31 outubro 2010

Projectos à Câmara e eleitos

Desimagine-se quem pensa que pode meter à Câmara um projecto para construção e possa contar com o acompanhamento minimamente empenhado do vereador que detém o pelouro relativo às licenças para obras.
E para já uma nota prévia: estou-me completamente nas tintas que o meu registo sobre as matérias em foco não tenha um cariz técnico. O meu curso na Universidade é de Letras (Linguística, Cultura e Literatura) e não de Arquitectura ou Engenharia. O que sei é que todos percebem os meus conteúdos.
Voltando à vaca fria: eu não precisava que pessoas respeitadas no nosso meio e que passaram uma vida inteira a meter projectos à Câmara me asseverassem da completa inutilidade em falar com os eleitos sobre o meu projecto.
Na verdade, eu conheço muito bem os homens que desde o 25 de Abril têm passado pela Câmara de Alcochete e os que hoje lá estão para acalentar quaisquer ilusões.
Mas serei eu ingénuo quando penso que se fosse autarca e tivesse o pelouro inerente às licenças de construção, perante a mais pequena reclamação do munícipe, chamaria o técnico responsável e, perante o queixoso, o interpelaria sobre o processo alvo de qualquer espécie de bloqueio? Alguém me quer convencer que nenhum autarca deste País faz o que aponta a minha pergunta? Eu recuso-me a acreditar.

8 comentários:

Unknown disse...

Eu estou a fazer o que um militante do Partido Comunista local e...(não digo o resto), me aconselhou: "vai para os jornais!". Eu ainda não fui para os jornais, mas estou lá quase.
NOTA: este militante do PC local quando falava em "jornais", referia-se à comunicação social tradicional (suporte em papel).

Unknown disse...

Mas se a protelação dos projectos de construção metidos à Câmara nadinha tem de inocente, como eu sou ingénuo ao ponto de querer que os eleitos chamem à pedra o técnico ou os técnicos com responsabilidades sobre os processos em demora?

João Pinho disse...

Sr Marafuga
Se está tão convicto que a razão lhe assiste nesta querela que mantém com a Câmara Municipal e a sua persistência isso sugere,julgo que, para além dos seus contínuos lamentos aqui no Blogg, terá de tomar outras iniciativas perfeitamente ao seu alcance. Também conheço razoavelmente o modo de funcionamento orgânico do município e sei que os serviços e os autarcas dão alguma atenção aos anseios dos munícipes, por este caminho temos de ser justos.
No seu lugar faria o seguinte,é apenas uma ideia:
Primeiro, pedia uma audiência ao vereador responsável,normalmente ele faz-se acompanhar do técnico, colocava tudo o que houvesse a dizer. Caso nada resultasse, iria, de seguida,à próxima sessão de Câmara e lá na presença de toda a vereação,incluindo a oposição, punha de novo a questão e exigia explicações.O público presente tudo ouviria igualmente e,se calhar,até convidava muita gente a comparecer para ter ainda mais impacto.Eles assim ouvem...
Agora lamentar-se apenas aqui no Blogg é curto e nem eles querem saber.E tenho a sensação que os nossos parceiros da esquerda militante estão a sorrir com as queixas que aqui faz publicar porque sabem que elas são inócuas.
Não lamente mais,vá em frente e siga o caminho que lhe sugiro...até podemos muitos ir à sessão de Câmara apoiá-lo na sua pretensão.Que me compreenda,aqui os seus textos para eles são só ruído!
Aceite as minhas saudações.

Unknown disse...

