20 fevereiro 2007

Desventuras de novos moradores

Facto 1 – Acabaram-se os médicos de família para residentes de fresca data em Alcochete;
Facto 2 – Há problemas anedóticos causados pela toponímia municipal.

Quanto aos médicos, os ditos "de família" passaram à história para residentes recém-chegados. Os do Centro de Saúde de Alcochete (CSA) já não têm vagas.
A menos que alguém mande depressa clínicos para o CSA, doravante qualquer novo residente que precise de uma consulta submeter-se-á ao totoloto da saúde: vai ao que se dispuser a atender mais um.

Saiba-se ainda que, no CSA, para alguns clínicos, as consultas com data marcada estão, há semanas, a ser fixadas para... Abril!
Mexa-se, pela sua saúde!

Já não representa novidade que, desde há anos, a toponímia municipal é desastrosa. Além do mais, dela resultam dificuldades anedóticas que nenhum 'simplex" ou plano tecnológico consegue prever.
Como os novos residentes não conhecem ninguém nem enxergam placas toponímicas nos extremos da artéria onde habitam desde data muito recente, indicam no CSA, no acto do pedido de transferência de processo, endereços de domicílio que os construtores usaram para fins burocráticos mas que o sistema informático se recusa a validar.
Assim, no CSA as pessoas desesperam numa fila e os funcionários irritam-se com problemas de lana caprina como este endereço: Lagoa do Láparo, vivenda X (sendo o Xis um número qualquer).
Os computadores são estúpidos e só fazem o que lhes ensinam, pelo que os da saúde querem uma designação principiada por rua, largo, beco, travessa ou qualquer outro tipo de artéria pré-definida. Na ausência dessa indicação, devolvem um aviso de erro e rejeitam a informação digitada.
Para resolver isto bastava ser norma municipal que, antes da instalação do primeiro residente, qualquer artéria deste concelho tivesse afixadas, em ambos os extremos, pelo menos, placas toponímicas.
No entanto, há artérias cuja designação toponímica foi decidida há quatro anos e ainda hoje continuam sem placas.
Tal como conheço dezenas de portas sem número e artérias com sequências numéricas ilógicas, o que transforma numa odisseia a busca de endereço exacto por qualquer desprevenido forasteiro.

Mexa-se, pelo seu bem-estar!

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