13 junho 2007

Dignidade e seriedade

Sou alcochetano, razão por que estou do lado daqueles que querem o Aeroporto Internacional de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete.
Mas apresso-me já a dizer que não estive do lado daqueles que, nos fins dos anos oitenta, sob pretextos ambientais, lutaram contra o alargamento do Campo de Tiro. Esses, se a ideologia marxista não lhes assassinasse a consciência, lógica e coerentemente estariam agora contra a construção do aeroporto no Campo de Tiro. Mas não estão! E por que razão? Porque, ontem como hoje, o que faz correr comunistas é o interesse sem freio.
Se o aeroporto vier para Alcochete, as próximas eleições autárquicas não serão mais uma vez mais do mesmo. As grandes formações partidárias vão-se interessar por este concelho cujo mapa sugere o desenho de um presunto. O político local idiota verá as malhas da rede mais apertadas para poder passar. Ambições sem rédea de independentes poderão esfumar-se. Ainda bem porque não acredito neles.
Por mim, estaria disposto a desempenhar um serviço cívico integrado numa formação política alargada de direita. Na área da cultura poderia fazer coisas de Alcochete com alcochetanos. Mas isto só aconteceria se eu fosse chamado a participar numa equipa de homens que se impusessem ao meu respeito por força da própria dignidade e seriedade.

13 comentários:

Anónimo disse...

Homens que se impusessem ao seu respeito? Dou umas ideias: Hitler, Mussolinni, Le Pen, e por aí fora, que são iguaizinhos àqueles que você odeia: Pol Pot, Fidel, Chavez, Staline, ...

Ponto Verde disse...

Dou o meu acordo à análise, é que de um àpice passamos do deserto ao fruto apetecivel e entramos dos regionais directamente à primeira divisão!!!

Unknown disse...

Vê-se que a tua intoxicação esquerdista te impede de ver que o nazismo é diferente do fascismo; que Le Pen muito pouco tem a ver com Mussolini e nada com Hitler; que este está nas mesma plataforma de Staline, Pol Pot, Castro e Chavez.
Provavelmente vais morrer sem perceber o que digo no parágrafo anterior. Só por um triz, hoje não vivo mentalmente como tu. Deus teve misericórdia de mim como terá de ti se fores humilde.
Como é que podes meter Hitler e Mussolini no mesmo saco, isto é, como metes nazismo e fascismo no mesmo saco se o primeiro país que Hitler invadiu foi a Áustria que vivia sob um regime fascista? Desde quando é que o fascismo italiano, em termos de matança, chegou sequer aos calcanhares do nazismo (nacional socialismo alemão)?
Le Pen está à frente de uma direita pessimista, isto é, realista. A luta de Le Pen é politicamente mais estrutural que conjuntural. Tem a ver com toda a Europa e não só com a França. Mas tu verás o que eu quero dizer?
Staline matou mais de vinte milhões de russos (10% da população) em nome da Igualdade.
O comunista Pol Pot matou 3 milhões dos próprios concidadãos.
Sobre Castro diz-se que ele matou largas dezenas de milhares de Cubanos, mas aqui os números oscilam um bocado porque ainda é um pouco cedo para o mundo saber a verdade.
Quanto a Chavez, o caminho que ele segue é igual ao que seguiu Castro a partir de meados do séc. XX.

Anónimo disse...

O Marafuga farta-se de se propor a fazer parte duma formação política, mas não tem sorte nenhuma! Ele bem fala duma equipa de homens e de participar nela. Os cães ladram e a caravana passa. Ele bem queria ser da caravana, mas está condenado a ser o cão que ladra à caravana. Ele bem que abana o rabo a algumas das carroças... Mas ninguém o chama para a carroça. E fica latindo para a caravana à borda da estrada. Por que será?

Unknown disse...

A intoxicação de esquerda sempre pretendeu fazer crer a milhares de pessoas que ser de direita é ser fascista.
Ser de direita é perfilhar ideias liberais e conservadoras (direitos individuais, livre iniciativa, propriedade privada, etc.) Ora no fascismo o que temos é o peso do Estado sobre a sociedade com ganho para o alto capital. Este sim, capitalismo normalizado não.
O elo fascista entre Estado e megacapitalistas não deixa de ter qualquer coisa de muito revolucionário, o que não encaixa na onda conservadora. Por outro lado, o alto capital, feito pelo livre mercado, já não quer nada com este senão controlá-lo para fins próprios. É aqui que os liberais não entram em cena, sendo odiados tanto por fascistas como, sobtretudo, por comunistas.
Ao contrário do comunismo, o fascismo nunca teve uma ideologia para a humanidade inteira. O projecto do fascismo era combater o comunismo. Portanto, a postura hoje face ao fascismo é outra porque também é outra a postura face ao comunismo.

