22 junho 2007

Escolha: cidadão, beduíno ou camelo?

Além dos bloguistas "residentes", não é vulgar aparecer por aqui quem defenda uma evolução positiva de atitudes e de comportamentos acerca dos assuntos locais de Alcochete.
Sempre que tal sucede, renasce em mim a esperança de que nem todos aceitam a condição de beduínos ou camelos e que, mais dia menos dia, a opacidade e o obscurantismo custarão caro a quem tudo fez e faz para manter distante a maioria dos cidadãos.
Duvido que a regeneração do sistema seja possível com gente que, nos últimos 30 anos, viveu na dependência dos caciquismos partidários e sobreviveu melhor ou pior com eles.
Todavia, localmente os partidos morreram ou estão moribundos e talvez haja, enfim, a oportunidade de novas gerações de alcochetanas e alcochetanos virarem isto do avesso.
Pelo menos, é gente mais culta e consciente de que quando uma revolução falha faz-se outra para recomeçar tudo de novo.
Esta revolução falhou porque, em Alcochete, só mudaram as moscas. Entre as folhas impressas de hoje e as de há 40 anos não encontro diferenças significativas, excepto nos protagonistas. Tão figurões eram aqueles como estes.
Àqueles guardo algum respeito porque foram executores ou patrocinadores das únicas obras de índole social ainda hoje existentes. A estes só posso desejar que depressa a maioria dos cidadãos reconheça o erro e os force a mudar de vida.
Mas desengane-se quem suponha que, individualmente, conseguirá mudar algo. Ninguém caia nessa. Organizem-se e gritem bem alto o que lhes vai na cabeça.
Mandem às malvas as folhas institucionais dependentes da gamela do poder e usem as novas tecnologias, que oferecem imensas possibilidades de expressão autónoma, de circulação de ideias e de projectos.
Pode não haver sucesso imediato. Mas a mensagem passará e os resultados aparecerão depois.
Por isso, comecem já!

11 comentários:

Unknown disse...

INTRODUÇÃO

O que denota os discurso destes jovens é o grande desconhecimento sobre o histórico alcochetano das últimas três décadas. Evidentemente que não lhes exijo provas de que conheçam a História Local dos últimos 500 anos, isto para ão ir mais longe, mas estar por dentro das vicissitudes do poder local trazido pelo 25 de Abril é iprescindível para a exposição de qualquer argumento minimamente razoável.

DESENVOLVIMENTO

Podemos afirmar sem exageros de monta que os autarcas nesta terra de Alcochete são os mesmos há 30 (trinta) anos. Dois ou três foram tão básicos no exercício dos cargos que lhes foram confiados que os partidos comunista e socialista tiveram que se livrar deles ou remetê-los para actividades de rectaguarda; outros levou-os Deus, porque se cá estivessem ainda ocupariam as cadeiras do poder. Tudo isto com a cumplicidade dos partidos comunista e socialista, o que, contra o que eu dantes julgava, se insere numa estratégia mais vasta face à qual os homens por mim aqui denunciados não passam de comparsas.
Dada a impossibilidade de destruir esta teia caciqueira aproveitada pelos partidos comunista e socialista, a única solução por mim vislumbrada é acontecer nesta terra algo que force todos os partidos nacionais a interessarem-se pelo poder autárquico local. Ora um aeroporto internacional no Campo de Tiro poderia dar satisfação a esta minha perspectiva.
A ideia de que «o aeroporto [...] iria abrir caminho à destruição da vila» também era invocada quando se começou a falar na viabilidade de a actual ponte Vasco da Gama amarrar no Concelho de Alcochete. A ponte amarrou e nada desabou.
«...A proliferação voraz da urbanização...» deve-se a autarcas desalmados para os quais a cultura (sentido alargado) é instrumento para enganar parolos. De facto, o nefando projecto das esquerdas não pode progredir com as mensagens incritas na herança dos nossos pais e avós. Muitos julgam que a urbanização sem freio nem rédea apenas se explica por imperativos económicos das Câmaras. Não! As esquerdas tentam destruir tudo o que vem de trás, apagar a memória...para que o grande projecto marxista se implante à face da Terra. O que explicaria a descaracterização avassaladora de boa parte das nosas cidades e vilas senão o que estou a dizer? Muitos dizem que tudo isto é pobreza material e espiritual. Mas eu digo: o flagelo da pobreza não é justificação para a morte do huamano.
Desta primeira jovem, passo a responder à segunda, uma militante comunista. Diz que não morde! Mas a ideologia marxista, por trás do comunismo, outra coisa não faz senão morder os alicerces da Civilização Ocidental, Judaico-Cristã.
A jovem dá a entender que as próximas autárquicas estão longe. Eis um dos velhos argumentos dos comunistas em Alcochete. Sempre que se fala em eleições, dizem que ainda é cedo. Entretanto, quais toupeiras sob o solo, minam tudo ao redor, enquanto os outros ingénuos mordem o isco: «...são só em 2009...».
Queridíssima, eu sou um homem de tensão permanente porque só viver assim me faz sentir vivo. Então julgará a menina que eu vou abandonar a tensão de todas as horas porque, com ela, não poderei ser autarca? Cara jovem, voe mais alto! Eu serei autarca desta minha terra de Alcochete se essa for a vontade de Deus. Mais nada!
Cara amiga, «...a CDU [não será] a força política que levará Alcochete a bom porto...». Antes, a CDU/Alcochete tem por projecto a destruição da Alcochetanidade (sabe o que é?) até ao completo amorfismo das pessoas. Mas Deus não o permitirá,sabenso eu que muitos estariam dispostos a dar o próprio sangue para o aborto de planos que caminham a passo de tartaruga.
Finalmente, quanto ao aeroporto, o meu brado é o seguinte: os comunistas não estão em condições de defender essa infra-estrutura para o Campo de Tiro de Alcochete sem contradições que bradam aos céus.
A terceira pessoa parece não deixar marcas de género, vulgo, sexo. Ao longo desta escrita que eu classificaria de juvenil, a falácia assenta na ideia de que quem é de direita é fascista. Isto é um argumento do mais baixo nível intelectual cuja responsabilidade cabe aos comunistas que odeiam uma visão orgânica da sociedade, uma valoração da experiência e das forças e comunidades naturais como a família, o município e a nação; que odeiam o elemento religioso, a propriedade, o direito à diferença, à iniciativa e lucro individuais como motores da economia, a subordinação desta ao político, etc. Defender esta visão do homem e do mundo é ser fascista? O fascismo aspirava a um Estado revolucionário e totalitário por força da hipertrofia de palavras como Deus, Pátria, Família, Indivíduo, Capital, etc. Conceitos hipertrofiados evadem-se da estrutura da realidade e viram abstrações em nome das quais se mata tal como os comunistas mataram e matam em nome de abstracções, vale dizer, por exemplo, em nome da Igualdade.

