26 abril 2012

Charlatanices da Psicanálise

O controlo da natalidade é um problema que me preocupa porque tem a ver com o projecto maior de redução drástica da população mundial, projecto esse apoiado pelos socialismos em nome de todas as mentiras possíveis e imaginárias: que não haverá recursos para todos...que a humanidade está a agravar o efeito estufa pelo simples facto de expelir CO2 (aquecimento global antropogénico) e tantas outras aldrabices que não me ocorrem de momento nem estou disposto a procurar.
Por que é que todas estas coisas são um problema para mim? Porque eu sei, por exemplo, que a população portuguesa está a baixar, o que poderá pôr em causa a coesão, segurança e até a sobrevivência da nossa cultura.
Uma baixa de população acentuada poderá quebrar laços de solidariedade que têm funcionado como o caso daqueles que podem trabalhar e descontar para os que já trabalharam e deixaram de poder fazê-lo por força da idade. Por outro lado, uma sociedade atingida em algumas das suas estruturas mais nevrálgicas, desintegra-se, é sobreposta e absorvida por outra.
Mas para a Psicanálise não é assim. As minhas "...emoções sobre o controle da natalidade..."* recuam à sexualidade infantil, isto é, ao «...famoso complexo de Édipo, em que existe uma atitude sexual da parte da criança para com o prognitor do sexo oposto, juntamente com rivalidade para com o do seu próprio sexo»*.
-Mas, ó Marafuga, embora não concordes, explica-nos lá por que é que eles dizem que a preocupação com o controlo da natalidade se prende com o Complexo de Édipo.
-Eh pá, a minha raiva maior é essa. Não consigo perceber a associação que os gajos fazem!
Mas desconfio de uma coisa que formulo através de uma pergunta: e se a Psicanálise, pelo menos a freudiana, é uma trama para me inibir de lutar pela justeza das coisas?

*Jones, Ernest, Que é a Psicanálise, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1977

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