Unknown disse...

É dever de todo o cidadão disponibilizar-se para a causa pública.
Quando apresento a minha disponibilidade para um serviço cívico, no fundo estou a sugerir aos outros que façam o mesmo porque todos somos responsáveis perante a comunidade.
Esta minha natural e legítima visão da "coisa" política vem-me da formação clássica, da ágora grega, do forum romano. Mas tu sabes do que eu estou a falar?
Ao contrário da maior parte dos gosmas que se serviram dos partidos políticos para a solução das próprias vidas, eu sou um licenciado e professor profissionalizado a entrar no fim da carreira. Se eu fosse vereador desta minha terra de Alcochete (só poderia sê-lo da Cultura), não iria auferir vencimento maior do que já aufiro no ensino público.
Em conclusão, o meu problema não é o dinheiro porque tenho o suficiente conseguido à custa da minha capacidade para viver dignamente; não é o poder porque sou um homem de conhecimento que, segundo Bacon, é poder. O que eu quero é servir a comunidade, mas sei que as mentes abjectas de muitas pessoas não podem admitir que eu fale a verdade. Vivem conspurcados e julgam que todos são iguais.
Uma vez que acabaste o teu miserável comentário com uma pergunta, eu acabo o meu com outra: por que será que, depois do 25 de Abril até hoje,todos os vereadores do pelouro da Cultura em Alcochete são semi-analfabetos ou, se cultos, desconhecedores da nossa micro-cultura?

Nota: a ser autarca, eu só poderei ser em Alcochete porque é o meu concelho e o único que conheço em Portugal.
Receando que não tivesses percebido bem, esclareço que lá em cima quis dizer que um vereador em Alcochete não está a ganhar, legalmente, mais do que eu. Como é que eu hei-de falar mais claro?

Anónimo disse...

oi

Anónimo disse...

Não me posso dizer Alcochetena, pois nasci em Lisboa e sempre vivi na outra margem.Há cerca de ano meio mudei-me para Alcochete e sinto-me Alcochetana, pelo menos de coração. Não consigo compreender como pode defender o Aeroporto no Campo de Tiro dando como razão o ser Alcochetano.
Tenho consciência que muita coisa vai mal em Alcochete, agora achar que só por causa do aeroporto alguma coisa vai mudar...Ou pensa que termos aviões a passar por cima da nossa cabeça, mais estradas e prédios e afins é uma coisa boa? Eu estou completamente contra e defendo a mudança sem aeroporto.
Se as autárquicas são sempre o mesmo, a culpa é do eleitorado.
Quanto à cultura, também sou da opinião que se poderia fazer mais, só não percebo o que quer dizer com mais coisas de Alcochete. Acho que as actividades até são bastante viradas para a terra. E não, não estou a defender a programação cultural, até já entrei numa pequena troca acesa de ideias com o director de programação de Fórum Cultural por achar que a programação é pouco vasta...

Unknown disse...

Minha senhora, quando escrevo deixo entre as linhas e para lá delas muita informação que é captada sem dificuldade pelos meus habituais leitores.
Em Alcochete, as relações entre as pessoas são quase feudais. Não é que eu não reconheça virtualidas ao feudalismo, mas a verdade é que estamos no séc. XXI. A destruição (permita que eu conscientemente utilize estas palavras fortes) dos execráveis caciques em Alcochete só será possível se nesta nossa terra acontecer algo de muito grande, quero dizer, algo que os faça perder a pedalada por força do atavismo deles. Os Boieiros, os Francos, os Inocêncios, os Maduros, os Carraças, etc., não podem ser instrumentos para a baixa política ser bitola de uma comunidade inteira. Não sei se me está a perceber: é a moral inferior que, amparada pelos partidos de esquerda, trepa pelas cadeiras do poder. Isto acontece um pouco por todo o País. Eu luto na minha terra; outros lutarão nas respectivas terras.
A minha área específica não é de nenhuma ciência dita exacta (sou de Letras), mas parece-me que o aeroporto da Portela não dista mais de Alcochete que distaria se fosse para o Campo de Tiro. Por outro lado (contra o que dizem todas as utopias), o homem não é perfeito mas também não é doido varrido. Um aeroporto no Campo de Tiro jamais seria feito para destruir uma vila tão antiga como a própria nacionalidade.
Olhar, portanto, para uma hipotética construção de um aeroporto no Campo de Tiro de forma catastrofista, faz o jogo de toda a estrutura mental de esquerda que vive de meter medo às populações.
Dsculpe se feri a sua susceptibilidade, mas a luta política não se compadece com palavrinhas cordatas.