CONCLUSÃO

Os comunistóides de Alcochete, incapazes de um confronto rosto a rosto, mandam para cima de mim pessoas sob o anonimato cuja inconsistência discursiva me embaraçará, esperam eles.
Eles sabem, como eu sei, que nesta refrega perde sempre a parte que tem vergonha de saltar para fora do racional. Aqui não há escrúpulos por força da génese do próprio marxismo que perfilham com maior ou menor consciência. Por mim, encomendo-me a Deus na humildade da criatura que sou.

Paula (PTS) disse...

Oh, Senhor Marafuga... poupe-me/nos destes "comentários divinos"....
Alcochetani?!?!? quÊ?!?!? POR AMOR DE DEUS!!! (É assim, não é?!?!?)....

Eu sei que custa a muita gente - aos terrenos e pelos vistos aos celestes, também- que a CDU esteja à frente dos destinos de Alcochete e estará, seguramente, por mais anos! E não "por vontade de Deus", mas sim por vontade das pessoas; das pessoas TODAS, as que são de Alcochete por nasceram cá, as que são porque vieram para cá, e as que são porque SIM..... por vontade de todos aqueles que, diariamente,vêm um Alcochete a crescer de forma sustentada e alicercada num projecto de bases sólidas... Custa-lhe a si? Deixe estar, custa a tanta gente... mas descansem que não queimamos ninguém na fogueira por pensar de forma diferente de nós!!!!

Unknown disse...

Que eu saiba, Staline, Mão-Tzé-Tung, Pol Pot e quejandos não queimaram ninguém nas fogueiras, o que não os impediu de um extermínio avaliado em mais de 100 milhões de pessoas.
O mesmo fez Hitler, mas este não era de direita, era nazi, isto é, totalitário como Staline, Mão-Tzé-Tung, Pol Pot e quejandos.

Paula (PTS) disse...

Tenho que concordar consigo, estes "quejandos" malditos que mataram sem dó nem piedade.... mas o que é que o Papa faz quando no Brasil - uma população que tem índices de sida altissímos - apela ao NÃO USO do preservativo?!?!? Mata por antecipação e em consciência!!! Poupe-nos destes comentários ofensivos... o que o surpreende a si, por eu -jovem, mulher, alcochetana de coração - ser comunista, não é menos do que o que me surpreende a mim por o Senhor continuar a ser de direita, conservador e católico... mas a minha liberdade e a sua, permitem-nos estas diferenças... com as quais eu vivo e convivo lindamente! O que não aceito, para além das ofensas pessoais aos nossos "vizinhos" sejam autarcas ou não, é que por defeito se considere que a câmara SÓ POR SER CDU, já não presta! Isso não!

