bastos, "os autarcas são como os melões". Ora aqui é que encontramos o busílis da questão.
Quando compramos um melão num supermercado, existe um conjunto de mecanismos de controlo, nomeadamente:
- Cumprimento de requisitos - análise química para confirmar que os melões não têm pesticidas ou outro tipo de problemas;
- Teste de aceitação - O cliente final tem oportunidade de apalpar o melão.
Se transpusermos para a política esta comparação com os melões, então os candidatos terão de ter um conjunto de requisitos a cumprir (ex: capacidade de decisão, liderança formação académica, etc.). Só nos fica a faltar a oportunidade de apalpar o melão. Neste contexto, subscrevo o texto de Fonseca Bastos em que pede à Candidata Montijense Lucília Ferra que venha para Alcochete.
Desculpem a brincadeira, mas não resisti.
Paulo Benito
Os governos das esquerdas são mais propensos a carregar tributariamente sobre os que produzem riqueza para dar à vagabundagem que depois lhes retribui o favorzinho com o voto.
Claro que, por este caminho, tirando às classes laboriosas para sustentar os que querem é viver à custa daquelas, depaupera-se a sociedade porque muitos que geram emprego acabam por não poder arcar com as taxas, despedem pessoas, ingressando até muitos deles, a começar do sopé para cima, na caterva de pobres. O crescendo deste contingente interessa sobremaneira às esquerdas porque estas, cujas políticas geram miséria, invertem a análise das coisas, passando o tempo todo do mundo a culpar o capitalismo liberal pela infelicidade dos povos.
Divertida conclusão machista a de Paulo Benito!
Lucília Ferra é exemplar porque iniciou a campanha para a reeleição no dia imediato a uma derrota, estratégia acertada que, em Alcochete, só os do poder desenvolvem, diariamente, usando o dinheiro de todos.
Ela está sempre em campanha; aqui as oposições hibernam 45 meses e acordam a 90 dias das eleições.
Ela perdeu mas, ao invés de ir à sua vida como é habitual nos derrotados de Alcochete, continuou a lutar. Aqui em cada eleição queima-se gente às dúzias e, obviamente, os melhores estão indisponíveis para autos-de-fé.
A nossa desconfortável sensação de inexistência de alternativas políticas credíveis resulta dessa hibernação e, em face da insatisfação patente, prevejo que nas próximas eleições locais a abstenção será superior a 50%. Rumo a uma democracia sem povo!
Só os partidos organizados e activos são a essência da democracia, algo desconhecido em Alcochete, onde todos os partidos me parecem ou sacos de gatos ou grupos familiares e de vizinhos.
Sr. Bastos, mais uma vez fala muito bem.
Bom retrato do que é a política local em Alcochete.
Obrigado.
Sr. Bastos, tal afirmação vinda de si??????? Grupos de familiares e de vizinhos????? E eu acrescentaria, de amigos, porque vizinhos não são e familiares tb não.
Os comentários relativamente aos partidos que parecem grupos familiares, vizinhos ou de amigos, baseiam-se naturalmente num conjunto de percepções relevantes para os escribas, no entanto, eu não tenho um conhecimento tão profundo das pessoas/partidos de Alcochete como os demais elementos que participam no blog.
Sinto falta de um descodificador.
Reconheço que nem sempre se deve escrever tudo num espaço público. Nestas alturas sinto falta de um comentário mais directo do JMarafuga.
Paulo Benito
Enviar um comentário