Anónimo disse...

Lamento imenso, mas não sou uma leitora habitual, por isso deve haver muita coisa que realmente me escapa.
Devo então partir do princípio que só uma coisa em grande, como a construção do aeroporto às nossas portas, levará à mudança da política? Realmente não sou capaz de o compreender, deve ser de ser ainda uma jovem...
Não tenho qualquer queda para a política, nem é um assunto que me faça perder muito tempo, mas percebo que muita coisa vai mal e precisa de mudar. Prefiro é acreditar que podemos ser nós a mudar as coisas. Utopias de jovens!!!
O aeroporto não iria abrir caminho à destruição da vila? Se neste momento já temos a proliferação voraz da urbanização, quer realmente fazer-me crer que a proximidade do aeroporto não iria fazer crescer exponencialmente a concessão de licenças de construção? E não, não estou numa de alinhar nos jogos de meter medo à população, gosto de pensar que a minha educação escolar me trás um nível de raciocínio um pouco superior ao do cidadão comum...

Anónimo disse...

Sr. JMarafuga,

Sou jovem, sou de esquerda (militante do PCP (calma que não mordo!!!), e, ao contrário de si, que é de Alcochete porque nasceu cá, eu sou de Alcochete porque ESCOLHI vir para cá... reconheça-se alguma virtude nisto, não?!?! E gosto muito de cá morar e estar...

Bem, começando pelo seu "post",e passando pelos seus comentários,nem sei por onde começar:
«instrumentos para a baixa política; execráveis caciques em Alcochete;moral inferior que, amparada pelos partidos de esquerda, trepa pelas cadeiras do poder»... o que se passa consigo? Isso é tudo pena por não conseguir o seu tão "nobre objectivo" de se tornar autarca, para servir a "nobre causa" pública?!?! Recomendo mais calma e serenidade que as eleições são só em 2009 e a continuar com toda essa tensão decerto que não chega lá...
Eu fui, e COM ORGULHO o refiro aqui, das que ajudou a que a nossa Câmara voltasse para as mãos de quem está, efectivamente, interessado em fazer algo pela nossa vila! E a cada dia que passa, a cada rua que é arranjada, a cada obra que é feita, em cada evento que participo, mais me orgulho... é que não se é de Alcochete só porque se nasceu cá, sou de Alcochete porque quero para o sítio em que escolhi morar e criar os meus filhos, o melhor... e não tenho dúvida que foi, é e, estou certa, continuará a ser a esquerda, a CDU, a força política que levará Alcochete a bom porto e até, permita-me a brincadeira, a bom AEROPORTO!!!!

Anónimo disse...

O Sr. Marafuga é que está completamente intoxicado de fascismo.
Então quem é que ajudou Franco em espanha não foi os fascistas lusos como o Salazar, você deve ser da mesma farinha que esse velho fascista. E de onde vem a ideologia corporativista de onde se nota bem que você adora e que só serve para reproduzir a estrotura social burguesa da qual voce faz parte? Não vêm de Italia de Mussolini, quem é que vendeu volframio aos nazis não foi esse velho Salazar. São todos farinha do mesmo saco que tem uma visão de super homem nacionalista.
Meu caro quem não conhece a historia está condenado a repetir os mesmos erros.
Não precisamos de mumias mais mortas que vivas a querem mandar-nos, queremos alguem que veja a realidade e aja e intervenha. Você defende a liberdade à redea solta que só interresa para alguns que é a liberdade para os ricos fazerem o que quizerem. O interresse individual altamente conservador só lesiona o bem publico colectivo, mas o meu caro pode bem ladrar que a cultura que quer vender muitos já não a compram porque é por demais evidente que éssa banha da cobra só interresa para enganar as pessoas, esses conservadores como o meu caro bem querem empranhar as pessoas pelos ouvidos mesmo quando ladram bem alto a sua curta de memoria.

Anónimo disse...

Se a estas pessoas agrada tanto a vinda de um aeroporto, não percebo porque é que a maioiria destes novos moradores fugiram de Lisboa, para a pacatez desta vila, e não vislumbram que com estes novos projectos Alcochete se torna naquilo do qual os fez mudar para cá.
É por isto que não acredito na Educação que temos.
MC