30 abril 2012

Estruturas do mal

A Câmara Municipal de Alcochete - como qualquer outra - não existe para fazer o bem porque a política é outra coisa, quero dizer, a política é o exercício de combater o mal.
Mas o mal não se combate, por exemplo, aplicando o máximo previsto por uma lei - ela própria já fruto da maledicidade* do Estado - que regulamenta o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).
IMIs de várias centenas de euros por casas normalíssimas numa ruela de Alcochete não é deter o mal, mas deixar que este avance porque, paulatinamente, é o valor da propriedade privada que vai morrendo. Isto traz insegurança a um número cada vez maior de pessoas, favorecendo a segurança de um pequeno número de outras, isto é, a classe política. Mas esta que se cuide porque as populações, arrochadas, poderão invocar a liberdade.
Por tudo o que digo, as práticas de muitas câmaras, entre estas a de Alcochete, negam a noção do que é a política dada por Real, Miguel, Nova Teoria do Mal, Publicações D. Quixote, Lisboa, 2012, p. 120: «...a política estatui-se como arte de prevenir ou remediar o mal...» sic.

Nota: foi mesmo "maledicidade" (do Lat. maledicus) que eu quis escrever.

1 comentário:

Diogenes disse...

Talvez consultando este Blog, os PSD´S tirem dúvidas:

http://diogenesdobarreiro.blogspot.pt/