O fenómeno não é, nem nunca foi, irrelevante no meio local. Se alguém pretender estudar a fundo, em Alcochete, como se ganham e perdem eleições para os órgãos das freguesias e do município, terá de analisar também as movimentações em colectividades nos anos precedentes.
Há décadas que o domínio das colectividades mais representativas influencia, decisivamente, os desfechos eleitorais.
E assim será enquanto não aparecer concorrência autárquica inovadora, corajosa e arrojada, com propostas de ruptura e capaz de esclarecer e mobilizar a franja maioritária dos que se alheiam das urnas.
Havendo eleições locais no Outono de 2009, a partir do ano corrente convém estar atento à filiação ou à simpatia partidária de novos concorrentes e, principalmente, de vencedores dos processos eleitorais para órgãos dirigentes das colectividades emblemáticas nas freguesias e no concelho.
Há sinais evidentes de que a corrida ao domínio dessas agremiações principiou, há algum tempo, fornecendo boas pistas para prever o futuro a médio prazo.
1 comentário:
Esta sina está instalada em Alcochete desde o 25 de Abril.
Durante todo o consulado do sr. Miguel Boieiro, os assaltos às colectividades foram escandalosos. Muitas vezes eram vergonhosamente enxotados das tentativas sem pudor de controlar o associativismo, mas nada os fazia tomar vergonha. Só de há meia dúzia de anos para cá é que estou em condições de poder fazer uma avaliação intelectual rigorosa a todos estes factos que, à época, me revoltavam desconexamente. É preciso não ter vergonha de afirmar estas coisas, pesem embora os meus quase 58 anos. Só a verdade, ainda que esta aparentemente não me favoreça, pode arrostar a mentira e contribuir para que nos salvemos.
Nos anos 80 havia alguém em Alcochete que costumava dizer, referindo-se a estes homens nas garras dos quais têm estado os órgãos autárquicos e várias outras instituiçÕes: "eles nunca aprendem". Hoje eu digo: eles não podem aprender.
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