05 abril 2009

A verdade em política

Conheço suficientemente bem Alcochete e os alcochetanos.
O respeito pela verdade obriga-me a geri-la da maneira mais consentânea possível a fim de evitar o não-político "obviamente demito-o".
Assim sendo, por hora, digo que os comunistas não podem evadir-se da mentira porque o comunismo é estruturalmente mentiroso.
Se uma força política concorrente às eleições autárquicas locais apostar na prudente gestão da verdade, poderá usufruir grandes ganhos com essa postura.
Em Alcochete, de momento, a situação é esta: o PC tem aquele seu eleitorado fixo que controla bem; O PS vai ver uma parte do seu eleitorado cair no PC e outra juntar-se ao troço de votantes que tradicionalmente votam PSD; este partido poderá ainda receber os apoiantes do CDS se os centristas em Alcochete não avançarem com lista.
Em conclusão, a grande refrega nas próximas eleições autárquicas em Alcochete poderá ser entre os comunistas e os sociais-democratas com a vitória destes se não se lançar para os ouvidos dos eleitores mais do mesmo porque disto estão as pessoas agoniadas até ao vómito.

2 comentários:

Fonseca Bastos disse...

Hoje a minha leitura é um pouco distinta. PC tem eleitorado suficiente para ganhar com maioria, mas poderá ver muitos descrentes fugir para BE e PS.
BE anuncia candidaturas a ambos os órgãos municipais e a todas as freguesias e o PS terá, finalmente, encontrado um rumo.
Para o PC os únicos adversários a temer são PS e BE.
PSD pode eleger um vereador se CDS ficar a "ver a banda passar".
Para o PSD o adversário a temer é a abstenção.

Unknown disse...

Haveria que convencer as pessoas que a esquerda não tem razão e que o mal deste país está nas políticas de esquerda: destruição da família, envenenamento dos jovens, aviltamento do ensino, etc.
A direita tem que fazer um sério trabalho de campo face aos novos moradores e lutar com todas as armas contra a abstenção.
Claro, não pode ir para o meio das pessoas e, por exemplo, começar a falar do ambiente como as esquerdas sempre falaram, isto é, duma forma meramente imanentista. O homem não foi feito para o ambiente, o ambiente é que foi feito para o homem. Quando falo assim, estou a inserir-me no fio da tradição que vem da bruma dos tempos. Ora é este fio que cava fundo no coração das pessoas.