09 janeiro 2011

Um dia com Cavaco Silva


Encontrei-me, pelas 10h30, dia 08-01-2011, com o sr. Luís Batista, Presidente do PSD/Alcochete, no Largo do Poço. Depois de tomarmos café na Londres, partimos para o Montijo.
No Montijo, frente ao Cinema Teatro Joaquim d'Almeida, juntei-me ao sr. António Carapinha, companheiro mais pontual que eu, cumprimentei o Dr. Manuel Almeida e vi o sr. Bento Ferreira, Presidente do CDS-PP/Montijo. No conjunto, penso que estava ali mais de uma centena de pessoas. A maioria do pessoal seria do PSD/Montijo, mas também se viam sociais-democratas de Alcochete.
Cavaco Silva chegou já depois das 11h00. Na comitiva vinha também o deputado centrista da Assembleia da República e Presidente da Distrital Nuno Magalhães com quem falámos.
Quando a maioria dos apoiantes presentes de Cavaco Silva já tinha cumprimentado o candidato, o António e eu fomo-nos posicionando para ver se também o cumprimentávamos, o que sucedeu, recebendo eu, além do aperto de mão, duas palmadinhas no ombro dadas pelo Presidente da República com aquela familiaridade de quem já me conhecesse. Mas é claro que eu nunca tinha sido visto alguma vez por Cavaco Silva. Quando este era primeiro ministro, a redacção do Jornal "Echo d'Alcochete" recebeu um cartão de congratulações dirigido ao director daquele mensário que era eu. Custa-me, no entanto, presumir que em tão poucos segundos o candidato em campanha estabelecesse alguma relação com factos de um passado já tão distante.
Depois, António e eu seguimos para Setúbal. O tema da conversa foi o sr. Bento Ferreira, pessoa que identifico, mas com a qual nunca tive o prazer de falar na minha vida.
Chegados ao Pavilhão Antoine Velge localizado no Estádio do Vitória de Setúbal, já lá estava muita gente. Não tivemos dificuldade em escolher a nossa mesa. Bem eu queria lançar o meu olhar de observador atento e discreto a todos os pontos daquele amplo espaço se tal privilégio me fosse concedido por tanta força de histórias do meu companheiro António. Mesmo assim, não me passou despercebida a chegada do General Ramalho Eanes. Eu fiz questão em cumprimentar um homem verdadeiramente merecedor deste nome como poucos houve depois do 25 de Abril.
Finalmente, chegou o candidato Cavaco Silva, verdadeiro delírio com toda aquela música por Portugal e bandeiras agitadas no ar.
Seguiram-se os discursos. Primeiro o do mandatário distrital da candidatura, homem inflamado, proferindo aqui, acolá e além frases estruturalmente de esquerda, sem eu saber ao certo se por deficiência política ou se por estratégia, inclinando-me para a segunda hipótese. A seguir, subiu ao palco o candidato Cavaco Silva a Presidente da República cujo discurso foi o de um verdadeiro líder e homem de Estado.
Vem o almoço que paguei: havia bom vinho, tinto e branco, o caldo quentinho estava uma delícia, trouxeram os pratos - arroz de pato e bacalhau com natas - sobremesa e café.
E agora o regresso e a cadeia de histórias do meu companheiro António até casa.
Valeu a pena.

1 comentário:

João Pinho disse...

Com esta crónica não há que polemizar...afinal estamos ambos do mesmo lado embora eu mais convicto que o senhor. Chego a esta ilação pelas opiniões que habitualmente partilha com o seu líder ideológico e espiritual(?), Carlos Santos, o qual afirma taxativamente não votar no Professor Cavaco Silva...felizmente que nestas eleições o seu entendimento sobre a situação diverge um bocadinho do pensamento dele. Ainda bem!
Sinceramente seu...