Anónimo disse...

"Alcochete a crescer de forma sustentada e alicercada num projecto de bases sólidas"?
Deve haver uma Alcochete no Second Life e ainda não descobri...

Unknown disse...

A problemática do preservativo é olhada de vários ângulos no seio da Igreja Católica ao mais alto nível.
A reserva de muitos bispos relativamente ao preservativo tem a ver com a banalizaçãso do acto sexual, o que, de facto, acontece e me parece animalesco.
Quando uma jovem mulher comunista incoca a ideia de liberdade, manifestamente não sabe o que é comunismo.

Anónimo disse...

Ao ler o seu comentário apeteceu-me, logo, fazer uma analogia: "a liberdade é como os preservativos pode ser olhada de vários ângulos!"mas há uma perspectiva que não se pode escamotear, correndo-se o risco de não levarem a sério, se o fizermos, temos que agradecer - porque não diariamente?, através de pequenos (grandes) gestos - aquela madrugada de 24 para 25 de Abril de 1974... eu sei isto e, na altura, só tinha 6 meses.....

Unknown disse...

CORRECÇÃO:

«Quando uma jovem mulher comunista invoca..»

Unknown disse...

É evidente que Alcochete não cresce «...de forma sustentada e alicerçada num projecto de bases sólidas» por culpa de pseudo-autarcas que actuam em completa ruptura com as aspirações do povo.
Eles estão ao serviço de estratégias partidárias tenebrosas que ignoram totalmente a vontade daqueles que os elegeram.
Que alcochetano queria a destruição da escola do Moisém? Que alcochetano queria o restauro que foi feito à capela de Nossa Senhora da Vida? Que alcochetano queria as retretes no Rossio? Que alcochetano queria a construção de mamarrachos como o que fica pertinho da nova biblioteca? Que alcochetano queria a construção do Forum Cultural no lugar onde ele está? E julgam que esgotei o elenco destas aberrações? Deixo algumas na manga! Mas as denunciadas agora pela milésima vez por mim pemitem-me verificar que o desprezo pela vontade do povo por parte destes pseudo-autarcas é colossal.
Com homens dignos no poder local cujos padrões, por exemplo, são nomes como Ruy de Sousa Vinagre e Luís Sanos Nunes, será possível termos um aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete e respeito por um ordenamento do território equilibrado.
E o lema é este: o dinheiro dos contribuintes não pode ser mamado por gosmas, mas deverá ser aplicado na criação de infra-estruturas que beneficiem o maior número de pessoas.

Unknown disse...

Volto, outra vez, à jovem mulher, alcochetana de coração e comunista.
Se eu não poupasse o seu discurso a uma análise exaustiva, nem calcula quão longe poderia ir na revelação do que lhe vai dentro da alma.
D'abord, devo-lhe dizer que quando, justamente, vemos em Hitler e Stalin duas faces da mesma moeda, procedemos cientificamente, mas nunca de acordo com a ideologia comunista.
A invocação da liberdade não faz parte do ideário comunista.
O comunismo, cuja "filosofia" é o marxismo, não tolera a diferença do outro onde quer que se tenha instalado ou instale. Veja-se a URSS de ontem, a Venezuela de hoje.
Portanto, a cara jovem diz que é comunista, mas vive uma estrutura mental de direita. São contradições que acontecem a muito boa gente.
Diz bem: sou de "direita, conservador e católico" com todas as forças do homem que sou. Também vivi a alienação que a menina vive, mas quis Deus que eu morra salvo.
Quem está contra o Cristianismo e a sua frente mais sólida que é o Catolicismo está contra a própria Civilização Ocidental Judaico-Cristâ, isto é, contra o legado dos nossos pais e avós.
A menina está contra a sua própria Civilização porque não se pode estar contra a Igreja Católica e a favor do Ocidente.

Anónimo disse...

A hipocrisia existe mesmo!!
Quando vemos crianças a morrer à fome e outros problemas como as doenças mundias, começo a pensar...
Será que toda a comunidade católica ou mais para o lado do Vaticano se preocupam com a pobreza, a fome e doenças?? Pois claro que não!! Enquanto houver os papas a gastarem furtunas em calçado em ouro e em outras coisas mais a miséria não acaba. Jesus Cristo ficaria muito triste ao ver tanto dinheiro gasto sem ajudar o próximo. Não ouço dizer que o Vaticano duou comida ou o que quer que seja para parar com a fome ou pelo menos ajudar. Ouço sim, Papa compra calçado da marca Prada, aliança em ouro que daria para alimentar 30 crianças durante um mês...