No desdobrável da Câmara Municipal, nº 14, Março do ano em curso, o sr. Luís Franco diz que «no 25 de Abril comemoramos a Liberdade e a Democracia...». Ora o sujeito da forma verbal "comemoramos" é o pronome pessoal "nós" subentendido. É aqui que pergunto: mas quem é "nós"? Eu e o sr. Luís Franco ou este autarca e seus camaradas? Suspeito que a resposta recai sobre a segunda alternativa. Qual a razão da minha suspeita? É que logo a seguir fala em "...a Liberdade e a Democracia..." (qualquer destas palavras com maiúscula inicial), o que me força a perguntar de novo: de que "liberdade" e "democracia" fala o sr. Presidente? Se o comunismo é o agigantamento do Estado e o ódio ao regime de propriedade privada e livre empresa, é evidente que para este edil e para mim os significados de "liberdade" e "democracia" não são os mesmos.
A liberdade e a democracia que temos não se devem a homens da altura do sr. Luís Franco, mas àqueles da estirpe de Jaime Neves que evitaram que Portugal, saído duma ditadura, entrasse logo noutra, vale dizer, na ditadura comunista. Eis por que a concepção de liberdade e democracia do PCP leva-o a entender que a promoção de Jaime Neves a Major-General «...não pode deixar de ser considerada uma afronta ao projecto libertador de Abril e aos que para ele deram uma contribuição convicta, audaz e empenhada» (SOL, 2009-04-08).
Compreendo, sr. Presidente, é que se não fossem homens em Portugal como Jaime Neves, a liberdade e a democracia não chegavam a casa de nunhum Marafuga para se dirigir assim a um presidente de câmara como eu aqui acabo de fazê-lo.
4 comentários:
Subscrevo.
Subscrevo integralmente. Jaime Neves foi o campeão da liberdade. MAMA SUMÉ sempre
Concordo, no entanto, não posso deixar de defender também a figura do ultimo grande Heroi portugues o exelentissimo senhor Salgueiro Maia, que sem qualquer tipo de interesse político-partidário, juntamente com outros bravos como ele acabaram com um regime em declínio, só tenho pena que os cumunistas e socialistas da década de 70 tenham afundado Portugal, numa vergonhosa descolonização, e numa crise que ainda hoje tem grandes repercuções....
Sérgio, estamos basicamente de acordo.
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