João Pinho, em primeiro lugar, EU SEI MUITO BEM O QUE DEVO FAZER.
Vou responder-lhe porque o João não me conhecerá, porque se conhecesse não escreveria o que escreveu.
Se os autarcas "...dão alguma atenção aos anseios dos munícipes...", eles que me tivessem dado a licença para obras em tempo decente porque isto é exactamente o que compete a uma Câmara: resolver os problemas dos munícipes. A Câmara está aí para servir os munícipes ou para PARAR a vida dos munícipes? Eu tenho que andar a mendigar o que tenho direito por parte de qualquer instituição?
Eu não tenho nada que pedir uma audiência ao vereador, até porque sei que este é um homem sem poder. Não pode tê-lo porque lhe falta o conhecimento. Há lá poder sem saber?
Ir à sessão de câmara ou à Assembleia Municipal para aquela gente me colocar sobre a banca da antropofagia? Meter-me nas fauces das próprias feras? NÃO! O comunista é o meu inimigo. A primeira oração cristã que a minha mãe me ensinou foi esta: "Pelo sinal da Santa Cruz, livre-nos Deus nosso Senhor e dos nossos inimigos". Então é claro que temos inimigos. Estes não são cães nem gatos. São homens e mulheres. Eu cá, sabendo muitíssimo bem o que estou a fazer e no que me fundo, resolvi definir o meu inimigo. Por exemplo,qualquer pessoa que me esteja a ler com formação militar percebe-me.
Em suma: a Câmara o que tem a fazer é dar-me a licença para obras e já o teria feito há muito tempo se estivesse ao serviço dos munícipes. Percebe-se lá, independentemente disto ou daquilo, que uma câmara, depois de um projecto para a construção de uma casa nela ter dado entrada, não tenha dado ao munícipe a respectiva licença de obras passados que vão quase 10 meses? Eu estou a perguntar se alguém percebe, mas é evidente que eu percebo, caso contrário já tinha feito alguma asneira.
Acabo, pedindo ao João Pinho que quando me dirige a palavra estude os termos como eu os estudei, um a um,nesta resposta.

Unknown disse...

A protelação "indefinida" de um projecto à Câmara para construção poderá trazer por arrastamento a corrupção, mas a causa desta execrável estratégia é o ódio à propriedade que está no centro da ideologia comunista.

Pedro Giro disse...

Sr. João Pinho o Sr. Marafuga com todo o respeito pela pessoa sofre de "Comunismofobia progressiva" e tem tendências para se vitimizar, se fizer uma retrospecção aos comentários neste site, vê que não passa de um protagonista mediata que se diz e contradiz. Eu concordo consigo nos locais próprios se resolve ou não os problemas mas temos que ter a coragem de os enfrentar, como se diz em Alcochete e em sentido figurativo “ Há que pegar os bois pelos cornos”, não pondo em causa se tem ou não razão, não podemos refugiar-nos só em desabafos e devaneios ridículos

João Pinho disse...

Sr Marafuga:
1- Só lhe queria amavelmente dar uma pista,seguir um caminho,pois o sr me pareceu muito magoado na forma como tem sido tratado o seu assunto.Pensava eu que o sr não conhecia os trâmites e o processo burocrático inerente a matérias relacionadas com o licenciamento de obras.Como agora fiquei ciente que os conhece ...muito bem...mais nada a dizer já que não
não há necessidade de eu, na minha boa fé ,lhe transmitir algo da minha experiência que lhe possa vir a ser útil.
2-A língua portuguesa eu estudei muito bem e felizmente penso que tenho conhecimentos e educação suficiente para me dirigir com cortesia às pessoas.O que lhe escrevi foi com esse cuidado e com o respeito que me merece, tanto mais que nem sequer o conheço pessoalmente.Dirigi-me a si com a cordialidade que todos aqui neste fórum me merecem e, olhe, fiquei perplexo com a sua reacção.De qualquer forma o seu penúltimo texto ensinou-me alguma coisa que vou guardar ciosamente para mim.
3-Por fim, acresce dizer que o tom um pouco agreste e pouco afável das suas palavras
não me intimida de modo nenhum... sou uma pessoa moderada mas capaz e competente de apaziguar alguns impulsos de pessoas mais irascíveis.
Porque este diálogo,julgo eu, é apenas resultado de algum mal entendido,considero, e peço que considere igualmente, o mesmo desde já encerrado
Ciente da sua melhor atenção,com cordiais saudações,
atentamente João Pinho.

Anónimo disse...

Concordo em absoluto, acho que os malandros dos técnicos que estão a fazer ao Sr. Professor Marafuga deviam ser enxovalhados e humilhados públicamente em reunião de câmara, perante o coro de acompanhantes do mesmo, sendo posteriormente levados para o Largo de S. João, para aí, como inimigos da fé cristã, serem queimados vivos, perante o gáudio de todos e compensção do Sr. Professor, que no meio disto tudo, é uma pobre vítima perseguida, que se limitou a apresentar um bom projecto na câmara, cumprindo todos os regulamentos, designadamente do de acessibilidades, devidamente assinado por arquitecto, como exige a Lei nas áreas de protecção a monumentos nacionais, como é o caso da Matriz de Alcochete, que o Sr. Professor tanto respeita.