20 janeiro 2011

Outra vez a defesa da Festa Brava


A Festa Brava insere-se num universo conservador, a Deus graças.

Ex abrupto, a pergunta que se coloca é esta: como é que é possível alguém reclamar-se de afición pelos toiros e ao mesmo tempo esteja dominado pelo espírito revolucionário? Estas pessoas, ao fim e ao cabo, são mais perigosas que os inimigos declarados da Festa Brava, porque, objectivamente, combatem esta dentro das suas próprias tronqueiras.

Ora as astúcias dos inimigos da Festa Brava teriam, sem dúvida, menos sucesso se não lhes estendessem a mão um grande número dos que se dizem aficionados. Estes - como disse em cima - são mais perigosos que os inimigos declarados, não só porque os secundam nas diatribes insanas, como também, sob uma aparência de integridade, incitam imprudentes e enganam pessoas honestas que se insurgiriam coerentemente contra o erro que é o ataque à Festa Brava.

Eis por que estes pseudo-aficionados dividem os espíritos, rompem a unidade e debilitam as forças que seria necessário reunir contra o inimigo.

6 comentários:

João Pinho disse...

Sr Marafuga:
Para melhor entender o objectivo último da sua peça, gostaria que caracterizasse com mais detalhe quem são os pseudo-aficionados que refere. E quem são os infiltrados entre a "afición".
Gostaria ainda de ouvir a sua opinião quanto à (im)possível compatibilidade entre uma pessoa ser militante do MRPP, do PCP ou do PS e ser, em simultâneo, amante e aficionado de corridas de toiros de morte e à portuguesa.
Questiono ainda se estas corridas são em Portugal um exclusivo da direita portuguesa e dos apaniguados da denominada expressão marialva.
É que, sabe, o texto ora publicado precisa de ser descodificado e devidamente clarificado porquanto a linguagem está formulada em sentido figurado e repleta de subentendidos...não sei se propositadamente se por dificuldade em articular conceitos.
Para poder arguir consigo nesta matéria gostaria que esclarecesse, querendo, os pontos acima suscitados.
Sinceramente seu...

Pedro Giro disse...

Acho que é justo e cordial fazer-se uma Vénia ao comentador aqui neste Blog Angelo Melo que nos paços do concelho apresenta hoje o seu livro de Poesia.

http://www.cm-alcochete.pt/pt/conteudos/noticias+e+eventos/noticias/Ventos_Poesia_19jan11.htm

Renato P M Ribeiro disse...

Porque introduz (bons) elementos de reflexão sobre esta temática recomendo a leitura:
http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1763447&seccao=Anselmo%20Borges&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco

Anónimo disse...

Oxalá (queira Deus) que o comentador JMarafuga aceite o repto do opinante João Pinho.
Por dois motivos, primeiro porque revelam tratarem-se de duas pessoas cultas e inteligentes, depois porque o tema em discussão "festa brava" tem sido muito mal defendido por uma grande "maioria" dos que se dizem da festa brava... para isso basta observar o comportamento mentecapto dos "artistas/amadores" que animam anualmente de forma canhestra e aberrante a interacção com os touros saidos nos "encierros" das festas do Barrete Verde.
A arte; nobreza; coragem e dignidade são factores de respeito na "aficion", mas nos encierros de Alcochete (e de outos lugares) tudo isto prima pela ausência destes valores, e para esta moléstia, não há defesa possivel, porque nada daquilo que se observa é da festa brava nem respeita os Vergas, Garrets, Penetras,Pintos nem os inesqueciveis Gaboneros doutras èpocas...
À mulher de Cesar não basta parecer séria...
O mal deve ser apontado, aquem não tem condições subjectivas para compreender o bem !

Anónimo disse...

O professor Marafuga vai escrevendo mas não vai respondendo aos leitores. O direito ao contraditório é fundamental, ainda por cima quando os temas que o professor Marafuga levanta são tornados, pelo próprio, fracturantes.


Afinal escreve para quem professor ? Para sí mesmo ?

João Pinho disse...

É de todo verdade a posição assumida neste comentário.
Pela experiência que tenho da minha participação neste fórum de opinião, ultimamente venho observando que o Professor Marafuga lança os temas mas não os debate, foge do contraditório sem motivo aparente para o fazer.
Coloca, cirurgicamente, assunto sobre assunto e alguns deles, até bastante interessantes aliás, passam sem que sejam devidamente discutidos.
Concordo com o que este senhor(a) afirma...afinal o Professor Marafuga tem receio do quê?